E agora a televisão.
No Jornal de Notícias, diz-se que uma rábula, do humorista Nilton, desagradou à GNR e ao ponto mesmo da RTP ter retirado da Internet o pequeno clip, que reproduzia essa mesma graçola.
E a graçola em causa… para o que mais importa… apresentava um oficial da Guarda Republicana como se fosse um cão, de coleira ao pescoço, seguindo servilmente a outra personagem da rábula. A corporação achou que estava a ser humilhada e por isso fez queixa à Autoridade Reguladora do sector, para que interviesse e forçasse a retirada do referido clip da Internet. E assim foi feito.
O programa, em que a rábula se incluiu, foi para o ar na semana passada, por volta da meia noite e, responsáveis pela RTP2, que tudo isto se passa no 2º canal à volta da meia noite… já disseram que nunca pensaram que, o vídeo em questão, fosse interpretado fora da nota humorística, que caracteriza o programa. O próprio humorista concorda que pisou terreno escorregadio e arriscado, mas que nunca foi intenção ofender ninguém.
Portanto, diz a RTP, que nunca pensou que a rábula fosse entendida fora do contexto humorístico… parte-se do princípio que , se a GNR, como tal o tivesse entendido,,, falo do tal contexto humorístico... talvez não houvesse problema… ou pelo menos, a RTP quer acreditar que não. Mas, talvez não tenha sido o que aconteceu… talvez então a GNR tenha levado a coisa à letra e por isso se tenha ofendido e exigido a retirada do vídeo do espaço público da Internet…
Bom, a GNR não sei, mas conheço muito boa gente que, se sentisse que lhe estavam mesmo e realmente a chamar cão e que não era nem brincadeira, nem para fazer caricatura ou denúncia de qualquer outra coisa mais … que geralmente é assim que as anedotas e outras pantominices funcionam… conheço muito boa gente que se interpretasse uma coisa destas fora do tal contexto, ou nota humorística que a RTP diz… haveria certamente de ir um pouco mais longe, do que exigir a retirada do vídeo da rede… estou em crer que haveria mesmo de pedir contas ao humorista, mas na barra do tribunal, por ofensa e calúnia e falta de respeito, pelo menos.