sábado, 26 de julho de 2008

o vidaúl

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Vem no Público. Soldado da GNR processado por recusar lavar pratos.

Em subtítulo, explica-se ainda que o caso é sério. Tão sério que a Associação dos Profissionais da Guarda denunciou já o clima de intimidação, para obrigar os praças a desempenhar tarefas "indignas".

Poderíamos começar por aqui. Por esta revelação surpreendente. De lavar a loiça ser, pelo menos para os oficiais da Guarda Republicana, uma tarefa indigna. Mas isto, o melhor é continuar a ler.

E continuando, ficamos a saber que tudo se passou no quartel de Cavalaria da Ajuda, onde, ontem mesmo, um soldado foi constituído arguido por se ter recusado a acatar a ordem. A ordem de ir lavar a loiça. De ir de faxina para a cozinha, lavar a loiça. O comunicado da Associação dos Profissionais da Guarda diz que muitos soldados estão a aceitar tarefas para as quais não foram treinados, por medo a represálias dos oficiais superiores. O que está aqui escrito é que "estão a aceitar tarefas que não aquelas para as quais receberam formação”. Seria espantoso, isso sim, ficarmos a saber, que um dos exercícios de formação de recrutas da Guarda Republicana fosse…. lavar, ou aprender a lavar a loiça. É verdade que não seria nada do outro mundo, mas percebe-se que não conste do programa de treinos. O lavar a loiça – a menos que haja alguém de fora contratado para o fazer – haverá de ser feito pelo pessoal da casa. É assim em todo o lado. Já que a loiça não se lava sozinha. Tendo em conta que, para muitos pode ser uma tarefa desagradável, há quem recorra a estratagemas vários quando a hora se anuncia. Desde o tirar à sorte, até ao método da rotação de tarefas. Ou ainda, se quisermos, como castigo, para quem se porta mal. A notícia não explica se foi esse o caso, Se, o lavar a loiça de que se fala, aconteceu na sequência de uma qualquer sanção disciplinar. Não diz e o Público garante que também não conseguiu muitos mais pormenores junto do quartel da Ajuda. Mandam dizer que o caso está sob a alçada disciplinar e ponto final. O soldado em causa encontra-se neste momento com termo de identidade e residência e só não foi preso, na altura, porque na altura não havia nenhum oficial de serviço para lhe dar ordem de prisão. E agora sim, ponto final.

Aliás, ponto final, ainda não! Dois pontos. Dois pontos, para o que se segue, no tal comunicado da Associação Profissional da Guarda… “a situação deste profissional…” – o soldado que se recusou a lavar a loiça – “…tomou proporções verdadeiramente anómalas e caricatas.” Diz o comunicado. Disso já nós tínhamos suspeitado. Mas continua-se… e continua-se dizendo que “…a postura persecutória e intimidatória assumida merece o mais veemente repúdio e é em tudo exemplificativa da prepotência sem limites e da cultura de subserviência vigente nalguns sectores da Guarda, em que as hierarquias impõem trabalhos indignos e colocam os seus subordinados em situações profundamente humilhantes.”

E voltamos ao princípio. Lavar a loiça como tarefa indigna e profundamente humilhante … pois será, é uma opinião. Como haverá, no dia a dia de um quartel, ou na casa de qualquer um, outras tarefas de manutenção e limpeza ainda mais desagradáveis e eventualmente mais humilhantes. Muito mais que lavar pratos, ou lavar com a esfregona, o chão da cozinha.

Há de certeza e ninguém as quer, mas, alguém as terá de fazer, não?...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ora vamos a ver se nos entendemos…

A noticia vem da Austrália e diz que os gays, lésbicas ou transgéneros, que estiverem cansados, quiserem namorar, ter um momento romântico, sem heterossexuais a tentar perceber o que fazem duas pessoas do mesmo sexo juntas e como se podem entreter, podem ir para um aldeamento na Austrália, exclusivo para eles.

