sexta-feira, 30 de maio de 2008

bem vindos

a mais um fim de semana

alucinaaaaaannnte !

i'm a voodoo child

voodoo child

god knows

i'm a voodoo child





















Há títulos que francamente, também vos digo…
“Degradação da natureza começará por afectar os pobres”… é o título do Público.
A redução de biodiversidade pode baixar para metade os recursos das populações mais pobres de todo o mundo…Depois continua, que esta é a conclusão do relatório que saiu da Convenção de Bona sobre Biodiversidade. Outra conclusão: 50 mil milhões de euros é quanto custa por ano a degradação dos ecossistemas do nosso planeta.
Diz que, se continuamos assim, em 2050, 11% das áreas naturais da Terra terão desaparecido. Uma perda que se vai reflectir no produto interno bruto das nações… uma quebra de 7% a nível mundial…
Mas regressemos ao título.
“Degradação da natureza começará por afectar os pobres”. É que, há títulos que francamente... com que então primeiro os pobres! A sério?!! De certeza?!!!...

Bom adiante.
Nova Deli está cercada.
O título negro carregado corre toda a largura da página do Diário de Notícias.
Protestos causaram 39 mortos no espaço de uma semana. As fotografias mostram cenas de bloqueio de estradas com pneus incendiados. Bloqueio de estradas de acesso a Nova Deli… Nova Deli, onde, mostra a fotografia, um manifestante ameaça imolar-se pelo fogo. Os protestos começaram na semana passada em Jaipur, alastraram como mancha de água e desaguam
agora às portas da Capital…
Depois explica-se porquê. E aqui é que o espanto abre a boca. A violência, os protestos, o alegado cerco à capital tem tudo a ver com a pobreza, com a perda de qualidade de vida. E até aqui nada de surpreendente… Só que o protesto é, não por uma ascensão social, mas antes pelo contrário. Os manifestantes querem descer de categoria. Querem descer de casta. Tudo por causa da política de afirmação positiva do governo, que prevê regalias especiais para as castas mais baixas. Regalias que passam pela reserva de quotas no ensino e no acesso à função pública. Regalias reservadas aos deserdados da grande nação indiana.
Os jornais indianos temem que, se esta corrida à despromoção social continua, um destes dias, a hierarquia social hindu há-de ser uma coisa muito estranha mesmo.

Estranho… muito estranho, mas a paixão é assim mesmo.
Vem da Formosa… Taiwan… a história de um homem de 41 anos, que, inconsolável com a morte da namorada, tomou uns sedativos e deitou-se ao lado dela, dentro da mesma gaveta do frigorífico da morgue. Não conseguiria sobreviver-lhe, queria partir com ela, para sempre, para onde nunca ninguém os conseguisse nunca mais separar.
Não fosse ter entretanto aparecido um funcionário, que estranhou a temperatura registada nos termómetros dos gavetões e acabou por resgatar o homem, que já estava inanimado. A história é terrível. Chega mesmo a ser terrivelmente bela. E vem na coluna que o Correio da Manhã chama de Mundo Louco… O mundo?! … Talvez.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Os precários. Os trabalhadores precários...
Não que sejam instáveis, inseguros, difíceis, minguados, pobres, incertos… como define o dicionário, que tenho aqui à minha frente. Portanto, o que temos aqui são trabalhadores com contractos precários. Esses sim, os contractos é que são minguados de difíceis, incertos e inseguros. E é disso que se fala. Que falou, aliás, o ministro Vieira da Silva, do Trabalho. Ontem, durante o debate de urgência sobre o Código de Trabalho, o ministro reafirmou, conta o Público, a intenção de regularizar a situação dos funcionários públicos com contractos precários.
Disse o ministro – e citemos – que "o Governo honrará o compromisso face ao trabalho precário também na contratação pública. Onde haja um posto de trabalho permanente, cumprirá a lei".
Foi esta a resposta à interpelação de um deputado, que queria saber se o Estado português, neste caso, o Governo português estaria disposto a dar o exemplo, no combate ao trabalho precário. O ministro respondeu como vimos, o que, a querer dizer alguma coisa, poderá querer dizer que o Estado está, sim senhor, disposto a dar o exemplo e a integrar nos quadros os mais de cem mil trabalhadores que tem a recibo verde. Isto, claro está, e como percebemos, se e onde houver um posto de trabalho permanente. Aí cumprir-se-á a lei. Exemplarmente, o que quer dizer que se espera que os empresários privados façam o mesmo.
Depois, alguém acusou o ministro de facilitar os despedimentos individuais. Ao que o ministro respondeu que, o ministério que dirige assume a responsabilidade de “propor soluções que limitam as desigualdades sociais, reforçam o papel dos sindicatos e permitem o desenvolvimento e a competitividade das empresas”. Em bom rigor, quem acha que se o ministro tivesse respondido exactamente o oposto, seria menos vago e mais convincente?...

