domingo, 19 de fevereiro de 2006


O café do Castelo


O Cardoso teve uma trombose mas não largou o JB e até usa a boca ao lado que lhe ficou da macacoa para aberlaitar a prosa ao balcão. Peito inchado boca ao lado voz enrolada na beiça mole enquanto debita sociais caligramas d’ir ao cu. Permite-se mesmo enterrar a mão no bolso p’ra coçar os colhões e contar os trocos. O JB quente não presta mas o gajo grama. A olhar p’rá rua.
O Fernando também não se pode rir muito. É a tosse. Ortorrômbico careca calções e chinelos andar arrastado marreco saco plástico titubear de maluco. Então tá bom? Sr. Fernando! Gosto em vê-lo. Sai a porta p’ró fim da tarde saco plástico rasto de baba no ar e no chão do café.
No nosso coração há lugar p’ra todos filósofa loira cortado curto.
O Cardoso larga um sonoro Boa Tarde com a boca cheia de batatas. A gorda do balcão bate com as mamas na esquina do telefone diz ela a ruiva de costas também dei o meu grito do Ipiranha. O morenaço fanhoso vai alimentando a conversa ao mais alto nível falam de amor em geral e dos filhos em particular converseta de férias filosofia de alcofa cenas conjugais cenas que como sabeis podem ou não tornar-se obs/cenas. Depende sempre de como as conjugais...

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