O “Media Smart” propõe-se explicar, aos alunos do 1º e 2º ciclos, as técnicas usadas na publicidade.
A ideia junta a “Associação Portuguesa de Anunciantes” e o “Ministério da Educação”. Tem na mira as crianças entre os 6 e os 11 anos. Já a 20 de Fevereiro, nas escolas que aderirem ao projecto, assistir-se-á à primeira aula, onde será explicada a arte da publicidade. A arte e as manhas… Antes disso, a 13 de Fevereiro, no Porto, no Colégio Luso Internacional apresentam-se os estudos que já foram feitos por professores em testes piloto.
O programa divide-se em 3 módulos: Introdução à Publicidade, Publicidade dirigida às crianças e Publicidade não comercial…
E aqui a história chega a uma interessante bifurcação… Chega, só porque me dá jeito, convenhamos… E dá jeito para seguir por esta outra notícia, que tem a ver com curricula escolares… nos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, as crianças da escola vão ter aulas de manuseamento de armas de fogo.
O estado da Virgínia Ocidental está a apreciar o projecto de lei, que se propõe treinar os alunos das escolas estaduais.
A noticia em si poderia soar preocupante. Tanto pelo facto de imaginar crianças da escola a treinar com armas de fogo, como se o país estivesse em guerra civil, ou à beira de uma invasão de marcianos, como pelo facto de isso poder indiciar a necessidade das crianças aprenderem de facto a manusear essas armas. Como quem diz, que o mundo se tornou um lugar tão selvagem, que há que andar preparado, desde os bancos da escola, desde o berço. Numa mão a chucha, na outra a bazuca!
Mas não. A notícia conclui e esclarece que, a medida tem a ver com outra guerra. Diz o “Jornal de Notícias”, que a medida visa travar a queda da emissão de licenças de caça, uma das mais importantes fontes de receita da Virgínia Ocidental!
Ficamos todos mais descansados. Afinal o mundo não é assim um lugar tão perigoso para se viver. Na Virgínia Ocidental, pelo menos não é esse o susto. O problema na Virgínia é a falta de consumidores… É a Economia, estúpido!
Agora voltemos atrás para seguir pela outra história/estrada de ainda há pouco…
E é que nem por estúpidos, nem por parvos!
Os escuteiros portugueses estão indignados e ameaçam levar o caso a tribunal.
Vem em todos os jornais… O “Corpo Nacional de Escutas” está indignado com a campanha de uma certa cadeia de armazéns, por alegadamente se sentir insultado. Querem que a empresa retire o anúncio, onde aparece um grupo de cidadãos de uma terra imaginária, a Parvónia, que desce à cidade para visitar o tal armazém. São os parvos, os habitantes da Parvónia. Desta excursão fazem parte, o suposto presidente da Parvónia, um militar, supostamente de alta patente e fardado, uma jovem vestida de “Miss”, vencedora de um qualquer concurso de beleza e… um escuteiro! Na campanha, parece que o escuteiro é retratado como o mais parvo dos quatro. É pelo menos essa a leitura que faz o "Corpo Nacional de Escutas", que quer levar a empresa a tribunal, por sentir que estamos perante um insulto aos perto de 80 mil escuteiros que existem em Portugal. A empresa diz que é uma brincadeira e que em todos os países, onde a campanha passa, a ideia é a mesma e ainda não causou polémica. E que não há, nem nunca houve a intenção de ofender directamente ninguém; nenhuma corporação, entidade, ou classe social, o que seja...
Mas,seja como for, na Internet, já corre uma petição, para que a campanha seja retirada das televisões, outdoors... Um dirigente escuteiro disse ao “Diário de Noticias” que não havia necessidade de usar a figura de um escuteiro fardado. Podia ter-se escolhido um jovem qualquer, que fizesse a mesma cara de parvo para a câmara, sem precisar de estar fardado e muito menos de escuteiro.
Espera-se agora a indignação das concorrentes a “Miss”, dos generais e militares em geral e todos os presidentes em exercício, ou candidatos a qualquer carreira politica. Já que são estas, as 3 restantes personagens retratadas na campanha!...
Claro que, depois do curso de que vos falava no início, se não nos tornarmos mais preparados para responder às armadilhas da publicidade, esperemos que se nos desperte algum sentido de humor, ou pelo menos que se aprenda a “desimportantizar” certas – alegadas – ofensas e atentados ao bom nome, ou a qualquer outra coisa que nos faça falta.
duas à margem:
primeiro, a chapelada a Alexandre O?Neill, p'lo neologismo e p'lo conceito. è mesmo preciso "desimportantizar" muita merda nas nossas vidas...
segundo ( e não resisto a) contar uma anedota/adivinha...
Sabem o que é um grupo de escuteiros? Como se define, reconhece?
é um grupo de putos, vestidos com uma farpela ridícula, comandados por um gajo ridículo, vestido com uma farpela de puto.
contaram-ma há muito tempo e já na altura lhe achei graça...