sexta-feira, 14 de dezembro de 2007



Já não me lembro de quem era avó.... Lembro-me que, a senhora em questão, comia sempre a fava do bolo rei, discretamente, sem se desmanchar.
Não com medo, que alguém lhe cobrasse fosse o que fosse! Claro que ela sabia muito bem, que era tudo só uma espécie de jogo, de brincadeira da época, uma tradição antiga. Ela sabia. O espírito do Natal e essas coisas... Não era o caso. Uma questão de princípio, talvez. Talvez a senhora não gostasse de perder nem a favas nem a feijões! A verdade é que, sempre que lhe saía a fava, ela comia-a, p’ra ninguém saber.
Claro que, quando o bolo chegava ao fim e a fava não aparecia a mais ninguém, toda a gente percebia que já tinha sido comida, discretamente entre uma geropiga e uma casquinha de abóbora cristalizada. Já tinha sido comida e por quem?... Pancadas!
O problema é que, com a idade – que ela sempre foi assim, ao que parece – com a idade, os dentes foram-lhe faltando e uma vez foi o diabo, que a senhora engasgou-se mesmo a sério com um bocado de fava mal partida e qual geropiga, qual nada! Uma aflição mesmo.
A tua avó – disse-lhe eu – o espírito do Natal ainda acaba por matar a tua avó!

ÚLTIMA HORA ! (embargo até ao meio dia)

Um cidadão caucasiano, de meia idade e fato escuro, entrou esta tarde, na farmácia Estácio, no Rossio de Lisboa e, dirigindo-se ao balcão, pediu uma caixa de aspirinas e um pacote de lenços de papel. Depois de atendido o pedido, pagou e saiu, sem olhar para trás. A funcionária da referida farmácia, contactada p’la nossa redacção, garantiu que o individuo em causa não é cliente habitual do estabelecimento, nem lhe apontou nenhuma pistola, ou arma branca. Quanto ao pedido, afirmou ser habitual, nesta altura do ano. O sol intenso e a humidade nocturna dão cabo da saúde a muita gente. Também as vendas na farmácia, onde tudo se passou, a mesma funcionária esclareceu que se mantém dentro do razoável, tendo em conta a crise que o sector atravessa.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007



Isto, de protocolos e honras de estado é um mundo!
Diz o Diário de Notícias, citando a France Press, que ontem, Paris encerrou todas as pontes do Sena, para que Muammar Kadafi passeasse de Bateau Mouche, com a respectiva guarda pretoriana feminina. Foram aliás as mulheres do presidente, quem denunciou a presença do líder líbio a bordo da pequena embarcação, quem esclareceu esse facto insólito, de mandar fechar todas as pontes pedonais à circulação.
Hoje Kadafi visita Versalhes e, pela mesma ordem de razões, o palácio há-de ser fechado a tudo o que não seja comitiva e segurança do presidente…

É um mundo!
Por exemplo, a biblioteca do convento de Mafra…
Tem de ser visitada durante o dia, porque a luz eléctrica pode danificar os documentos. É o que se diz – foi o que me disseram da última vez que lá fui… Estava já a escurecer e a visita foi feita muito à pressa, a fugir do lusco-fusco! E mesmo isso … de longe! À porta, do outro lado da cordinha de segurança, pelas mesmas razões. Legítimas! Agora explicar como – e isto aconteceu – passados dois dias, se liga a televisão e se vê uma transmissão de uma entrevista gravada nessa mesma biblioteca, bem lá no meio, nessa tal área protegida! Protegida e – para o efeito – iluminada pelos potentes projectores necessários a filmagens destas… Há forçosamente uma razão científica para a excepção! Ou, se não científica, pelo menos uma Razão de Estado.
Adiante!