Diz ainda, a breve do Diário de Notícias, que este campo terá courts de ténis, pista de bowling, teatro ao ar livre, piscina, spa, ginásio, café, restaurante, sala de piano e centro de conferências. Não lhe falta quase nada, portanto. Já lhe chamam o paraíso homossexual e garante-se que a entrada é absolutamente vedada a heterossexuais.

Parece assim, à primeira vista, um caminho um pouco tortuoso e desviante, da reclamada igualdade e integração e reconhecimento social, que a comunidade gay e lésbica e transgenérica reclama…! Mas enfim, cada um sabe de si.

Depois e ainda à primeira vista não se percebe muito bem que incómodo é que um heterossexual pode causar a um homossexual, enquanto ele joga ténis ou bebe um café numa esplanada de um qualquer campo de férias. Diz que querem namorar à vontade, ter um momento romântico. Isso é coisa que toda a gente, de uma forma ou outra, por uma vez ou outra, quer e deseja. Namorar, ter um momento romântico a sós com a pessoa amada… São situações em que – regra geral e em nome também da privacidade dos outros – se escolhem sítios recatados, para dar largas à paixão. Claro que há situações, em que a única solução aconselhável é mesmo procurar a discrição de um tecto, o da própria casa de um dos enamorados, ou alguém amigo, ou, no mínimo e em casos de urgência extrema, o quarto de um hotel… É também claro, que se duas pessoas se pegam aos beijos arrebatados e em manifestações coloridas e extravagantes de ternura, é natural que os outros olhem, ou façam mesmo, se for caso disso, ou seja, se o espalhafato for grande, é normal que olhem e façam até, se calhar, um ou outro comentário. Comentários que todos já devemos ter ouvido em situações que não implicam forçosamente homossexuais apaixonados… comentários do género: “essas coisas fazem-se em casa” e coisas assim… Coisas, no fundo, que seriam escusadas de ser ditas, se houvesse aquela coisa que não sei o nome mas que nos leva a ter um determinado comportamento social distinto daquilo que fazemos em casa, no santus santorum da nossa intimidade. E mais que isso, não sei. É daquelas coisas difíceis de explicar, quando não se vai lá por instinto, educação, ou inteligência própria.

Poderia apenas dizer-se que, se os homossexuais se limitassem a apanhar sol e jogar ténis e bowling e tocar piano e mais o que for que esta praia australiana tem para dar… não haveria incómodo de maior. Duvido mesmo que alguém suspeitasse das tendências sexuais de cada um, se cada um se portasse de forma descontraída e digamos – normal (sem ofensa!) – em sociedade. Poderia, sem espanto nem problema de maior, assistir-se a uma renhida partida de ténis, entre gente homo e heterossexual.

E porque, a História já provou que depois das grandes revoluções muitas vezes as águas se dividem e o caldo se entorna, esperemos pelo dia, em que todos os direitos e regalias reivindicados pelas comunidades gay e lésbica do mundo sejam satisfeitos. Esperemos por esse dia. O dia em que, vencidos todos os inimigos comuns, gays e lésbicas de todo o mundo se virem uns contra os outros, acusando-se mutuamente de xenofobia, homofobia e outras fobias de género, ou do género.

1ªreflexão de rodapé-

Porque é que há, em português, uma palavra para a homossexualidade feminina?, é a comunidade das lésbicas; outra para os que estão ali a meio caminho, os transgenéricos e para os gajos se escolheu e usa uma palavra em inglês? Os Gay?!.. em português, isso é o quê? Os contentinhos? Os Felizes da Vida? Os pateta-

alegres?!... E vocês já viram coisa mais triste –oh ironia do caraças!- que um paneleiro português?

2ªreflexão de rodapé-

Tenho para mim que são os Gay, quem anda a dar má fama aos homossexuais em geral… Tenho, por instinto, que para levar no cu, um gajo não tem de se abanar tanto a andar no meio da rua. A verdade é que há putas mais discretas. E elas vivem disso! Do abanar o cu, digo eu.

3ªreflexão de rodapé-

E a partir de agora, nas praias vizinhas deste paraíso australiano, proíbe-se a entrada a gays, lésbicas e trangenéricos ?!...

