segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006



Tu eras como a hera no quintal
Trepando plas paredes do meu ser
Enchendo-me de gosma e coisa e tal
E teias d’aranha tás a ver
Tu eras a água que corria
Plas escadas da torneira do bidé
E o copo com a dentadura da tua tia
Tu eras, cada qual é o que é
Não foras tu portanto e logo pois
De rosas te encheria a boca cheia
Que graça tinha ouvir-te falar depois
Uma graça que tu nem fazes ideia

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