sexta-feira, 25 de setembro de 2009

...e o Céu, a seu dono.

Outros predadores, outras palavras, mas o mesmo céu…

Assim mesmo, em maiúsculas castanhas e desassombradas no cartaz – plantado – escreve o DN – no meio de um enorme descampado na berma da municipal 554, a que liga S. Torpes a Porto Covo. São 20 metros por 3 e já ali está desde o 24 de Julho passado e , ao que consta, vai lá ficar até 3 de Outubro, que é quando acaba a exposição Extermínios, organizada pelo Centro Cultural Emmerico Nunes, de Sines. Porque é disso que se trata. Este cartaz faz parte da exposição. Uma exposição que fez espalhar outras sugestivas frases pelas montras das lojas e alguns edifícios devolutos da cidade de Sines.

Durante algum tempo muitos se perguntaram sobre o que queria dizer esta enigmática frase, este misterioso cartaz… Foi conversa de café… Houve quem achasse que era um recado do dono do terreno a alguém em especial,,,, houve quem lesse na frase: outros predadores… uma qualquer subliminar mensagem política… Houve também quem pensasse que se tratava de uma guerra de palavras entre instrutores de para-pente… uma actividade com algum relevo na região… Também houve quem lesse, nesta encriptada mensagem, uma chamada de atenção, um alerta para e contra a poluição do complexo industrial de Sines. Durante todo o mês de Agosto, nos cafés e esplanadas, os turistas perguntavam , mas ninguém sabia responder qual o significado, propósito, origem, autoria do cartaz e da estranha mensagem: Outros predadores, outras palavras, mas o mesmo céu… O DN cita uma popular, que arriscou uma outra hipótese… disse a senhora e citemos – também pode ser de algum poeta parvo… E afinal, parece que não andou assim tão longe da verdade, afinal de contas… O Diário de Notícias ouviu uma das autoras do projecto, a artista plástica Moirika Reker… Citemos, uma vez mais. Diz que "tudo foi criado para que o público faça uma travessia de descoberta". Ora aqui está uma frase de efeito que resume, no fundo, aquilo que todos nós andamos a fazer neste mundo… uma travessia de descoberta… mas diz mais… Diz que: "Não faz muito sentido dizer o que é que significa a frase": outros predadores outras palavras, mas o mesmo céu ... diz ela… Diz a artista que: "Fica ao critério de cada um. São possíveis vários significados".
E é esse, afinal, um dos segredos da poesia, mesmo da poesia parva...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

camelos, em geral...

E temos aqui duas curiosas notícias, que o JN dá hoje à estampa…

Não foi fácil escolher qual delas mereceria de pleno direito a distinção da prioridade. Foi difícil, mas vamos lá. Corajosamente.

Comecemos então por aqui e perdoem-me a transcrição literal e completa, que , estou em crer, será a forma mais eloquente de vos contar o que se passa. Diz então o Jornal de Notícias que – citemos: “A Ordem dos Enfermeiros interpôs junto do Tribunal Administrativo uma acção administrativa comum, contra a prática ilícita e usurpação ilegal das competências dos enfermeiros, a propósito da administração de vacinas por profissionais não legalmente habilitados, nas farmácias.

Em comunicado, a Ordem dos Enfermeiros explica que tomou esta atitude por entender que tal situação foi e é susceptível de lesar o interesse colectivo da comunidade a que os enfermeiros estão vinculados pelos seus valores e quadros legais e éticos” – fim de citação. A vacina de que se fala – convém explicar - é a da gripe A – fim de explicação.

E esta outra, umas páginas mais à frente. Vem em formato de instantâneo fotográfico de um certo Teixeira Correia, o fotógrafo. Explica a legenda, que o candidato do PSD, o cabeça de lista por Beja, se passeou pelas ruas da cidade com camelos. Camelos mesmo.

Ungulados e artiodáctilos. Pela fotografia, parecem ser dromedários. Os de uma bossa só, que se diferem a olho nú dos bactrianos… o camelus bactrianus, , que tem duas bossas, sendo que ambas as variantes -de camelos, claro, que não de bossas...- são originárias da Ásia e norte de África.

E, ao que consta, era essa a metáfora!

João Paulo Ramôa, cabeça de lista do PSD por Beja, passeou-se ontem, em acção de campanha, pelas ruas da cidade, acompanhado de dois camelos, que a foto ilustra galhardamente. Diz que foi para demonstrar, que o Alentejo não é o deserto descrito pelo ministro Mário Lino...

Que não é um deserto, apesar dos camelos.
Mas, o mais curioso desta fotografia é não se verem microfones, apontados aos dois protagonistas ungulados desta história!… Nunca se sabe, se não se tinha conseguido o som do dia, para abrir os telejornais da noite.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009