Hoje assina-se o Tratado de Lisboa e os Jerónimos já se engalanaram todos para receber os signatários do documento. Depois, já se sabe, vão de eléctrico para o almoço, no museu dos Coches.
Ora, o eléctrico, alguém o há-de conduzir… e é uma mulher! Sara Coelho, guarda-freio da Carris há 5 anos.
O Diário de Notícias fecha a edição de hoje com uma entrevista rápida à jovem, que há-de conduzir os 27 aos Coches.
Diz que ficou muito alegre quando soube. Depois o jornalista aprofunda a questão e pergunta se terá sido mesmo uma explosão de alegria. Sara Coelho diz que sim. Depois o jornalista pergunta se está nervosa. Sara Coelho explica que não é bem nervosa… mais ansiosa! Depois pergunta se a jovem é de Lisboa – ela responde que sim. Se estudou – ela, que fez o ciclo normal; depois pergunta-se e cito: “como é isso de aprender a guiar um eléctrico…” Sara Coelho diz que demora 3 meses e é muito curioso.
Curiosa também a forma como termina a entrevista… Pergunta o jornalista: “tem consciência do que eles vão ali fazer? “Sara Coelho tem. Diz Sara Coelho: ”tenho. Sei que tem sido uma coisa muito demorada, que vem desde 2005.”
E depois conclui que é “uma coisa que a pessoa é obrigada a saber e que é bom para os portugueses que tenhamos sido nós a dar o pontapé de saída…”
Ora aí está! Certamente já todos ouvimos explicações mais vagas de protagonistas mais ilustres!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Não percebo esta ansiedade, esta fixação…
Diz o Diário de Notícias que “a importância do acaso no avanço da ciência foi uma vez mais provada”… Como?
Uma roda do robot espacial, que a NASA mandou para Marte, raspou o chão e pôs à vista dióxido de silício, um minério que costuma encontrar-se em ambientes favoráveis à existência de vida. Depois, em ante-texto, explica que a sílica é favorável à existência de micróbios…
Não percebo esta fixação em encontrar vida noutros planetas… nem que seja na forma mais microbiana… isto a solidão pode ser uma coisa terrível!

E Michael Schumacher!
A história passa-se na Alemanha e para o que importa pode bem saltar-se pormenores de circunstância. E a circunstância foi que o ex piloto estava atrasado. Tinha ido não sei onde comprar um cão e estava atrasado para apanhar o avião de regresso a casa. Trânsito complicado e o táxi não avançava. A solução foi passar ele próprio para o volante do táxi e acelerar até ao aeroporto como se estivesse em Nurburgring. O taxista ficou colado ao assento, ao vê-lo ultrapassar toda a gente em manobra vertiginosa, entrar nas curvas, como só se vê nos filmes… parece que ninguém se aleijou… é bom… parece também que ninguém foi multado… é… é melhor ficar calado.
Envolver os cidadãos nas celebrações da assinatura do Tratado de Lisboa.
É esse o pretexto, para que amanhã os museus sejam de entrada gratuita e também a Carris e o Metro ofereçam viagens grátis ao povo de Lisboa.
É pena ser dia de trabalho! Ainda se fosse feriado, aí sim, Lisboa poderia celebrar condignamente a assinatura do Tratado! Passear de Metro o dia todo, celebrando… Andar de eléctrico… visitar museus e andar de Metro, outra vez…
Enfim, não se pode ter tudo .

Em Alcochete, o Freeport oferece pipocas para a vida toda e aqui o Tratado de Lisboa não risca nada .
A ideia é da empresa que explora os cinemas deste parque comercial . Aos autores das dez melhores frases promocionais do cinema e do empreendimento, serão oferecidas pipocas para o resto da vida, ou pelo menos enquanto e de cada vez que forem ao cinema em Alcochete.
Antes disso, a Ordem dos Médicos vai propor que cirurgiões seropositivos passem a usar dois pares de luvas, em vez de um, como forma de prevenir eventuais contágios, nos blocos operatórios. A medida segue um modelo norte-americano e vai ser discutida e proposta na próxima semana.
Na Ordem, há o consenso de que o risco, de um cirurgião infectado poder contaminar um doente durante um acto médico, é muito baixo, mas, manda a ética e a deontologia da classe que, havendo risco, mesmo próximo do zero, esse cirurgião não deve operar.
O debate impunha-se e concluiu-se então que, apesar de não se dever proibir ou impor qualquer tipo de limitação laboral, faria sentido recomendar o reforço das medidas de precaução e segurança. E então – ao que parece – a solução, que vai agora ser divulgada em forma de recomendação, é usar dois pares de luvas em vez de um… umas por cima das outras. Luvas de látex fininho… um par, dois pares, três pares… nada que um bisturí mais distraído não corte sem esforço de maior…

