segunda-feira, 27 de agosto de 2007

contra a violência gratuita

O sítio pouco importava. Deixava-se ficar muito quietinho e quando eles iam a passar, zás, caía-lhes em cima e desatava a malhar forte e feio, até se cansar. O prazer que aquilo lhe dava, santo deus! E a calma que vinha depois… era uma coisa inexplicável. Ficava ali, a vê-los estendidos, desfigurados e meio mortos. Por fim, sacava-lhes a carteira e limpava o dinheiro todo que lá houvesse. Só o dinheiro, que os documentos dão uma trabalheira danada, para renovar, quando se perdem… Portanto, dava-lhes uma carga de porrada e, no fim, levava-lhes o dinheiro. Não que fizesse grande questão, só p’ra não o acusarem de violência gratuita.