Estava a fazer a barba, por isso ouvi só o que o homem dizia, sem lhe ver a cara. Por isso também e ficando só pelo conteúdo do que foi dito, chamemos-lhe simplesmente Cavalo*.
E o que estava em causa era uma denúncia, do PSD, a pedir explicações, porque a RTP, televisão pública, tinha dado três vezes mais tempo de antena ao PS e ao Governo, do que ao PSD, ele próprio. O homem, cujo rosto não vi e cuja identificação me escapou, que a televisão, nestes casos, usa o truque da legenda e eu, como já disse, estava a fazer a barba e não vi... o homem falava em nome do PSD e, já tínhamos combinado, para o caso vamos identificá-lo por Cavalo*.
Dizia então o Cavalo* que a televisão de serviço público, por essa mesma razão, não deveria ter dado três vezes mais tempo de antena ao PS e ao Governo do que ao PSD. Dizia o Cavalo,* que por uma razão de serviço público.
Ora, por uma questão de serviço público, seja lá essa merda o que for, espera-se que a RTP tenha bons profissionais que saibam distinguir, no granel da Redacção, entre o que é de utilidade e serviço público ser noticiado e o que não vale a pena, porque, quanto mais não seja, meter o Rossio na rua de Betesga, venha o primeiro... Acrescente-se a eventualidade de boa parte dessa informação ser mesmo o que se chama "merda", o que, só mesmo a falta de assunto, ou uma caçadeira apontada aos cornos justificariam ser tornada pública. Ainda na onda do serviço público, se há a quem, mais do que esperar-se, se exige que seja matéria de notícia, porque tem obra a apresentar, porque toma decisões de âmbito verdadeiramente nacional, porque tem a responsabilidade outorgada por voto popular, de gerir o que é a Coisa Pública, quem é obrigado por lei a prestar o verdadeiro serviço público, mais do que este, ou aquele partido, por muito bem intencionado que seja e por muito próximo que assumidamente esteja de assumir o Poder... Se há alguém nessa posição, é o Governo, de esperar seria que, o Governo, acabasse por ter, sem favor, mas por matéria de facto, mais tempo de antena, do que um anhuca qualquer. Seria, pelo menos, sinal de que estava a trabalhar e tinha notícias para ir dando ao povo.
Quanto a números, contas e proporções e estatísticas e o caralho... isso é que é um aborrecimento.
Porque, se o PS e o Governo tem 3 vezes mais que o PSD sozinho, quantas vezes mais, ou menos tiveram esses dois primeiros, em relação aos outros todos, menos o PSD e em relação só ao PCP e ao Bloco de Esquerda e em relação aos Verdes e ao CDS, mais os independentes e o PSD em relação aos outros todos, menos o CDS e o Governo e o PSD mais o Governo, menos o PS, mais os Verdes, menos a magrinha de óculos?... é o caralho, tinha avisado. Um aborrecimento, mesmo, perdoem-me a linguagem.
Regressemos à cena do serviço público.
Obrigar a RTP, ou a PlayboyTV a dar o mesmo tempo de antena ao PSD sozinho, do que ao PS e ao Governo, os dois juntos, revela que, pelo menos para o Cavalo* que falou, a televisão deveria ser, não tanto de serviço público, como ele disse, por engano, mas de serviço privado. De serviço ao partido dele, para poder perorar galhardamente nessa fuçanguice de ter sempre qualquer coisa para dizer, como o eco e os papagaios.
E o que estava em causa era uma denúncia, do PSD, a pedir explicações, porque a RTP, televisão pública, tinha dado três vezes mais tempo de antena ao PS e ao Governo, do que ao PSD, ele próprio. O homem, cujo rosto não vi e cuja identificação me escapou, que a televisão, nestes casos, usa o truque da legenda e eu, como já disse, estava a fazer a barba e não vi... o homem falava em nome do PSD e, já tínhamos combinado, para o caso vamos identificá-lo por Cavalo*.
Dizia então o Cavalo* que a televisão de serviço público, por essa mesma razão, não deveria ter dado três vezes mais tempo de antena ao PS e ao Governo do que ao PSD. Dizia o Cavalo,* que por uma razão de serviço público.
Ora, por uma questão de serviço público, seja lá essa merda o que for, espera-se que a RTP tenha bons profissionais que saibam distinguir, no granel da Redacção, entre o que é de utilidade e serviço público ser noticiado e o que não vale a pena, porque, quanto mais não seja, meter o Rossio na rua de Betesga, venha o primeiro... Acrescente-se a eventualidade de boa parte dessa informação ser mesmo o que se chama "merda", o que, só mesmo a falta de assunto, ou uma caçadeira apontada aos cornos justificariam ser tornada pública. Ainda na onda do serviço público, se há a quem, mais do que esperar-se, se exige que seja matéria de notícia, porque tem obra a apresentar, porque toma decisões de âmbito verdadeiramente nacional, porque tem a responsabilidade outorgada por voto popular, de gerir o que é a Coisa Pública, quem é obrigado por lei a prestar o verdadeiro serviço público, mais do que este, ou aquele partido, por muito bem intencionado que seja e por muito próximo que assumidamente esteja de assumir o Poder... Se há alguém nessa posição, é o Governo, de esperar seria que, o Governo, acabasse por ter, sem favor, mas por matéria de facto, mais tempo de antena, do que um anhuca qualquer. Seria, pelo menos, sinal de que estava a trabalhar e tinha notícias para ir dando ao povo.
Quanto a números, contas e proporções e estatísticas e o caralho... isso é que é um aborrecimento.
Porque, se o PS e o Governo tem 3 vezes mais que o PSD sozinho, quantas vezes mais, ou menos tiveram esses dois primeiros, em relação aos outros todos, menos o PSD e em relação só ao PCP e ao Bloco de Esquerda e em relação aos Verdes e ao CDS, mais os independentes e o PSD em relação aos outros todos, menos o CDS e o Governo e o PSD mais o Governo, menos o PS, mais os Verdes, menos a magrinha de óculos?... é o caralho, tinha avisado. Um aborrecimento, mesmo, perdoem-me a linguagem.
Regressemos à cena do serviço público.
Obrigar a RTP, ou a PlayboyTV a dar o mesmo tempo de antena ao PSD sozinho, do que ao PS e ao Governo, os dois juntos, revela que, pelo menos para o Cavalo* que falou, a televisão deveria ser, não tanto de serviço público, como ele disse, por engano, mas de serviço privado. De serviço ao partido dele, para poder perorar galhardamente nessa fuçanguice de ter sempre qualquer coisa para dizer, como o eco e os papagaios.
*nome fictício
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