sexta-feira, 22 de maio de 2009

o estilo Saloio Chic

Ora bem, a coisa anuncia-se como ideal para filhos estilosos, modernos ou até descuidados… como vemos, o anúncio, se não cobre quase todas as possibilidades , anda lá perto.Falta, claro, os cuidadosos, os aplicados, os estudiosos, os interessados e curiosos de aprender… porque é de crianças que já andam na escola que se fala … que já andam na escola e que têm um computador Magalhães… em princípio.

E o anúncio garante que este é um exclusivo do JN… mas chega de mistério… Diz o Jornal de Notícias, que a partir de 17 de Maio passado e até ao 19 de Junho próximo futuro, na compra do jornal e por apenas mais 11 euros e 50 cêntimos, o leitor pode adquirir uma capa colorida e um tapete de rato para o Magalhães.

“Dê um presente especial ao seu filho” – convida o jornal. “...por apenas mais 11 euros e 50 adquira uma capa colorida e um tapete de rato Magalhães exclusivos do JN , disponíveis em 3 cores: azul, vermelho e verde…” Acrescenta-se depois, para que não sobrem dúvidas na mente de qualquer pai, ou mãe mais cépticos, que, com tudo isto, ele – o filho, obviamente – “vai gostar ainda mais de ir à escola, nem que seja para mostrar o seu novo estilo aos amigos…” Com uma refêrencia discreta, garante-se entretanto que a marca, que assina as capas e os tapetes de rato que o jornal anuncia, é marca de excelência e que, este ano mesmo, foi eleita por votação dos consumidores…

Ora pois, decerto que sim. Pena, as televisões não terem dado notícia de tão democrática distinção e escrutínio… é a vida.

Agora, comecemos por aqui… 11 euros e 50 por uma capa de plástico e um tapete de rato… tendo em conta que a venda é proposta nesta espécie de mercado paralelo das oportunidades únicas e pechinchas promocionais… 11 euros e meio por uma capa de plástico e um tapete de rato… é caro. É caro e aqui—chamem-me o que quiserem, mas não admito contraditório.

Quanto ao resto… dos filhos estilosos e que vão para a escola passear capas coloridas de computador… temos aqui duas situações interessantes no horizonte…

Primeiro, alimentar essa espécie de cordão umbilical que resiste, pelo menos nos primeiros tempos da primária, em que a criança leva um brinquedo para a escola, para não se sentir tão sozinho nesse meio novo e , para ela, ainda hostil.. uma espécie de colo materno, do cheiro de casa… isso justifica-se nesses primeiros tempos de escola, nos primeiros dias, para amortecer o impacto da chegada a um mundo novo... Mais que isso, parece serôdio. No mínimo.

A outra situação curiosa é este incentivo à vaidade, à ostentação, à futilidade… Lembram-se? “Para mostrar o seu novo estilo aos amigos…” Enfim, cada um sabe de si, mas admitamos que sim, que tudo na vida haveria de ser assim. Com estilo.

“Vêem?... O meu filho ainda mal sabe somar dois mais dois… Nem pelos dedos. Baralha-os todos... mas fá-lo com um estilo !...”

quarta-feira, 20 de maio de 2009

por causa de certos melros há os que caem que nem tordos, apardalados.

Vem no Diário de Notícias que os tordos são capazes de distinguir pessoas diferentes…

Diz-se que se partiu de uma experiência muito simples, para se concluir que estes pássaros se adaptam ao meio de uma forma muito particular. Por exemplo, o instinto de sobrevivência apurou-lhes a faculdade de reconhecer quem lhes quer mal. Ou melhor, reconhecer, identificar, ou se quisermos, lembrar-se de quem se chega com maus instintos. Vamos aos factos.

A experiência foi realizada por cientistas da Universidade da Florida e o jornal, o Diário de Notícias diz que esta descoberta lhe faz lembrar um pouco o filme do Hitchcock, os Pássaros, no caso e por estranho que pareça…

Ora e porquê? Continuemos … sigamos então o voo dos tordos… O comportamento revelado explica em parte como, no caso, os tordos, conseguem sobreviver em meios hostis, urbanos… O que se fez foi recrutar alguns voluntários, primeiro que tudo. Depois enquanto uns se chegavam de mansinho junto dos ninhos, tocando-lhe de forma a assustar as aves, outros deixaram-se ficar a uma distância que não provocasse alarme, ou aproximavam-se sem ligar aos ninhos nem a quem lá estava dentro. Como se costuma dizer, quem está, está, quem vai, vai... Numa segunda tentativa, os pássaros reagiam em alerta, piando alto e alguns até fazendo voos rasantes de intimidação, quando se aproximava aquele que os tinha, supostamente, incomodado, ou assustado, ou que, lá no seu entender de passarito, poderia constituir ameaça… Quanto aos outros, os pássaros não reagiam, ou seja, continuavam lá na sua vidinha, sem se assustarem. Foi então a partir daqui que os cientistas concluíram que os pássaros, pelo menos estes tordos cosmopolitas, são capazes de reconhecer e identificar, não tanto os rostos, mas antes e pelo menos, capazes de reconhecer e identificar quem é uma ameaça.

E terá sido também a partir daqui e do que ficou exposto que o jornal conclui que esta história… esta descoberta faz lembrar um pouco o filme do Hichtock…

É bem verdade que a matéria em análise envolve pássaros e o filme de que se fala também… mas, se repararam bem, no Música no Coração, logo na cena inicial, quando Julie Andrews canta desalmadamente a dizer que as montanhas ganham vida ao som da música… aí, também, se olharem com atenção também se vê uns passaritos a esvoaçar lá em fundo, agitando as asas furiosamente…

Do resto… tivéssemos nós a sageza dos tordos, de reconhecer à distância os que vêm – como se costuma dizer – com ela fisgada, ou até mesmo a dos cães que, há quem garanta, farejam o medo e o perigo à distância…

segunda-feira, 18 de maio de 2009

hoje... só se for amanhã!

hoje... só se for amanhã!