E a excelência!
As negociações com os sindicatos começam hoje, dizem os jornais, mas a proposta do ministério da educação prevê que, nas avaliações aos professores, apenas 10% consiga atingir o escalão de Excelência. Ao patamar logo a seguir, o de muito bom, só 25% dos professores conseguirá chegar, segundo as contas que se vão fazendo.
E isto é dito com o tom de quem se lamenta. Como se ter um professor excelente, em cada dez, fosse coisa pouca. Como ter 25% do corpo docente classificado como de muito boa qualidade fosse pouca coisa.
As palavras têm o seu peso e valor próprios. Para além disso e apesar de todas as dissemias, têm significado próprio. E quando se diz que qualquer coisa é excelente, diz-se que melhor é quase impossível. É pôr a fasquia onde só os campeões lhe chegam. Isso para nós, ao que parece, é pouco!
Seria pouco também - e no caso seria então mesmo quase uma vergonha - se em Portugal não houvesse um único professor a alcançar a excelência, nem o muito bom. Nem um único e que todos, todos sem excepção, fossem simplesmente e apenas bons professores.
Claro que é de progressão nas carreiras que se fala, quando se denuncia esta espécie de numerus clausus da qualidade de ensino… A progressão na carreira, com o respectivo reconhecimento da qualidade e da responsabilidade do profissional. E isso implica, obviamente melhores vencimentos e isso é matéria sensível para todo o mundo. Mas também parece evidente para todo o Mundo, que a excelência da qualidade profissional de cada um é pormenor de importância relativamente vaga e quase retórica, nos dias que correm…
Ou seja, não é bem por aí, ou, não forçosamente.

Adiante. O acordo foi assinado por mais de cem países.
Cento e nove países assinaram ontem em Dublin, o projecto de tratado que vai proibir de vez as bombas de fragmentação. São contentores que se abrem ao ser largados e espalham centenas de mini bombas de uns 20 quilos cada uma…Estão por aí, espalhadas pelo chão de muitas guerras, prontas a explodir aos pés dos mais incautos.
O acordo assinado ontem, ao fim de 10 dias de duras negociações, prevê que os Estados signatários se comprometam a nunca, em qualquer circunstância, utilizar bombas de fragmentação, ou a desenvolver, produzir, adquirir, armazenar, conservar ou transferir para qualquer outra parte, directa, ou indirectamente, este tipo de bombas.
Diz-se ainda que nenhum Estado deve encorajar, ajudar, ou incitar alguém a qualquer actividade proibida, em função desta convenção.
A assinatura formal do documento está agendada para 2 de Dezembro em Oslo.
Ora a notícia diz entretanto também que nem todos estarão contra estas bombas… Ou seja, de fora deste compromisso ficaram os Estados Unidos, China, Rússia, Índia, Paquistão e Israel… os 5 países principais produtores de bombas de fragmentação.
Fica para que conste.
E em tom de alerta, os serviços secretos norte americanos avisam as agências que a Al Qaeda de Bin Laden se prepara para atacar o Ocidente com armas químicas, nucleares e biológicas.
A Agência Reuters recebeu o recado e espalhou-o para o mundo. Diz que o FBI está sempre de olho na rede. Na de Bin Laden e na outra – a Internet e em particular os sites islamitas. E terá sido então num desses sítios que os agentes do FBI terão dado com um vídeo da Al Qaeda, onde se incitam os guerrilheiros do chamado fundamentalismo islâmico a usar essas armas (biológicas, químicas e nucleares) para atacar países ocidentais.
Diz que o vídeo deve estar hoje disponível na Internet para que todos o vejam… Diz também que não há uma ameaça directa, ou quaisquer provas de que a Al Qaeda tenha armas de destruição em massa, mas que, de qualquer forma, foi enviado um alerta às agências de segurança, para advertir que o vídeo está a caminho.
Tudo assim vago, impreciso, assustador, como o terror gosta.
E como repararam, o alerta não fala em bombas de fragmentação, que com essas, e apesar de mais de 100 países a quererem riscadas de todos os arsenais do mundo… com essas pode o Ocidente ficar descansado, que costumam sempre cair para outras bandas… Iraque, Afeganistão, Líbano, Laos, Bósnia. Diz-se que 5 a 30% dessas bombas não explodem quando chegam ao chão… Explodem mais tarde e em 85% dos casos acabam por atingir civis e em 25% dos casos acabam por atingir crianças.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

