sábado, 8 de setembro de 2007

um hino para a selecção




SAUDEMOS TODOS A SELECÇÃO NACIONAL

EL’É QUE SUA EM NOME DE PORTUGAL
EL’É QUE SOFRE SARRAFADAS NA CANELA
DEVEMOS TODOS ESTAR MUIT’ORGULHOSOS DELA

EL’É QUE LEVA CAMISOLAS E CALÇÕES
LUVAS E BOTAS E OUTRAS APLICAÇÕES
E QUANDO CALHA TAMBÉM LEVA C’OS CARTÕES

PODE-NOS DAR ALGUMAS DESILUSÕES
MAS É A MAIOR DE TODAS AS SELECÇÕES
PORQUE NOS TRAZ A ALEGRIA AOS CORAÇÕES

SAUDEMOS TODOS COM CAGANÇA E PUDONOR
A SELECÇÃO DE TODOS NÓS SE FAZ FAVOR

será Putin uma couve?

“O NARRADOR DESTAS CRÓNICAS”



Há informação que surpreende p’la sua bizarria…
Na edição deste sábado do Pravda, em quadrado, junto ao canto superior esquerdo, abre-se a janela para uma galeria de fotografias. Para que ninguém vá ao engano, por essa mesma janela vê-se já Vladimir Putin, de cócoras, parado a meio de uma não identificada alameda, olhando sem grande convicção para fora do enquadramento e com a cara encostada ao focinho de um cão . A legenda explica o resto - a intenção e o roteiro que espera o visitante, ao entrar por essa janela indiscreta. Diz a legenda: "Putin mistura-se facilmente no mundo animal".
Mas entremos. Entremos então para ver, em 7 instantâneos, ou não tanto, como Putin, Vladimir Putin, o presidente da Federação Russa, se mistura no mundo animal.
Ficamos logo esclarecidos na primeira fotografia! Como peixe na água. Putin está francamente feliz e em plena brincadeira com os dois golfinhos, que o ladeiam, apontando-lhe os focinhos pontiagudos, chapinhando num tanque, também aqui não identificado.
Na foto seguinte percebe-se que é Natal, p’la árvore decorada, ao fundo da sala, com todos os atavios da época. A sala propriamente dita é difícil de identificar. Ampla, com o aspecto de ser divisão de passagem ou entrada para qualquer outro sítio. Ao fundo, uma porta austera de carvalho claro. Dois quadros nas paredes, mas em primeiro plano, o que conta é Putin, de joelho no chão, com ar apaziguador, passando a mão sobre o pescoço de uma cabra branca.
A cabra tem uma fita ao pescoço e a pata anterior direita ligeiramente levantada...
E abreviemos.
Depois vem a tal foto de capa, só que aqui percebe-se que a acção (Putin encostando a cara ao focinho do cão) é seguida p’lo olhar complacente de George Bush pai.
Mais uma foto com cão. Desta vez num parque , como que conversando e mais outra… esta aqui é espantosa. Num hall luxuoso, aos pés de uma sumptuosa escadaria, o presidente cruza-se, em caminho, com um enorme cão negro, de pêlo escandalosamente brilhante. O presidente sorri, mas o brilho no pêlo daquele cão, o branco nos olhos, a rigidez e ameaça com que espeta o focinho, tornam a cena quase preocupante. Poderia bem ser, aquele cão, que parece quase colado ali, como se não fosse dali, poderia bem ser esse terrível cão que guarda as portas do inferno. Mas claro que isto é já delírio do narrador destas crónicas.
Claro, também, que depois de emoções tão fortes haveria de desanuviar e descontrair. Vamos na quinta fotografia, elas são sete. A próxima traz Putin de camisa imaculadamente branca, luvas igualmente assépticas, um ar entre o entendido, o interessado e o apreensivo, segurando um peixe. Um peixe que poderia ser um tubarão pequenino, coisa de menos de um metro, esbranquiçado e hirto. Observando a cena, fotografada, tudo indica, a bordo de um navio, um jovem, louro de cabelo cortado á beatle e sorriso adolescente no rosto.
A fechar, Putin não passeia sobre as águas. É sobre um carreiro de pedras que o presidente caminha, botas militares e calças de camuflado, tronco nu e musculado, passo decidido olhando, uma vez mais para fora do enquadramento, desta vez com um ar mais desconfiado. Talvez seja aí que está o animal que falta a esta última fotografia da série que o Pravda publica na edição deste sábado, já que na fotografia, propriamente dita, não está.
Há definitivamente informação que surpreende p’la sua bizarria

terça-feira, 4 de setembro de 2007

o melhor da Música Idiota de Intervenção

Deixo-vos, seguidamente, com um alinhamento de 10 cantigas compostas e interpretadas p'lo ensemble Belfaghor e seus Eunucos. É uma série que poderiamos incluir no ciclo "Danos Morais", no entanto, não seria dispiciendo, classificá-lo como obra experimental no campo da Música Idiota de Intervenção. Claro que as opiniões nunca hão-de ser consensuais a este respeito, nem a respeito de quase coisa nenhuma, em boa verdade.
Fiquem-se então com "o Melhor até à data do Jovial e Irrequieto Artista", que o mesmo é dizer, se acharem que dentro do género, nunca ouviram nada do estilo, já me considerarei gratificado e esclarecido.
Disfrutai e saciai-vos !

adeus mundo




faixa 01

desta vida




faixa 02

azar o teu




faixa 03

parvo ou isso




faixa 04

num contexto mais geral




faixa 05

pior que levar cum pau




faixa 06

o que conta




faixa 07

seca




faixa 08

tem muita arte




faixa 09

cantigas dencher




faixa 10