quinta-feira, 20 de março de 2008

ai o arre gaita do caraças, xiça

é só no meu computador, ou o blogger passou-se mesmo e agora não toca os "widgets" que lhe pendurei aqui ao lado ?!!!...

terça-feira, 18 de março de 2008


O representante da classe diz que o caso está a ter uma elevada cobertura mediática por ser um taxista, o protagonista da notícia.
Ora aí está uma grande verdade. É justamente por ser um taxista que o assunto merece a tal cobertura mediática especial de que fala o tal representante da classe. E aqui, a palavra justamente não foi escolha do azar, é mesmo uma questão de justeza, ou de justiça, se quisermos. E passemos por cima a questão de saber se o verbo é o mais correcto quando se diz que o representante da classe "fala" da cobertura mediática e não que o representante da classe se "queixa" da cobertura mediática… por isso, adiante.
Adiante, porque a verdade é que a história está a merecer sim senhor a cobertura mediática de todos os jornais desta manhã. Com mais ou menos destaque, mas está. A história do atropelamento de 4 crianças, sábado que passou, à tarde, na Praça das Flores, no Porto. Crianças entre os 4 e os 12 anos que atravessavam a rua, parece que fora da passadeira, quando foram colhidas pelo táxi. O condutor tinha uma percentagem de 0,92 de álcool no sangue. O limite máximo previsto na lei é de 0,5, se bem se lembram. Ontem dizia-vos eu que o pai do condutor que é também, ao que consta o patrão, saía em defesa do filho/empregado dizendo… enfim, reconhecendo que ele estaria ligeiramente embriagado, quando do acidente… Sabe-se também que quando se apresentou finalmente, uma hora depois do acidente, na esquadra da Campanhã, o motorista foi intimado a pagar uma multa de 500 euros e mandado para casa, sem mais e até ver.
Hoje, dizem os jornais que a Secretária de Estado dos Transportes considera gravíssimo o que aconteceu, mas garante que são cada vez mais exigentes as condições de admissão à profissão. Os certificados de aptidão profissional não se passam assim a qualquer um. Diz mesmo, a secretária de Estado que essa é uma exigência que até nem agrada muito e por aí além aos profissionais do sector. Em resposta temos o representante da classe, de que vos falava ao princípio, a dizer que o tal certificado é uma perfeita fantochada – com aspas.
Augusto Santos, o presidente da Associação de Defesa e Segurança dos Motoristas de Táxi do Porto diz que o tal certificado de aptidão só existe para os fazer gastar dinheiro e fazer perder tempo. Acha despropositado pagar 1100 euros para obter o documento e depois 80 euros pela renovação, de 5 em 5 anos. Isto, para além do tempo que se perde. Diz ele que perde umas boas 6 horas de cada vez que tem de renovar a licença.
E depois, voltamos ao princípio. Diz Augusto Santos que os jornais estão a fazer esta cobertura – pelos vistos e na opinião dele – excessiva do acontecimento porque ele envolve um motorista de táxi.
Ora aí está uma evidência redundante. Pois é justamente por se tratar de um motorista de táxi que tudo se torna particularmente mais grave e exemplar. Porque um motorista de táxi não pode pegar num carro, muito menos um táxi, com 0,92 de álcool no sangue, quando o limite é 0,5. Um motorista de táxi deveria acusar um redondíssimo zero no teste do balão. Sem desculpas nem rodeios. Um zero absoluto.
Para que depois, se por qualquer azar do destino, se despistasse e atropelasse alguém, não se pudesse culpar a embriaguez e a falta de respeito.
E isto é muito importante que se perceba. É que um taxista a conduzir com os copos não pode nem deve comprometer uma classe inteira. Agora enquanto algum corporativismo serôdio mandar mais que o bom senso, então sim… paga a classe toda por inteiro e muito injustamente (quero crer que sim) e disso, meus amigos, nós não temos culpa nenhuma.