É de toda a justiça e boa educação que agradeça aqui publicamente a amabilidade dos meus ilustres visitantes que se têm disposto a responder aos meus singelos inquéritos. pela vossa generosidade, bem hajam. Fixe.
Assim também eu!
Ora bom, a linguagem não terá sido bem esta, mas vai dar ao mesmo. Acontece que a SIC está indignada com a RTP e acusa-a de ter copiado o grafismo do Jornal da Noite. Ou seja, a RTP estreou um novo grafismo para o Telejornal e a SIC diz que o boneco foi copiado do Jornal da Noite. O que, para a SIC : “assim não custa muito dizer que se vai ter uma nova imagem, quando se copia a imagem dos outros…”
Pois a imagem é coisa importante, ainda mais quando se trata de um meio de comunicação, que vive muito à base da imagem. Que depende dela, para fazer passar a mensagem.
Consta que a RTP já desvalorizou a polémica e a acusação. Diz que é uma discussão menor e que não interessa aos telespectadores. Diz que os criativos fizeram um óptimo trabalho e não precisaram de copiar ninguém. Diz mesmo que não há exclusivos de cores.
Dá-se, como exemplo que, pela mesma ordem de razões, também não haveria de poder utilizar-se imagens nas reportagens, já que elas, à partida, serão comuns a todos os órgãos de comunicação. Sendo o acontecimento o mesmo, claro.
Ora, podemos começar por aqui. Copiar é feio. Na escola dá direito a reprimenda, quando não a desclassificação do próprio aluno. Mas isso é na escola. Depois, pela vida fora, copiar as ideias dos outros para as apresentar como criação própria, para além de continuar a ser uma mentira feia, continua a ser, ou sinal de preguiça, ou da mais elementar inépcia criativa. Para não dizer pior.
E onde é que está a verdade no meio disto tudo?... Ora a verdade é que, quem tem televisão por cabo e acesso às televisões do mundo, há-de ter reparado já que a diferença não é muita, quando se fala em grafismos e não só… poderíamos falar também dos conteúdos.
E aqui é que se calhar valeria a pena apostar na diferença. Que, mais que montra de efeitos especiais ou cenários modernaços, o que conta é o que o que a loja tem para vender.
Ou, se quisermos... O que conta é a coisa em si, e não o cenário vistoso, as lantejoulas, o aparato... Quem de vós mandou para o lixo, por exemplo, o livro, ou as pantufinhas que a avó tricotou para guardar apenas o papel do embrulho?...
E daí talvez haja razão para protesto. É que, se não for pelo boneco, se calhar torna-se difícil distingui-las … E não só pela prestação, ou conteúdo, mas também por aquilo que não era para se saber, mas sempre se vai sabendo. Como por exemplo, que os 3 canais de televisão generalista podem ter de pagar até 150 mil euros de multa, por não terem cumprido, o ano passado, os limites legais de publicidade. Todos eles: RTP, SIC, TVI. O relatório da Entidade Reguladora do sector concluiu que todos eles cometeram a mesma falta, sendo que aqui foi a RTP quem se destacou. Segundo o relatório foi o canal público quem mais pisou o risco da lei da televisão, sobre limites de emissão de publicidade.
E agora? Quem é que anda a copiar quem?