Já a Liga Portuguesa Contra o Cancro não quer confusões nem misturas.
Vem no Público, sem grande destaque, mas vem.
Diz assim: "a criação de uma associação contra o cancro do colo do útero está a provocar uma polémica com a Liga Portuguesa Contra o Cancro."
Tudo uma questão de siglas e nomenclatura…
A Liga Portuguesa contra o Cancro fez questão mesmo de anunciar, no seu próprio sítio da Internet, que não tem nada a ver com a Liga Portuguesa contra o Cancro do Colo do Útero… para que não haja confusão nem equívoco, sobre quem é quem e o que representa.
E de repente, isto faz-me lembrar qualquer coisa, que se não me engano é de um filme dos Monty Pyton, mas isso para o caso não interessa rigorosamente nada.
Adiante!
A nova imagem de Portugal tem os rostos de Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Mariza, Nelson Évora… enfim, o peito ilustre lusitano! Fotografia artística, claro.
A ideia foi do Governo e pretende promover a imagem de Portugal no estrangeiro. Talvez assim se perceba que as legendas das fotografias sejam em inglês… Mais difícil de perceber é a identificação da coisa em si… É verdade que a palavra Portugal desce de cima abaixo toda a altura da fotografia. Verdade também que aparece outra vez, mais pequena, no canto inferior esquerdo… agora o que identifica a obra no seu todo é esta frase: retratos da costa ocidental da Europa… e de repente, dito assim, soa quase a documentário do National Geographic… coisa exótica, essa costa ocidental da Europa! De repente parece muito longe…
O autor das fotografias é inglês e consta que é dos mais influentes e caros da actualidade. Cobrou 350 mil euros por esta encomenda. Portanto, para que conste, Portugal tem José Mourinho, Mariza, Ronaldo… nomes ilustres que fazem brilhar a imagem nacional além fronteiras… Fotógrafos é que desgraçadamente não temos!
Enfim, pelo menos para estas obras de vulto, há que importá-los do estrangeiro. Mas também aqui e voltamos ao principio… não se pode ter tudo

última hora:
acabo de passar, na rotunda do marquês de Pombal, em Lisboa, por um desses gigantescos cartazes de que falamos. Aqui na versão portuguesa e , no caso, com a fotografia da fadista Mariza. E chego à conclusão que não é só fotógrafos que não temos. Faltam também tradutores! Quero dizer que a versão portuguesa traduziu: "portraits of the west coast of Europe", por "retratos da costa ocidental da Europe"! Voltamos ao mesmo, não se pode ter tudo! Temos trolhas . Já não é mau.
ainda mais última hora que a outra !!!(a 18 de dezembro...)
já emendaram o cartaz da mariza no marquês. pintaram-lhe um "a" por cima.
bem pintadinho, por sinal. nem se dá pela emenda.
vê-se que aquilo não foi trabalho de um trolha. valha-nos isso. benza-o deus.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Portugal vai plantar uns quantos milhares de árvores no Parque Natural da Peneda-Gerês. É isto, em resumo, o que diz a notícia.
Esforço meritório, para compensar a ameaça de concentração de CO2 na atmosfera. O Gerês agradece e nós também. Com os incêndios e tudo o mais deve precisar de uma reflorestaçãozinha! Mas, se de efeito de estufa se fala e ar sujo e pesado e doente, porque não plantá-las num desses sórdidos baldios das nossas cidades, onde o ar é naturalmente mais sujo e pesado e doente e a nossa vidinha, cabisbaixa e triste, bem precisada anda de verdura e bons ares?!...
Como quem diz, com todo o respeito, vamos então vender frigoríficos aos esquimós?!… Pois seja.