Isto hoje parece o dia das conclusões inúteis.
Temos então agora Dick Cheney a dizer que houve "mudanças fenomenais" no Iraque, desde que os Estados Unidos invadiram o país para derrubar Saddam, ou capturar Bin Laden… uma dessas coisas. Houve certamente mudanças fenomenais. Toda a gente já viu isso, a começar pelos próprios iraquianos.
Na fotografia que o Jornal de Notícias publica a ilustrar a visita do vice-presidente a Bagdad, vê-se Dick Cheney a descer as escadas do avião, ladeadas por dois seguranças de óculos escuros à Matrix e metralhadoras aperradas. Diz a legenda que Cheney acredita que o Iraque está a subir os degraus da normalidade. Reparam no trocadilho? Cheney desce as escadas do avião enquanto o Iraque sobe os degraus da normalidade!... Só mesmo um trocadilho destes para nos distrair da blague. A da normalidade, digo eu.
Depois temos essa outra afirmação curiosa que se costuma fazer nestas ocasiões. A da visita surpresa. Claro que é mentira. Estas visitas não são surpresa para ninguém, rigorosamente ninguém. Preparadas até ao mais pequeno pormenor, mobilizando dispositivos de segurança de que nós nem fazemos uma pequena ideia. Que surpresa resta e para quem? Para as populações civis do Iraque? Duvido que se surpreendam, de há 5 anos para cá, com quem entra e sai no país.
E John McCain, o candidato republicano à presidência também foi a Bagdad. Este numa visita mais de passeio. De contacto com as tropas… E disse que era de elogiar os progressos conseguidos com o apoio norte americano e com a determinação dos iraquianos na luta contra a al Qaeda… Aos soldados, em Mossul, McCain disse mesmo que estava feliz por perceber que o povo norte americano está a entender cada vez melhor a estratégia do "para o Iraque rapidamente e em força"
Também aqui ninguém acredita na tese da visita surpresa… É inconcebível que, se ninguém soubesse que John McCain ia chegar a Bagdad, o candidato se pudesse passear tão sorridente e à vontade pelas ruas da cidade, a ver as tropas e as tais mudanças fenomenais de que Cheney fala, enquanto o país sobe os degraus da normalidade…
Em Kerbala mais um atentado matou 40 pessoas. Em Bagdad e enquanto Cheney e McCain andavam lá nas suas voltas, explodiram pelo menos 4 bombas. Que diabo de forma mais ruidosa de subir escadas!...
Quanto a Dick Cheney encontrou-se com representantes políticos iraquianos e com o próprio primeiro-ministro Al Maliki. E acha então Dick Cheney que é especialmente significativo poder voltar ao Iraque para assinalar o 5º aniversário do início da campanha que libertou o povo da tirania de Saddam Hussein. Na televisão, ontem à noite, e enquanto o povo celebrava nas ruas a liberdade e as mudanças fenomenais, via-se o vice-presidente norte-americano em conversa com os representantes iraquianos. Uma sala ricamente decorada. Diria mesmo luxuosamente. Tapeçarias pesadas e lindíssimas, cadeirões dourados. Uma luz requintada e suave. Uma tranquilidade propícia a todos os optimismos. Um ambiente também relativamente próprio, se bem que talvez um pouco luxuoso demais para jogar playsation, por exemplo. Um daqueles jogos, como o que ainda ontem aqui vos falei… o tal Manhunt, em que se matam pessoas à machadada, para ganhar pontos e passar de nível. Um jogo de gosto muito duvidoso, mas enfim, é só a brincar, ninguém se aleija realmente e depois tudo se esquece depois do computador desligado e entre dois donuts e uma laranjada fresquinha.

