E esta vem no Público, no suplemento de Economia e diz que a TV Cabo está a desinvestir nos clientes que não mudam para o digital.
Dá-se o exemplo do canal financeiro Bloomberg, que desapareceu do pacote televisivo dos clientes da ZON-TV Cabo, que se mantém fiéis ao sistema analógico de transmissão.
Porque ele tem os dias contados… é a explicação da ZON ao jornal Público. Segundo o calendário de Bruxelas, daqui a 3 anos, o mercado vai ser dominado pela televisão digital. O sistema analógico vai acabar em 2012 – é a certeza do responsável da ZON, entrevistado pelo jornal. É assim que explica, que tenha sido varrido do alinhamento, o único canal financeiro disponível para quem ainda não comprou a caixa – a box- que isto em estrangeiro soa sempre mais sério e até parece que funciona melhor… Justificou-se o desaparecimento do Bloomberg, com a entrada da TVI 24 no mercado. Diz que o Bloomberg só interessava a uma minoria de gente com dinheiro, que pode muito bem comprar e aderir ao serviço digital e que por isso resolveu, a ZON, despejar o Bloomberg, para dar lugar à TVI 24, que segundo a ZON, deve atrair muito mais espectadores.
Segue a noticia dizendo, que os últimos dados da própria empresa apontam para um número perto dos 500 mil subscritores do serviço digital, num universo de mais de milhão e meio de clientes do serviço básico. Ou seja, um pouco menos de um terço do total. E este já é um número que representa um aumento de cerca de 30% de aderentes ao digital e em relação ao ano anterior de 2007.
Ora contas aparte e explicações dadas, fica esta dúvida… que nome dar a este facto muito simples… um cliente adere à ZON TV Cabo e escolhe o chamado pacote de canais e serviços que mais lhe convém. Assina o contrato, onde essa mesma lista de canais vem enunciada. Paga o que deve e conforme os termos do próprio contracto e depois, imaginemos que se senta confortavelmente no aconchego da sala, pronto para ver os programas que lhe apetecer, dentro da oferta disponível nos canais que ele próprio escolheu. Acontece que, subitamente, com aviso prévio, sem dúvida, mas sem apelo nem recurso, a empresa fornecedora dos serviços resolve tirar, pôr, mexer, mudar, baralhar e voltar a dar o jogo ao seu próprio interesse e conveniência estratégica comercial. Não se pergunta se a pessoa quer… informa-se que já está.
Ora, em metáfora electrodoméstica, é como se comprássemos um micro ondas e, de repente, o vendedor nos invadisse a casa, pegasse no micro ondas e o substituísse, por exemplo, por um frigorífico, ou até mesmo por uma varinha mágica, daquelas de desfazer batatas para a sopa… Então e o micro ondas?! Oh amigo, nós é que sabemos, você precisa é de uma varinha mágica… seja moderno, homem, que diabo!
E o que preferem os meus amigos? Esta anedota estúpida, ou essa espécie de prepotência instituída?...