E o Diário de Notícias resume a situação neste título simples e demolidor. Diz assim: “Famílias portuguesas gastam um terço a mais daquilo que ganham.” As poupanças dos portugueses voltam a estar ao nível do que eram nos anos 60.
Depois, claro que há outros títulos, esta manhã, quase tão sintéticos como este do DN, se bem que muito mais demolidores. Escreve o Correio da Manhã que cada português deve 15 mil euros. O endividamento dos portugueses já representa 129% do rendimento, escreve o Correio, citando o relatório do Banco de Portugal. Mas não era deste título do Correio que eu falava. Antes deste outro... “Caso Maddie à beira do final”, garante o Correio da Manhã . E depois este título: “Procurador assume homicídio.” É o que está aqui escrito. Que o Procurador – presume-se, o procurador-geral da República – assume então o homicídio. Presume-se uma vez mais que seja o homicídio de Maddie – Madeleine McCann – essa. Diz então o Correio da Manhã, que o caso Maddie estará à beira do fim, agora que o procurador assumiu o homicídio. Foi então o Procurador-geral da República portuguesa quem matou a criança!? Será isso que o Correio quer dizer?!!!... Claro que não. Então, porque é que não disse?! Porque é que não disse, como aliás acabou por escrever, mas já lá mais para dentro do jornal, ao abrigo do primeiro olhar, do primeiro choque, do primeiro espanto. Enfim, depois de comprado o jornal…que o que se passa realmente é que o procurador, aliás, o Ministério Público assume a suspeita de homicídio.
Explica-se então que, pela primeira vez se torna público, que a investigação ao caso inclui essas suspeitas. As de homicídio, exposição, abandono e ocultação de cadáver.

Outras capas. A do Público avisa, discretamente, no canto inferior direito, já quase a fugir da página que os "funcionários públicos não vão ser inadaptados." É um português meio estranho, este, mas adiante. Para o que importa, escreve o Público que, os funcionários públicos deverão passar a reger-se, a partir do ano que vem, por um regime de contracto de trabalho semelhante ao do sector privado.
Assim sendo, o despedimento por inadaptação está afastado, mas o não cumprimento de objectivos poderá ser causa para despedir.
Se conseguirem ver qualquer diferença substancial e relevante entre as duas coisas, para além da forma e do rodriguinho… Sim, claro. Claro que há-de haver uma diferença, senão os jornais não falavam nisso. Portanto, se não é por falta de capacidade ou inadaptação, que os objectivos se não cumprem, só pode ser por manifesta má vontade do trabalhador!!! Então, claro, nesse caso, o despedimento tem uma justa causa. Quem é que quer trabalhadores que estão de má fé a sabotar sistematicamente o progresso da empresa?!... No caso, da coisa pública? Seria o mesmo que dormir com o inimigo.

E já agora fiquemos no Público mais um bocadinho.
É que nestes dias em que a crise dos combustíveis faz as manchetes diárias , o jornal publica discretamente esta notícia de uma vitória portuguesa que vem mesmo a propósito.
Foi em França, no circuito de Nogaro, que o Eco-Inegi, venceu, pela 3ª vez consecutiva, a maratona ecológica, organizada pela Shell europeia.
O veículo foi construído pela Faculdade de Engenharia do Porto e venceu os 291 klm da prova, gastando só um litro de gasolina. Um litro de gasolina para fazer 291 klm à velocidade de 90 klm por hora. Foi esse o feito que lhe valeu o prémio na classe Urban Concept. Ora, como o nome indica, Urban Concept é então um modelo a pensar no conceito urbano de mobilidade e deslocação.
Ora a verdade é que, nas nossas cidades, 90 klm à hora é mais que suficiente, para não chegar atrasado a nenhum compromisso importante.
Aliás, para além de ser mais que suficiente, até é proibido!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ora aí está uma boa notícia. Vem no 24 Horas e diz assim: “Vêm aí turistas para as clínicas portuguesas.” Ora bem, turistas são sempre bem vindos, é gente que trás saúde à economia e enfeita o ambiente… Nem que venham , ao que parece, doentes e para se tratarem .
Porque a ideia é essa.
Diz a notícia, que a medicina pode ser o próximo mercado de turismo em Portugal. A primeira operadora ibérica de turismo médico chama-se Fly2doc. Em português seria … voar para o médico, ou coisa assim…
Segundo a agência Lusa, citada pelo jornal, a empresa tem na mira o mercado britânico. A ideia é trazer para Portugal e Espanha (já que o projecto é ibérico) doentes/turistas ingleses para receberem cuidados médicos, dentários ou cirúrgicos. Diz-se que, desta maneira, os pacientes ingleses podem poupar entre 32 a 66% no custo dos tratamentos. E diz ainda que este tipo de turismo, o turismo médico, está a tornar-se muito popular em Inglaterra porque lá é manifesta a má qualidade da assistência pública, na área da estomatologia, por exemplo. Consta que lá, em Inglaterra, são longas… demasiado longas, as listas de espera para uma cirurgia nos hospitais, sendo que, no privado custa um dinheirão. Isto tudo, lá em Inglaterra, claro!
Diz-se ainda que a empresa, a FLY2doc., aposta em parceiros especializados nas áreas que se revelam mais procuradas… a ver: dentistas (já vimos) e oftalmologistas e ortopedistas e cirurgiões, que também já tínhamos visto. A aposta centra-se, a nível ibérico, em duas cidades: Lisboa e Barcelona; sendo que há também já contactos em Coimbra e no Algarve, estando em negociações outros investimentos em parceria com um grupo financeiro português.
Chegamos então à boa notícia e já não era sem tempo!
Apesar da alegada falta de médicos em Portugal... Apesar das alegadas listas de espera que desesperam os doentes portugueses… a verdade é que até temos clínicos suficientes para assistir, a preços concorrenciais e competitivos, os doentes turistas, ou os turistas doentes que nos cheguem de Inglaterra.
Mas porque não há bela sem senão…se a ideia pegar mesmo e for um sucesso, pode-se eventualmente chegar a um ponto de ruptura. Pode, por exemplo acontecer que os oftalmologistas, por exemplo, cheguem a um ponto em que, por exemplo, não consigam mesmo dar conta do recado. Que, com preços tão competitivos – lembram-se? - pode-se chegar a uma economia de 66% em relação aos preços dos médicos ingleses…Pois assim, é normal que a procura seja elevada. Tomemos então o exemplo dos oftalmologistas. Quando chegar o dia em que se atinja o ponto de ruptura…Aí, se calhar, por exemplo, terão mesmo de reenviar alguns doentes, por exemplo, para Cuba. Se calhar e por exemplo.