Esta é uma informação quase paralela à própria história, mas fica para que conste. E ao que consta são precisos pelo menos dois milagres para ganhar a santidade. Um milagre – beatificação. Dois milagres - santidade. É o que se depreende da notícia. E a notícia diz que o papa reconheceu as virtudes heróicas de Joaquim Alves Brás, o fundador do Instituto das Cooperadoras da Família – considerado o apóstolo tutelar das empregadas domésticas – e põe a hipótese de beatificar o padre português se se provarem que foram milagrosas e não explicadas, o que para o caso parece valer como "impossíveis" pela medicina tradicional e conhecida, as curas atribuídas à influência de Joaquim Alves Brás.
Já vimos que se se contabilizarem, pelo menos, duas curas miraculosas, o padre Joaquim Brás pode passar de imediato à categoria de santo. Ora a questão que – com todo o respeito – fica em aberto é esta: como o próprio papa reconheceu, as tais virtudes heróicas do padre Joaquim não lhe bastariam já para ser considerado um santo? È que nem sempre é fácil… manter a virtude, ainda mais com heroísmo, o que só vem provar o que acaba de ser dito. Nem sempre é fácil.
Outra história que cruza os matutinos desta 3ª feira é a do alegado recuo socialista quanto à questão dos piercings e tatuagens nos menores de idade.
PS já aceita piercings em menores. Diz o Público
PS disposto a recuar na lei dos piercings, é o título do Jornal de Notícias.
Temos então que o partido socialista português se manifestou ontem disponível para aceitar que menores de 18 anos sejam autorizados a usar piercings ou tatuagens, desde que as respectivas famílias assumam a responsabilidade.
Havia portanto essa ideia de proibir estas práticas em menores, e em nome da saúde pública e dos próprios.
Ora no que toca a saúde pública o caso tem a ver com o risco de contágios e transmissão de doenças. Isto parece ter mais a ver com as condições de higiene que os profissionais respeitam, ou não, no exercício dos respectivos misteres: seja a tatuagem ou espetar pregos no corpo das pessoas… e nisso tanto faz que a pessoa seja menor ou já vá na terceira idade…
Quanto à autorização das famílias… Claro que pode-se passar a pedir uma autorização escrita, na hora da tatuagem. E se os pais autorizarem, acaba-se o perigo, de repente e por milagre?! Ou talvez não, mas isso para já não importa nada…?
Para já e para o que importa temos o PS a reacertar o tiro e a dizer que está aberto a rever a ideia de proibir os cidadãos em geral – já não se fala só nos menores – os cidadãos em geral de aplicarem piercings em zonas mais sensíveis, como a língua, perto de vasos sanguíneos, nervos, músculos, ou feridas cutâneas. Nestes casos – e já que não se pede a autorização ou conhecimento prévio dos pais – pede-se que as pessoas sejam alertadas para os riscos a que se estão a expor.
Tudo isto, diz a notícia, em nome da saúde e para regular uma actividade que está, ao que parece, em saudável crescimento. Há que garantir – cita o Jornal de Notícias – garantir as boas práticas no que respeita à aplicação de elementos estranhos ao corpo humano.
Longe da ideia dos socialistas portugueses – garante o deputado citado pelo jornal (Renato Sampaio, chama-se ele, já agora…) longe disso, diz o deputado. A ideia do PS nunca foi proibir por proibir. Aquilo a que se chama o proibicionismo. A intenção é mesmo zelar pela saúde das pessoas e garantir as boas práticas.
O livre arbítrio é uma faca de dois gumes.
Com o tabaco é quase a mesma coisa. Ainda alguém nos há-de explicar um dia, como é que uma coisa que é manifestamente tão venenosa e prejudicial à saúde pública e privada de cada um ainda é de venda livre na nossa terra… ai as boas práticas, as boas práticas

segunda-feira, 17 de março de 2008

E o “JN” faz – não diria um escândalo – mas a manchete desta segunda feira com a notícia da polémica. É assim que lhe chama: polémica. E grita: "Deputado beneficiou empresa que lhe paga."
Explica-se logo abaixo, que o deputado em causa é social-democrata e se chama Pereira Coelho e que, enquanto presidente de um organismo público, atribuiu mais de 500 mil euros de fundos europeus a um grupo privado, em que viria a trabalhar um ano depois.
Abre-se o jornal e fica-se a saber que o que está em causa é o programa Lusitanea, uma empreitada que haveria de ter sido sujeita a concurso público e não adjudicada directamente, como parece que foi o caso.
O contracto de adjudicação rendeu 700 mil euros à empresa onde, um ano depois, o deputado se ligaria profissionalmente.
Diz o jornal, que a Europa está desconfiada e pede explicações…
E nós por cá ficamos sem saber de que é que o jornal se queixa… do facto da empreitada ter sido feita à revelia de qualquer concurso público, ou do deputado ter acabado a trabalhar na tal empresa a quem adjudicou directa e alegadamente a empreitada. É que, neste segundo caso, o mais que se pode apontar é a visão de futuro do deputado!

Ora polémica a sério está a levantar a ideia deste inspector da Scotland Yard. Quer ele criar uma base de dados de ADN das crianças do 1º ciclo. Não todas, só aquelas que revelarem um comportamento mais instável, ou difícil, ou irrequieto…. Enfim e em poucas palavras – aquelas que possam eventualmente vir a desenvolver comportamentos desviantes ou criminosos.
Gary Pugh dirige o departamento de Ciências Forenses da Scotland Yard e acha que é necessário um debate sério e urgente sobre a matéria. Saber até onde o Reino Unido pode ir, na identificação de possíveis delinquentes. Diz que há provas científicas que garantem ser possível fazer essa despistagem logo a partir dos 5 anos de idade de uma criança… Diz que quanto mais cedo esses jovens futuros e eventuais alegados criminosos forem identificados tanto melhor para todos.
O inspector está consciente da controvérsia da proposta e sabe também que – a fazer-se – podemos ter um problema: é que as crianças indexadas nessa tal lista dos criminosos virtuais podem vir a ser discriminadas – um bocadito só que seja – pelos professores e colegas…
Dados concretos: a Inglaterra tem a maior base de dados de ADN da Europa, com 4 milhões e meio de indivíduos recenseados, mas a polícia acha ainda pouco. Desde 2004 qualquer cidadão, com mais de 10 anos e que seja detido, pode ser indexado nessa lista. Uma lista onde já está milhão e meio de nomes de pessoas entre os 10 e os 18 anos.

