sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
a linguagem é a fonte de todos os mal entendidos
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
afrontosa prepotência
só se for roubar!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
presunção e broa de Avintes...
hipótese quase absurda
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
o Ministério da Utopia
Pode ter sido engano, mas também pode ser que tenham achado tão curioso, que resolveram publicar a mesma notícia, duas vezes na mesma edição... no caso, a edição de hoje do Diário de Notícias.
É aí que vem a história e em versão dupla... Digo mesmo dupla e não repetida, já que o texto, breve, em ambos os casos, é ligeiramente diferente. Não muito, mas ligeiramente diferente. Sendo que, no essencial, o que diz é que a Câmara Municipal de Vila Verde, distrito de Braga, resolveu, para marcar o arranque do "Mês do Romance"... resolveu nomear a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, que esteve presente na cerimónia... resolveu nomeá-la... "secretária de Estado do Amor".
Ora, este "Mês do Romance" da Câmara de Vila Verde é um evento que se propõe estimular o turismo e divulgar o artesanato e gastronomia e produtos locais. Decorre durante todo este mês de Fevereiro. Quanto à distinção que lhe foi conferida... Elza Pais terá respondido que “quem promove a igualdade está a promover o amor”. Por isso, não só não se terá sentido ofendida , como até parece ter achado simpática a distinção.
E neste contexto deixo à vossa escolha e livre inspiração decidir a quem haveremos de conceder o título de Ministério da Utopia .
drogas...é comigo!
E o Público puxa para a capa esta espécie de guerra surda entre a classe médica e a Ordem dos farmacêuticos... Tudo por causa das assim chamadas smart drugs... drogas espertas... em linguagem chã... pílulas para estimular o cérebro, para lhe combater o cansaço e conseguir um melhor rendimento escolar... Porque é disso que se trata. De uma campanha promovida pelas farmácias dirigida aos estudantes universitários com problemas de memória e concentração. A classe médica critica, à partida, esta solução fácil para resolver o problema. Pelo caminho deixam-se também algumas reservas quanto à própria eficácia das drogas em causa... Fala-se do efeito placebo, fala-se de uma falsa sensação de bem estar que pode não corresponder a um desempenho adequado... Denuncia-se também o facto de que, mesmo os medicamentos que dispensam receita médica, não haveriam de ser objecto de campanhas publicitárias, nem anúncios nas televisões, ou , como é o caso, em cartazes afixados nas faculdades... Presume-se que o mesmo principio se aplique aos antipiréticos e analgésicos e anti-gripais em geral...
Do lado das farmácias, o argumento é criar uma ligação diferente ao consumidor. No caso, transformar as farmácias em locais de aconselhamento dos clientes. Um espaço – segundo Pedro Casquinha, em nome da Associação Nacional de Farmácias – "um espaço de saúde e bem estar de onde as pessoas saem com mais confiança, auto-estima e segurança."
Permitam-me o parêntesis... não vos começa já a cansar também um pouco ouvir falar tanto de auto estima e a propósito de quase tudo e mais alguma coisa?... Não? Então está bem... adiante.
Diz Pedro Nunes, da Ordem dos Médicos, que o que há a fazer é incentivar o estudo e não recorrer a soluções milagrosas de emergência e de efeito duvidoso.
Diz Isabel Brandão, médica chefe da Unidade de Psiquiatria do Jovem e da Família do Serviço de Psiquiatria do Hospital de S. João do Porto... só a apresentação.. hem?.. pois diz então Isabel Brandão, que não é nada aconselhável os jovens ( neste caso os jovens) recorrerem "a medidas muito imediatas e em que prevalece a ideia de uma resposta rápida para um problema e que, por outro lado, uma vida saudável e uma alimentação devidamente cuidada e equilibrada são suficientes para os jovens conseguirem competências cognitivas suficientes."
Diz ainda João Seteira Carlos, presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral, que o ideal é ajudar os estudantes a lidar com os testes e ensinar-lhes estratégia de adaptação, até porque o objectivo da medicina é apostar na prevenção e não na medicação...
E é capaz de ser já suficiente, o que fica exposto. Pelo menos o suficiente para ficarmos agora à espera de ouvir a classe médica manifestar-se igualmente quanto à prescrição – que muitos dizem francamente exagerada e nalguns casos quase irresponsável – de ansiolíticos e anti-depressivos e aparentados...
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Quem nos garante o contrário?...
Diz o Correio da Manhã, que a Plataforma Cidadania e Casamento prepara uma manifestação, em Lisboa, contra os casamentos gay ( como lhe chamam) o que me parece uma designação pouco correcta, já que, daquilo que me lembro, há até uma espécie de associação, que se reivindica de Gays e Lésbicas, ora portanto, ao falar-se de casamentos gay, deixa-se de fora e assim à primeira vista , qualquer coisinha, parece-me...
Mas , adiante.
Uma manifestação, portanto ... contra esse tipo de casamentos e a favor de um referendo... Citando Isilda Pegado, da Plataforma Cidadania e Casamento... "é uma manifestação acima de tudo a favor da decisão que um povo quer ter sobre os seus destinos..." É sempre curioso ouvir alguém interpretar com tamanha clareza os desígnios e desejos de um povo, ou de uma pessoa, ou de quem quer que seja... e isto não é, nem de longe, exclusivo desta Plataforma de Cidadania... longe disso, como toda a gente sabe...
Mas não nos dispersemos. A Plataforma da Cidadania quer que se respeite a vontade popular nesta matéria porque, voltando a Isilda Pegado – "o povo não consente que o calem."
Nesta base, temos então que, se o referendo se fizer e se depois de feito aprovar a ideia dos casamentos homossexuais... a Plataforma Cidadania e Casamento vai calar-se de vez, quanto a esta matéria...
Parece razoável.
Menos razoável, mas ainda assim perfeitamente possível, já que o voto é secreto... possível será, que alguns dos militantes desta Plataforma votem a favor dos casamentos entre pessoas do mesmo género... Alguns , se calhar mesmo, por razões muito pessoais e intransmissíveis. Nunca se sabe, mas possível é. Quem nos garante o contrário?...