4ª e última reflexão de rodapé-

E os bissexuais?! Tomam banho onde? Na praia dos hetero, ou na dos homo, mas só quando estiver maré vazia?...

terça-feira, 22 de julho de 2008


Receando tratar-se de um engenho explosivo, a PSP chegou a interromper o trânsito e a criar um perímetro de segurança, para proceder ao rebentamento do objecto. E o objecto suspeito era esta mala, abandonada, logo pelas primeiras horas da manhã, junto à garagem terminal dos autocarros em Setúbal.

Um telefonema anónimo avisou as autoridades. Quando a polícia chegou, fez o que já vimos. Cortou o trânsito e isolou o local. Ninguém entretanto reclamava a propriedade da enigmática mala. Todos responderam que não sabiam e que não tinham nada a ver com o assunto. Foi chamada a Brigada de Inactivação de explosivos, enquanto se mandava afastar os mais curiosos.

Depois das perícias iniciais, concluiu-se que havia qualquer coisa metálica, na suspeita mala. Foi isso que obrigou a polícia a redobrar os cuidados e a segurança. Procedeu-se então à explosão controlada. Depois do estrondo, dissipado o fumito da explosão, acabou por se verificar que a mala estava vazia. Podia não estar. Podia estar cheia de roupa para umas férias na praia, por exemplo. Mas não. Estava vazia. Quanto ao objecto metálico detectado pela polícia e que tornou a mala particularmente suspeita… pois a notícia não diz, mas é provável que fossem as próprias ferragens, dobradiças, fecho, ou outra qualquer peça componente da mala.

Consta que, depois de verem que afinal não havia perigo iminente, as pessoas respiraram fundo e até riram da situação. Diz que até gozaram com a situação, mas que, antes da polícia rebentar aquela coisa (foi como lhe chamou um lojista da zona, entrevistado pelo Diário de Notícias) “…antes da polícia rebentar aquela coisa, era ver o pessoal a fugir daqui.” O rosto dos polícias também não ajudava muito. Rosto fechado… parecia que o caso era sério.

Pois parecia e parece. Sério e preocupante. Não tanto pela virtual ameaça terrorista. Que por enquanto e felizmente é mesmo só disso que se tem tratado… ameaças virtuais… não tanto por isso, mas porque, nestes tempos, esquecer-se a gente da mala em qualquer terminal de transportes, ou na via pública é o mesmo que dizer-lhe adeus. Isto no mínimo. Que, se no entretanto nos chegarmos à frente reclamando o objecto perdido, ainda se corre o risco de ser acusado de distúrbio à ordem pública e à paz social.

Depois, pode-se esgotar todos os provérbios. Desde o do seguro que morreu de velho, ao do mais vale prevenir, passando por aquele do cantarinho que vai à fonte, até que um dia perde a asa, ou é rebentado por uma carga de dinamite…

É aliás, talvez a mesma lógica de raciocínio que levou o Fisco a traçar o perfil do devedor virtual. Ou seja, o Fisco vai traçar o perfil do potencial incumpridor dos seus deveres fiscais. Sejam empresas ou pessoas individuais. O perfil daqueles que – em linguagem popular – se não a fizeram, estão para a fazer.

Claro que se calcula que esse perfil não seja traçado literalmente tendo em conta o rosto, os traços fisionómicos de ninguém em particular. O despiste há-de ser feito pelas contas e transacções bancárias dos visados. Eventualmente através dos hábitos de consumo, sinais exteriores de riqueza, por aí...

Mas, chega-se ao mesmo sítio, vá por onde se for.

Que é – antes que a coisa aconteça – corta-se o mal pela raiz, ou, no mínimo, monta-se guarda apertada ao suspeito, seguem-se-lhe os movimentos, à espera de um passo em falso.