Ora, falamos portanto de gente que se porta mal… ou antes, de gente que pode vir a portar-se mal… se o ADN não engana… Há sempre também a hipótese das más companhias e más influências virem a ter um papel um pouco importante na matéria… Tanto, ou até pode ser que mais até que a própria herança genética… Dando mesmo de barato a máxima do bom selvagem ou a do padre Américo, que garantia não haver maus rapazes… mesmo assim , é bem possível que as influências externas… a chamada educação, por exemplo, tenha um bocado a ver com o futuro que espera a cada um…
Viramos a página do jornal e aterramos em plena cena do crime.
Em decúbito lateral, escondendo a cabeça com os braços, o homem encolhe-se em pânico evidente. O caso não é para menos. O outro ergue o machado acima da cabeça e tudo leva a crer que o golpe que se segue há de ser fatal. Todo o chão está já vermelho do sangue que há de jorrar depois do golpe criminoso. A cena é de um realismo bastante apreciável, tendo em conta que se trata de um jogo de computador.
Chama-se “Manhunt” e nem sabia que já tinha levantado esta polémica toda. “Censura perde batalha”… diz o titulo.
Temos portanto que o jogo em causa… “Manhunt 2” - portanto já houve uma 1ª edição… “Manhunt 2”, o videojogo começa a ser comercializado amanhã em Inglaterra, colocando fim à batalha judicial de 9 meses entre a Rockstar e os responsáveis pela classificação de videojogos. Ora sendo assim, conclui a legenda do jornal… “Manhunt 2” é só para adultos. E ainda bem… que para as crianças, nunca se sabe que danos é que jogos destes lhes poderiam fazer ao ADN…

Vem no Correio da Manhã e é forçosamente um bom sinal. Talvez até o melhor sinal do real pulsar da nação. Longe das depressões a que a alma lusitana tantas vezes cede. Longe de guerras e polémicas, tantas vezes descabidas e inúteis…
Pois tudo aconteceu ontem de manhã em Lisboa e tem o 1º ministro e o da das Obras Públicas como protagonistas.
Diz o Correio da Manhã que Sócrates prometera reagir ao chumbo do diploma de transferência da zona ribeirinha de Lisboa para a Câmara, decidido por Cavaco Silva, mas que, acabou passando a palavra a Mário Lino, para que o ministro explicasse o ponto da situação e real verdade dos factos…
O resto da notícia, para já, deixemos estar, porque o que importa é este pormenor que o jornal até puxa para título… é que Sócrates, ao passar a palavra para o ministro Mário Lino, ter-lhe-á chamado – em tom de brincadeira – explica o jornal e ainda bem que explica - chamou-lhe então José Sócrates a Mário Lino… Mário Jamé… Evocando, explica ainda o Correio da Manhã… evocando a frase Alcochete Jamais (leia-se “jamé”, à francesa), que Lino proferiu há tempos, a propósito da localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa.

Ao que tudo indica, ou senão, a notícia deixa de fazer grande sentido - esta do Mário Jamé terá sido dita em público, durante um acto público e com a comunicação social a ouvir, para depois contar…
Ao que tudo indica, também, o ministro Mário Lino terá respondido ao vocativo e respondeu ao que se lhe pedia, o que para o caso, como já vimos e para já, deixemos estar. Porque o que realmente interessa aqui reter é esta bonomia… este tom descontraído e folgazão que só pode dar confiança e pensamentos positivos a toda a gente… E é assim mesmo que devia ser… os exemplos, os bons e os maus, claro – é de cima que hão-de vir, se se pretende boa safra… Sócrates ao chamar Mário Jamé a Mário Lino, revela uma certa… como dizer?... joie de vivre, de que todos nós precisamos, mais ainda, se calhar , do que de obras públicas, ou progresso social. Enfim a joie de vivre de Sócrates e o fair play de Mário Lino, já agora. E se me lembrasse de mais algum chavão em estrangeiro, garanto que era agora que aproveitava para o incluir aqui. Há que aproveitar a maré. Não é todos os dias que vemos os nossos governantes tão bem dispostos. Até estava quase a sugerir que daqui para a frente, ou só no próximo 10 de Junho, a tropa marchasse ao som do Glen Miller, em vez daquele 2 por 4 quadrado e sem swing. Nem que fosse só para experimentar. A ver se, depois não se haveria de dizer, como Sócrates, noutra ocasião… -Então que tal o 10 de Junho?... -Foi porreiro pá!