E o tribunal de Coimbra tem em mãos um caso curioso e delicado.
A queixosa diz que, no hospital onde entrou para uma biopsia, alguém inadvertidamente mandou para o lixo o tecido recolhido para a análise. Assim mesmo. Para o lixo. Desapareceu. Foi-se. Lixo.
A doente processou a equipa toda. E quer 80 mil euros por danos não patrimoniais.
Ontem, o tribunal ouviu as alegações de enfermeiros e auxiliares que, apesar de não terem estado presentes durante a intervenção, explicaram os procedimentos normais em casos destes. E nestes casos, normalmente, a responsabilidade última – a culpa, se quisermos – é do médico. Foi o que disseram ontem algumas testemunhas do processo.
Quanto ao médico… o Jornal de Notícias ouviu familiares do cirurgião ajudante e diz que o médico ficou ofendido, quando soube. Ofendido na honra profissional. Garante que foram cumpridos todos os procedimentos correctos e que lhe competiam. Por isso, também ele quer ser indemnizado. Quer que a doente queixosa lhe pague 25 mil euros, por danos morais.
E de repente, parece que a biopsia já nem faz grande falta a ninguém, nem o pedacito de tecido desaparecido algures no lixo, entre toda a espécie de porcarias. Enfim, nada que uma indemnização por ofensas, negligência, ou coisa assim não resolva, por ora.
E ora bem, ou me engano muito, ou por esta hora deve haver muito maqueiro, pelos hospitais deste país, a desejar ardentemente que alguém o insulte, ultraje mesmo ou simplesmente o acuse de uma negligênciazita. Mesmo ordinária.

É um bom investimento! Senão neste, num outro mundo.
Diz o título do Diário de Notícias, que as carmelitas de S. José, em Fátima, estão a vender o Carmelo para pagar as obras no convento.
“É um bom investimento, não na terra, mas realizando algo que nunca vai ser esquecido por Deus no Céu”. É uma espécie de promessa das carmelitas de S. José.
E à venda estão desde as portas aos vitrais das janelas, ao chão das celas, às próprias celas por inteiro e atacado. Em compensação, as irmãs prometem uma oração especial e personalizada diariamente em louvor e salvação das almas dos fiéis beneméritos. Prometem também, para além disso, inscrever-lhes os nomes nos sítios e peças que forem compradas.
Para que conste, havia 125 celas à venda, a 10 mil euros, preço de cada uma. Havia, porque 10 foram já vendidas, bem como as portas e o vitral da capela.
Para mais informações, consulte-se o
www.carmelofatima.carmelitas.pt
As carmelitas passam recibo.

Outro género de receitas é a que os médicos passam aos doentes e que estão a ser devolvidas, às centenas, às farmácias, por estarem mal passadas.
Erros de preenchimento, preenchimento incompleto dos cabeçalhos das receitas, aplicação errada das vinhetas, ou o recurso incorrecto à legislação, que garante maiores reembolsos. São erros a mais! Diz a Associação Nacional de Farmácias, que já terá criado um organismo que lhe garanta os reembolsos.
É que a ARS não paga comparticipações em casos destes e devolve-lhes as receitas. Diz que às centenas. A Administração Regional de Saúde, as várias, culpam em parte os próprios farmacêuticos, que poderiam corrigir as faltas, ao balcão, antes de as mandar para reembolso. A Associação Nacional de Farmácias diz que era só o que mais faltava e ainda pagar pelos erros alheios.
Entretanto sabe-se que, uma parte das devoluções é por causa da famosa “letra de médico”! Desenhada, corrida, ao correr, da pena própria e dos outros, que se vêem e desejam para perceber o que lá está escrito… um mistério insondável, a famosa “letra de médico”. Coisa que fica bem a engalanar diplomas e outras iluminuras, mas já não tanto em receituários, que podem salvar, ou comprometer a vida e saúde de uma pessoa.
Haviam de ter levado umas traulitadas naqueles dedinhos, quando andavam na escola. A ver se aprendiam a escrever direito. Agora, se calhar é tarde e quem se lixa são os farmacêuticos. Se me permitem a opinião, o melhor é a gente nunca precisar dessa gente. Nem duns, nem doutros. Haja saúde!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ora bem, a miséria tem muitos rostos… e é a conclusão a que se chega em 3 curtos actos.