E é isso, no fundo, o que distingue um cidadão suspeito de evasão fiscal, de um saco esquecido num terminal de camionagem. No primeiro caso, a polícia não lhe cola uma carga de dinamite às costas.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

É o rosto da capa do 24 Horas desta segunda feira. O maior traficante de droga português, que acaba de ser detido pela Judiciária, depois de ter andado fugido algum tempo e com mandato de captura passado pelas polícias de Portugal e Espanha. Um dos principais barões do narcotráfico da península ibérica, como lhe chama o jornal. Em 96 já tinha sido preso aliás, em Cadiz, à ordem do juiz Baltazar Garzon, acusado de chefiar uma rede internacional de tráfico de droga. A primeira detenção remonta a 1976, por assalto à mão armada. Depois disso, entre fugas em saída precária e novas detenções, o role de acusações é variado. Desde o tráfico de droga, como já vimos, a ataques bombistas. No intervalo das fugas e detenções foi estrela por um dia, numa entrevista que deu a uma televisão. O programa chamava-se "Casos de Polícia". A polícia deve ter visto o programa e, ou porque de facto não sabia e ficou a saber onde ele estava, ou porque se sentiu um pouco talvez humilhada perante o desplante da entrevista, a verdade é que, passada uma semana, o voltou a prender. E, ao todo, passou já mais de 18 anos preso e, na semana passada, em Ponte da Barca, voltou a ser detido, diz que, sem opor resistência, quando saía de um super mercado. O jornal diz que se fazia transportar num jipe topo de gama e que comunicava com um telemóvel de satélite, para não ser localizado. Enfim, privilégios e ossos do ofício…

Agora… qual é a sensação de olhar assim nos olhos – mesmo em fotografia – o maior traficante de droga português?.. O barão do narcotráfico ibérico?... O homem que já atracou o iate particular em Viana do Castelo, com uma tonelada de cocaína a bordo? Qual a sensação de estar assim frente a frente, mesmo em fotografia, com este Pablo Escobar minhoto?... Nenhuma. Ou perto disso. Ou seja, se a legenda dissesse que este homem, que aqui vemos na capa, cabelo cortado rente, cigarro ao canto da boca, óculos e bigode era, por exemplo e absurdo, o novo coordenador nacional da luta contra o narcotráfico, a gente acreditava, sem esforço.

Como também não custa a acreditar – por razões outras, mas não menos óbvias – que, como diz o 24, ainda – a principal proveniência das armas ilegais, que andam aí pelo mercado negro, tem origem nas Forças Armadas, GNR e PSP. O roubo de armamento militar, garante o jornal, tem sido constante nos últimos anos.

Em legenda e subtítulo, o 24 Horas diz que há vários processos-crime, que estão instaurados a militares, que dizem que perderam a armas, mas que, todas as suspeitas apontam para que as tenham vendido para contrabando e até mesmo a gente com cadastro pouco recomendável.

O que seria mais difícil de acreditar seria que um criminoso do gabarito do nosso barão tivesse cara de bandido e mesmo assim conseguisse governar a vida, ou que as armas de guerra que andam por aí ilegais tivessem sido compradas com recibo e garantia, num qualquer supermercado, ou loja de ferragens…

No Correio da Manhã: “Médico tenta matar e volta ao trabalho.” Uma destas!?...

O médico em questão trabalhava em Alverca, no Centro de Saúde. É daí e do período entre 2004 e 2006, que remontam os factos. E os factos têm o seu episódio mais gritante em 2005, quando este médico agrediu um vizinho à machadada. Já no ano anterior corria um abaixo-assinado, dos vizinhos, contra o comportamento estranho deste médico. Consta aliás que foi em reacção a essa denúncia, que o médico terá agredido o vizinho com um machado.

Um comportamento já explicado e identificado clinicamente. O médico é esquizofrénico e precisa de tratamento psiquiátrico. Diz o jornal, que o Ministério Público, baseando-se nos pareceres clínicos, deu-o como inimputável. Ou seja, quanto ao processo, às acusações de ofensa, difamação, ameaça de agressão e tentativa de homicídio… pois, arquive-se! A Ordem dos Médicos diz que ainda não recebeu o despacho, onde este homem é considerado perigoso e que deve ser submetido a uma Junta Médica rigorosa. O bastonário diz que esse é o procedimento a seguir. Primeiro recebe-se o despacho do Ministério Público e depois convoca-se a Junta Médica. Se a conclusão for a de que o médico está impróprio para a função, então aí a Ordem pode retirá-lo de serviço…Portanto, como a Ordem ainda não recebeu a comunicação oficial, este médico, para todos os efeitos práticos e legais, pode voltar ao trabalho e é o que vai acontecer, a partir de 12 de Agosto.