Há uma vaga impressão que fica a pairar nas nossas cabeças quando se pensa no assunto.
A de que há profissões que exigem ao profissional que as exerce, um pouco mais que a outro qualquer cidadão comum. Conduzir um automóvel é uma delas.
Vem isto a propósito e sem entrar em grande pormenores, da notícia do atropelamento, sábado passado, de quatro meninas, no Porto.
Foram atropeladas por um táxi, quando atravessavam a rua, diz que, fora da passadeira. Consta também que o táxi lhes acertou para se desviar de um outro automóvel que lhe apareceu sem pedir licença e desrespeitando a lei das prioridades.
Quatro meninas foram atropeladas e uma delas está em coma induzido e com prognóstico reservado.
Agora temos o pai do motorista do táxi a sair em defesa do filho, dizendo que apesar de ex toxicodependente e de ter sido mesmo detido, em tempos, por narco tráfico… isso são tudo águas passadas e agora o filho está, o que em gíria se diz: limpo. Há 4 anos já.
A verdade é que lhe foi feito – ao motorista – um teste de despistagem de estupefacientes e o resultado foi negativo. O mesmo não se pode dizer do teste de alcoolemia. Deu 0,92. Uma ligeira embriaguez… chamou-lhe o pai do taxista. Mais, logo a seguir voltaram a fazer-lhe o teste e os resultados tinham descido quase 0,12%.... O que, para o pai do taxista, denuncia que os balões do teste deviam estar avariados….
Diz a notícia, entretanto, que o taxista – que na altura do acidente fugiu, com medo de ser linchado pela população – ao ser apresentado na polícia, na esquadra da Campanhã, foi-lhe passada uma multa de 500 euros, pela tal ligeira alcoolemia e mandado para casa, sem que a carta de condução lhe tivesse sido apreendida, ou suspensa. Diz também a notícia – enfim, alega o pai do taxista – que ele vinha devagar, mas que bastava vir a 50 para projectar qualquer peão a 20 ou 30 metros em lhe acertando. Diz que vinha devagar e que foi a guinada para fugir a outro carro, o que fez o táxi acertar nas 4 crianças e atropelá-las.
O pai do taxista espera que os tribunais sejam sensíveis a estes argumentos e seja feita justiça.

E a tal vaga impressão de desconforto que vos falava ao princípio que não passa, hem?!...

É que depois temos este policia de Leiria que – ao que consta - acidentalmente disparou e matou um assaltante , anteontem de madrugada, numa fábrica abandonada do vale do Lena.
Os alegados ladrões não respeitaram a ordem da polícia e começaram a fugir, foi então que este agente disparou. Primeiro para o ar, depois, já durante a perseguição, um segundo tiro – este, diz que acidental…
Mas foi este 2º tiro que acertou e acabou por matar um dos assaltantes em fuga.
Ora temos agora um processo disciplinar interno em curso na PSP de Leiria e, diz o jornal, que o agente em causa vai continuar ao serviço enquanto as averiguações se fazem. Diz também que o agente em causa terá ficado "agastado com o sucedido". Este "agastado" vem com aspas no jornal, o que quer dizer que deve ter sido mesmo assim, que o polícia disse e falou sobre o assunto. Está a ser acompanhado por uma equipa de psicólogos, entretanto e, pelo menos nos próximos tempos, deverá ser afastado do serviço de patrulha…
Agora chegamos a este ponto curioso. Diz o jornal que o agente levava na mão uma pistola-metralhadora que pesa uns 4 quilos e que já tem 30 anos de vida e de serviço… Diz ainda que segundo os vários sindicatos de policia, esta arma de que se fala é uma arma instável e que deve ser empunhada firmemente com ambas as mãos… Diz o jornal que, o policia em causa, na altura levava uma lanterna numa das mãos e na outra a tal metralhadora instável…

Sorte não ter tido de fazer nenhuma chamada para a central, durante a perseguição, senão ainda a metralhadora começava a ter ideias e vontade próprias e quem sabe quem mais se teria aleijado durante o assalto frustrado.
É isso… a tal sensação esquisita. Deve ser de ser 2ª feira!