A história conta-se depressa.
Um jovem universitário, cuja namorada queria acabar o namoro com ele, um certo dia, chamou-a à parte para conversarem e, como ela insistisse na separação, ele esfaqueou-a, escondeu o cadáver entre uns arbustos, meteu-se no carro e entregou-se à primeira brigada de GNR, que encontrou no caminho. “Prendam-me que eu matei uma pessoa.”
O tribunal de Coimbra… que a história passa-se em Coimbra, decretou uma pena de 16 anos de prisão para o jovem homicida. Houve quem reclamasse uma pena maior, mas a decisão final ficou-se pelos 16 anos, porque, no entender do tribunal, não havia razão para o agravamento da pena. A primeira condenação aconteceu já em Janeiro, agora, a notícia é mesmo que , na repetição do julgamento, o tribunal concluiu que não havia de facto razão para aumentar a pena, para os 22 anos pedidos pela Relação. A história vem em mais do que um jornal, desta terça feira. E com fotografias. No DN, vê-se o jovem algemado, mãos à frente do corpo, ladeado por dois polícias e olhando para o chão. A fotografia pode ter sido tirada à entrada, ou saída do tribunal…
O Correio da Manhã, que entretanto acrescenta mais um pormenor à história- e já vamos à fotografia… acrescenta, dizia, que ficou provado, que não houve premeditação no crime, apesar de não ser muito normal –digo eu - uma pessoa ir para a escola, com uma faca de cozinha no bolso… O Tribunal de Júri concluiu, que o objectivo do jovem era só tentar a reconciliação e o retomar do namoro, só que a conversa seguiu outro rumo e as coisas precipitaram-se. Diz-se , e citemos… “a convicção é que no período temporal anterior à conversa que o arguido e a vítima tiveram na véspera do crime nada nos diz que o arguido já tinha a intenção de matar…”
E a fotografia. A fotografia, que o Correio da Manhã publica, para ilustrar o veredicto final … Aqui, o jovem homicida aparece de mãos algemadas, mas neste caso atrás das costas. Veste uma T-Shirt clara , mas suja. Na gola, no peito, nas mangas... A foto é a preto e branco, mas tudo leva a crer que, aquelas manchas que lhe sujam a camisola e o próprio rosto em mais de metade, sejam de sangue. Diz a legenda: “O homicida, no dia do crime.” Atrás, vê-se uma fita de plástico, daquelas que a policia usa para isolar recintos em casos destes … donde , tudo leva a crer, que a foto foi tirada não só no dia, como também eventualmente no próprio local, ou muito perto do local do crime.
Saudemos o esforço e sejamos solidários com o jornal… Foi de facto pena… um bocadinho mais cedo e ainda tinham apanhado o flagrante delito. Isso sim é que era capa para arrasar com toda a concorrência, carago!
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