domingo, 27 de agosto de 2006

o Pulido Valente não sabe o que é uma carrinha de caixa aberta

Escreve o sr. Pulido Valente, na crónica deste domingo, no Público, que "ninguém deve contrariar um maluquinho com uma causa" E isto a propósito, entre outras coisas, da "rentrée de Manuel Monteiro, o presidente da "Nova Democracia"(N.D.) - ou "Democracia Nova", como interroga o articulista, fazendo-se de novas, em exercício blasé - p'ra rimar com rentrée .
Diz então que Manuel Monteiro foi a Vila Praia de Âncora, numa carrinha de caixa aberta ("o que será isso?", volta a interrogar o cronista Valente) para tentar arregimentar um eventual futuro eleitorado para a sua - dele, Monteiro - nova direita portuguesa. Com microfone, altifalante e cópias do Manifesto com que ele - Monteiro - espera convencer/converter os veraneantes da supra citada Vila P. d'Â.
Numa avenida de esplanadas cheias, Monteiro "pede desculpa" por "incomodar" e "fala 10 minutos", continua ele - o cronista Pulido .
A ideia com que fico, ao ler a prosa de VPV (Vasco Pulido Valente) é que ele - VPV - acha mal. Acha mal que um Monteiro qualquer se monte numa carrinha de caixa aberta ("o que será isso?") e vá chatear os banhistas de VPd' com os manifestos dele -MM(Manuel Monteiro)... Provavelmente acharia igualmente mal se a praia em questão fosse a Caparica, ou a dos Tomates - não vem ao caso. O caso é que, p'ra mim, a questão é outra. É que não vejo grande diferença entre esta "invasão de tranquildade" de MM em VPd e a dos pares de MM noutras praias, praças, largos, pracetas, mercados, estações de comboio e onde lhes dá na republicana gana, em comícios de rentrée, ou campanhas eleitoralescas ! O mesmo para a cobertura exaustiva que ainda se vai fazendo, dessas mesmas alegres campanhas, em rádios, televisões e jornais de referência, ou de deferência, ou o diabo a quatro, com as respectivas leituras informadas e esclarecidas de comentadores, cronistas e outra iluminada gente, que escreve e assina por baixo, sobre estas coisas da pulítica. A verdade é que ninguém os mandou vir e eles vêm na mesma. Com manifestos, esferográficas, bonés e sacos de plástico, beijinhos e abraços e conversa de ir ao cu, a chatear quem está e muitas vezes, sem pedir desculpa p'lo incómodo.
Mas, já estou como diz o colunista , ninguém deve contrariar um maluquinho com uma causa. Principalmente, um maluquinho "famoso".