E chegamos onde tínhamos ficado. À saúde. No caso, a história só lhe usa o cenário, que o enredo é outro … Vamos à história. Vem no Público e diz assim: “Administradores hospitalares condenados por pagamentos indevidos invocam prescrição”…
Os administradores em causa são os do Hospital de Almada. Ou melhor, os que administravam o hospital de Almada à altura dos factos. E isso foi entre 93 e 95.
O Tribunal de Contas condenou esses 4 administradores a repor 210 mil euros, por pagamentos indevidos entre 93 e 95. Consta que na altura, em Novembro de 93, os quatro administradores determinaram que os respectivos vencimentos nunca haveriam de ser inferiores ao ordenado mais alto que houvesse no hospital. Ou seja – continua o Público - 770 contos (que era a moeda da altura). Hoje daria 3840 euros. Era esse o ordenado pago a um chefe de serviço no escalão mais elevado e com dedicação exclusiva e funções de direcção de departamento.
Para fundamentar esta decisão, os administradores terão mesmo encomendado um parecer jurídico a um especialista. Ora os especialistas fazem-se pagar. No caso foi 8 mil euros, o custo do parecer.
E isso porquê? Porque a lei diz que, no caso destes administradores, não é possível a aplicação de outra tabela salarial, que não seja a prevista para os administradores públicos.
Em 93, uma circular do departamento de Recursos Humanos da Saúde alertava para essa imposição legal. Aviso repetido no ano seguinte e uma vez mais sem efeito. Enfim, sem efeito para além desse, dos administradores terem então pedido o tal parecer jurídico, que lhes custou 8 mil euros. E foi esse parecer, que serviu de base para se rever uma vez mais os cálculos e as contas. Um parecer que foi apresentado, já em 2001, ao Ministério Público, na sequência de um processo de inquérito de irregularidades, ordenado pela Inspecção-geral de Saúde.
Na altura, o Ministério Público pedia a devolução, ao erário público, de 450 mil euros. O montante dos vencimentos recebidos inadequadamente pelos 4 administradores do hospital de Almada…
Segue a história que, em 2004, o Tribunal de Contas absolvia os arguidos, mas o Ministério Público não desarmava e em recurso interposto, dois anos depois, os arguidos foram mesmo condenados ao pagamento de 210 mil euros e mais os 8 mil, pagos pelo tal parecer jurídico. Tudo somado, dá então os tais 280 mil euros, de que se fala…
Segundo o acórdão publicado na altura, os arguidos actuaram conscientes da violação de deveres de prudência – estou a citar o que vem entre aspas – “conscientes, então, da violação de deveres de prudência, cuidado, ponderação. Não se tendo verificado quaisquer causas justificativas dos factos, ou de atenuação da respectiva culpa.” Fala-se portanto em culpa e adianta-se, entretanto, que os acusados não apresentaram qualquer justificação convincente para essa exigência: a de se fazer pagar por um valor acima de qualquer ordenado em vigor no hospital. Mais que o mais pago de todos os mais bem pagos.
Quase vencidos, mas longe de se darem por convencidos, os 4 administradores em questão interpuseram recurso, já o ano passado e desta vez para o tribunal Constitucional. O Constitucional fez por sua vez o processo voltar ao de Contas…
E contas feitas, temos agora e entretanto um dos arguidos condenados a dizer que…e atenção que isto parece interessante e curioso… passemos à citação. Diz o ex administrador: "no nosso entender, em Novembro de 2007 terminaram os 12 anos de validade do processo e caducou qualquer eventual falta que tenhamos cometido.”
Ora: tenhamos… eles, os 4, obviamente. Mas há aqui uma falta, que este ex administrador está a cometer, agora mesmo, ou pelo menos no momento em que proferiu esta surpreendente afirmação.
Ou seja, 12 anos passados sobre os factos, pode ter prescrito o processo judicial. Pode ter passado o tempo e a oportunidade de os chamar à Justiça e fazer pagar pelas faltas cometidas… agora, como se diz, 12 anos passados, ter caducado a falta?!... Isso é que, para um ex administrador, homem ligado às ciências médicas… é de uma falta de rigor científico quase alarmante.