Este fim-de-semana foi assaltada a sede da Comunidade Vida e Paz, em Lisboa. Roubaram roupa e comida, que era para a festa de natal dos sem abrigo. Foi um assalto feito com toda a calma. Deu para escolher a melhor roupa e deixar a já usada e mais velha. Deu para deixar o sítio num pandemónio de caixas abertas e destruídas, roupa espalhada pelo chão…
Os donativos começaram a ser recolhidos em Outubro e iam ser distribuídos durante a ceia de natal, agendada para o próximo fim de semana… Os responsáveis pela Comunidade garantem que a festa se faz na mesma, mesmo que mais modesta…
Agora, assaltar um armazém e roubar coisas que foram oferecidas pela solidariedade popular para distribuir pelos mais pobres… se não é sinal de uma extrema miséria…


Ou então desviar, por artes e manhas de secretaria, o dinheiro que era para suportar o Rendimento Mínimo Garantido… E foi o que aconteceu com uma ex funcionária da Segurança Social de Leiria. Durante 8 anos desviou uns bons 150 mil euros, falsificando cheques e vales, inventando agregados familiares e pagando a beneficiários inexistentes…
150 mil euros em 8 anos até pode não ser fortuna por aí além, dá uma média de 1500 euros por mês… seja como for, estes 150 mil euros, estes muito concretamente, a senhora não deveria ter roubado.

E depois há este jovem, ao que consta piloto de competição, que entrou disparado , com carro e tudo, por uma casa dentro, morreu e deixou a casa destruída. Foi este fim-de-semana também, no Algarve, à saída de Faro e o carro ia, obviamente, em excesso de velocidade.
A manchete do Público, esta segunda feira, diz que Portugal está a falhar a meta europeia para a redução de mortes nas estradas e depois, abrimos o Jornal de Noticias e aparece este jovem piloto a fazer uma notícia destas…
A 125 é uma estrada perigosa – é o que se diz, quando se quer desculpar a falta de respeito e civilidade (ia a dizer civilização) dos condutores… Pois será e assim sendo, manda o bom senso que se tenha mais cuidado.
Neste caso, fala-se de um piloto de competição e – ou há aqui alguma informação que derrapa, ou seria de esperar uma postura mais responsável, por parte do condutor… seria de esperar que ele, mais que ninguém, soubesse distinguir a 125 do autódromo do Estoril ou dos trilhos do Dakar… Seria de esperar que, àquela hora da madrugada e por muita pressa que tivesse de chegar a casa, ele conduzisse a uma velocidade que não o fizesse galgar a contra mão e entrar em voo por uma casa dentro. Levou a parede e só não foi quem lá dentro dormia, por sorte …
Era um apaixonado dos automóveis, explica o jornal… piloto com experiência, largos quilómetros de corridas no currículo. Recentemente abriu um negócio de restauração e ajudava ainda o pai, que tem uma padaria… Os bombeiros dizem que o acidente foi uma coisa brutal - depois de embater contra uma árvore e de a arrancar literalmente do chão, voou sobre a faixa contrária e foi chocar contra a parede da casa, no outro lado e… e estamos quase a ficar com pena, não é?... E, 26 anos! Tão jovem ainda!... Com pena deste jovem, piloto com experiência, que ia matando um homem, que dormia tranquilamente em casa, ao entrar que nem um doido, com carro e tudo pelo quarto a dentro destruindo-lhe a casa… e isto, apesar de todas as avarias que o carro possa ter tido, porque ia em excesso de velocidade! E pela fotografia do estrago, excesso mesmo; que não há-de ser a 80 à hora que, depois de arrancar uma oliveira pela raiz, ainda sobra força para se mandar abaixo a parede de uma casa, do outro lado da estrada! Digo eu…
Carro potente. Topo de gama, daqueles com ar condicionado, como a miséria gosta!