Mas ainda não acabou. Falta o toque de requinte nesta história. O jornal diz que, este médico psicótico e paranóico, vive actualmente com uma jovem, doente psiquiátrica, ela também e que, o filho que entretanto nasceu dessa relação, esteve para ser entregue a uma instituição por denúncia ou suspeita de maus-tratos. O jornal diz ainda e entretanto que a anterior residência deste médico foi entregue a um outro filho. Doente. Um filho doente. Quanto à anterior mulher … já morreu. Terá morrido o ano passado e diz o Correio da Manhã que o corpo esteve 6 meses na morgue à espera de ser identificado.

A notícia não diz, mas num cenário destes é muito provável que no Inverno, lhe chova em casa, também.


Pois então: urtigas, beldroegas, dente-de-leão, alfaces de todas as cores e texturas, tomatinhos-bébé, cebolinhos, alecrim, alfazema, orégãos… de tudo um pouco, semeado pelos 1500 metros quadrados de estufas, que esta empresária de sucesso se orgulha de ter, em Vila Real de Trás os Montes.

O nome, para o caso seria quase irrelevante, mas se fazem caso, chama-se Graça Soares, tem 38 anos e uma licenciatura em Zootecnia. No entanto, e apesar da formação académica, é nas ervas finas que, há muito, se empenha de corpo e alma. “Ervas Finas” é aliás, o nome que escolheu para a empresa que gere e que já mal consegue dar conta das encomendas. Encomendas que lhe chegam da hotelaria topo de gama nacional e também de Espanha. Foram anos a recolher e coleccionar ervas de toda a espécie. Ervas, flores e legumes. Diz a notícia que a empresa de Graça Soares vende flores comestíveis e microvegetais, para os luxuosos restaurantes e hotéis do norte. O título anuncia, aliás, que as ervas finas de Graça Soares são vendidas como produto de luxo, calcula-se que com um preço a condizer com a condição e estatuto. Chamam-lhe pomposamente – “Frescos Gourmet” e garante-se que são cultivados no respeito pelas regras mais exigentes da agricultura biológica. Por aí poderia chamar-se Frescos Biológicos, ou Frescos Naturais, ou outra coisa qualquer, que sublinhasse essa garantia de qualidade. Mas não. Chamam-se “Frescos Gourmet”, o que, pelo senso comum, nos leva a concluir que , para além dos nomes artísticos e do tamanho dos espécimes… tomatinho bebé , cenourinhas miniatura, cebolinhas do tamanho de berlindes… para além disso, calcula-se que os produtos se vendam embalados em vistosas e elaboradas embalagens, com literatura explicativa e o selo que os classifica nesse panteão de honra, dos produtos Gourmet. Gourmet, que em português quer dizer: gastrónomo, apreciador de bons petiscos, provador de vinhos, isto segundo o Dicionário de Olívio de Carvalho, para a Porto Editora.

Donde se conclui, que o dicionário Francês – Português da Porto Editora está mesmo a pedir uma revisão urgente. Gourmet, em português, cada vez mais, quer dizer… uma coisa qualquer, eventualmente de tamanho reduzido, ou em versão anã, desde que embalada em doses mínimas e papel vistoso, para ser vendida a um preço disparatado, a pessoas de gosto requintado e pouco apetite.

É sempre bom fomentar o requinte e o bom gosto das pessoas. Que uma pessoa educada no bom gosto tem outro trato, outro panache, já que estamos em maré de galicismos… O problema é, com os ordenados gourmet da maior parte da população, não sobra grande margem para essas francesices…