Vem no Público: “LIDL limita vendas de arroz a dez quilos por cliente.” Racionamento, portanto. É disso que fala a notícia.
Uma medida justificada com a escassez de matéria-prima – como escreve o jornal, citando os avisos, que a empresa já terá afixado nas diversas lojas que compõem a cadeia de supermercados.
Diz ainda o Público, que esta é uma medida inédita em Portugal e que surge ao abrigo de um certo decreto de 93, que admite “a recusa de venda de bens, nos casos em que esteja em causa a satisfação das exigências normais da exploração industrial ou comercial do vendedor, designadamente a manutenção dos stocks de segurança”, ou nos casos em que haja “uma desproporção manifesta da encomenda face às quantidades normais de consumo do comprador”.
A notícia continua, referindo os casos de uma empresa norte americana que está a fazer o mesmo e pela mesma ordem de razões. No caso, cada cliente pode comprar até 4 pacotes de arroz. Sendo que cada pacote, nessas lojas, pesa 9 quilos. Vem a dar então 36 quilos de arroz, por cliente… Mesmo tratando-se de compras para um mês… dá mais de um quilo de arroz por dia! Consta que, também em Inglaterra já há quem esteja a fazer o mesmo…
O racionamento chega assim ao ocidente por via das dificuldades de abastecimento verificadas em países exportadores como a Índia, o Vietname e as Filipinas. Países que estão, além do mais, bem mais preocupados em conseguir manter os preços no próprio mercado interno.
Das razões da falta de arroz vai-se sabendo… as alterações climáticas, que comprometem as colheitas… os preços do petróleo, que fazem o mercado virar-se para os bio combustíveis, desviando assim o arroz e outros cereais da sua vocação alimentar original…
Ainda não há muito tempo, a Associação Nacional dos Industriais de arroz confirmava, que a falta de arroz já se começa a sentir em Portugal. E que a situação se pode agravar, caso a Tailândia, o maior exportador mundial, resolva seguir o exemplo dos outros parceiros, que suspenderam as exportações.
Em Portugal e só para encerrar este capítulo, importa-se cerca de 40% do arroz que se consome.
Pronto. Agora o racionamento.
Vamos lá a pensar em voz alta. Tirando os restaurantes, que consumidor precisa assim tão urgentemente de 10 quilos de arroz em casa?!! Assim mesmo, por junto e atacado?...
Ou seja, se esta notícia não tivesse sido publicada, que consumidor português se levantaria hoje da cama a pensar assim: hoje, a ver se vou ao supermercado, comprar aí uns 50 quilitos de arroz, que já se acabou…
Claro que, depois de ouvir este alarme de racionamento e de saber que a partir de hoje o LIDL só vende 10 quilos de arroz a cada cliente… é bem capaz de haver gente que mobilize a família em peso, para uma incursão ao supermercado. 10 quilos a cada um…
Pode vir o fim do mundo, que pelo menos à fome de arroz nã
o nos apanha!

domingo, 25 de maio de 2008

o fim de semana é uma seca e passa num instante

marlene d. shanghai express

o fim de semana é uma coboiada! no pasa nada...

buster keaton go west

...é assustador !

sir L. Chaney o fantasma da Ópera