Vem praticamente em todos os jornais desta manhã…
Peguemos então e por exemplo no título do Público…
“Deputados socialistas querem qualidade da água explicada nas facturas.”
Temos então, que, segundo a notícia, o grupo parlamentar socialista quer tornar obrigatória a inclusão das análises realizadas, ou em falta, à qualidade da água e respectivos resultados, na factura.
Claro como a água, que a intenção é certamente das melhores. Só que, chegará a boa intenção?
A ver. O resultado das análises deve vir em linguagem – chamemos-lhe assim –técnica… percentagens de elementos químicos, alguns de nome quase impronunciável… outros nem por isso, mas de cuja virtude, ou prejuízo, o mais comum dos consumidores estará, provavelmente, pouco, ou mesmo nada informado…
Poderia sempre resumir-se a informação a um simples veredicto final e dizer assim: água própria para consumo… água imprópria para consumo. Que no fundo é disso que se trata. É isso que importa. Pelo menos ao cidadão comum… Saber se a água está ou não em condições de ser consumida… Só que aqui, destapa-se outra dúvida… poderá pôr-se a hipótese da companhia fornecedora das águas públicas distribuir água imprópria para consumo?! E neste cenário pouco lisonjeiro… confessá-lo ao público: esta água está imprópria para consumo, mas é o que há… sirvam-se e seja o que deus quiser…
E quanto às análises? É ou não suposto serem feitas? E, se é suposto serem feitas, porque é que se põe a hipótese de alguém faltar a essa obrigação? Diz aqui: “inclusão das análises realizadas, ou em falta…”
Ou não há obrigação nenhuma e o controle de qualidade fica ao critério de cada um. De cada autarquia, junta de freguesia, ou o que seja?...
E fixemo-nos ainda neste outro cenário. A factura está conforme e com todos os valores apurados da qualidade da água em questão… Só que esses resultados indicam que a água não tem qualidade… e então? Distribui-se na mesma?!...
Há na Dinamarca uma espécie de provérbio curioso, de que não conheço tradução em português, mas que se pode colar a este caso…
Diz assim: que é que queres que eu faça com essa informação?
E do Público para o Diário de Notícias…
Ora vamos lá que esta ouvi eu e não foi isso o que ele disse.
Cavaco Silva…perguntaram-lhe o que achava da ideia de Gilberto Madaíl de realizar um mundial de futebol ibérico, em 2018…Respondeu o presidente, que eu ouvi, "tanto quanto consigo prever, Portugal terá outras prioridades…”
Ora, o Diário de Notícias dispara o título, em pontapé do meio da área: “Cavaco trava Mundial de 2018 em Portugal.”
Pois não terá sido bem assim. Nem a questão das prioridades, invocada por Cavaco, fecha a porta à realização do campeonato. Nem – que se saiba – a península Ibérica se confina ao território português. Daí, dizer-se que Cavaco trava Mundial em Portugal… ser – digamos – um pouco redutor.
Curiosamente, já o Correio da manhã – jornal que – desculpem mas é verdade – jornal que tem a fama de ser um pouco mais sensacionalista – é bem mais moderado e – se quisermos – rigoroso até – na notícia e no respectivo título: “Cavaco chuta para canto Mundial 2018”. Ora aí está! Em bom futebulês… isso foi o que realmente aconteceu.
E fiquemo-nos um pouco mais pelo Correio…
A Quaresma é tempo para combater o mal.
Disse o papa, Bento 16, ontem aos fiéis da praça de S. Pedro, antes mesmo da oração do Angelus.
Perguntou o papa o que significa a Quaresma e depois respondeu que significa iniciar um tempo de particular empenho no combate espiritual que nos opõe ao Mal, que está presente no mundo. Em cada um de nós e à nossa volta…
Ora aí está uma missão louvável, mas que receio ser bem mais consequente se for assumida no dia a dia de cada um… e não só na Quaresma, nem que seja com particular empenho…E depois, diz ainda o papa, que esse combate implica… citemos: “encarar o mal de frente e dispor-se a lutar contra os seus efeitos, sobretudo contra Satanás”.
Sobretudo contra Satanás!
Talvez fosse interessante especificar um bocadinho melhor esta coisa de Satanás!... Será ele o pior que há dentro de nós. E será isso que devemos combater? Nem que seja só na Quaresma, com particular empenho… Ou estamos em crer que a figura de que se fala é mesmo como a pintam, chifruda e de pés fendidos como os bodes, hálito sulfúrico e um feitio danado?...
Com estas coisas convém ser mesmo muito rigoroso. Porque, apesar do que diz o papa, a verdade é que o diabo existe mesmo e anda à solta, o filho da puta.
Peguemos então e por exemplo no título do Público…
“Deputados socialistas querem qualidade da água explicada nas facturas.”
Temos então, que, segundo a notícia, o grupo parlamentar socialista quer tornar obrigatória a inclusão das análises realizadas, ou em falta, à qualidade da água e respectivos resultados, na factura.
Claro como a água, que a intenção é certamente das melhores. Só que, chegará a boa intenção?
A ver. O resultado das análises deve vir em linguagem – chamemos-lhe assim –técnica… percentagens de elementos químicos, alguns de nome quase impronunciável… outros nem por isso, mas de cuja virtude, ou prejuízo, o mais comum dos consumidores estará, provavelmente, pouco, ou mesmo nada informado…
Poderia sempre resumir-se a informação a um simples veredicto final e dizer assim: água própria para consumo… água imprópria para consumo. Que no fundo é disso que se trata. É isso que importa. Pelo menos ao cidadão comum… Saber se a água está ou não em condições de ser consumida… Só que aqui, destapa-se outra dúvida… poderá pôr-se a hipótese da companhia fornecedora das águas públicas distribuir água imprópria para consumo?! E neste cenário pouco lisonjeiro… confessá-lo ao público: esta água está imprópria para consumo, mas é o que há… sirvam-se e seja o que deus quiser…
E quanto às análises? É ou não suposto serem feitas? E, se é suposto serem feitas, porque é que se põe a hipótese de alguém faltar a essa obrigação? Diz aqui: “inclusão das análises realizadas, ou em falta…”
Ou não há obrigação nenhuma e o controle de qualidade fica ao critério de cada um. De cada autarquia, junta de freguesia, ou o que seja?...
E fixemo-nos ainda neste outro cenário. A factura está conforme e com todos os valores apurados da qualidade da água em questão… Só que esses resultados indicam que a água não tem qualidade… e então? Distribui-se na mesma?!...
Há na Dinamarca uma espécie de provérbio curioso, de que não conheço tradução em português, mas que se pode colar a este caso…
Diz assim: que é que queres que eu faça com essa informação?
E do Público para o Diário de Notícias…
Ora vamos lá que esta ouvi eu e não foi isso o que ele disse.
Cavaco Silva…perguntaram-lhe o que achava da ideia de Gilberto Madaíl de realizar um mundial de futebol ibérico, em 2018…Respondeu o presidente, que eu ouvi, "tanto quanto consigo prever, Portugal terá outras prioridades…”
Ora, o Diário de Notícias dispara o título, em pontapé do meio da área: “Cavaco trava Mundial de 2018 em Portugal.”
Pois não terá sido bem assim. Nem a questão das prioridades, invocada por Cavaco, fecha a porta à realização do campeonato. Nem – que se saiba – a península Ibérica se confina ao território português. Daí, dizer-se que Cavaco trava Mundial em Portugal… ser – digamos – um pouco redutor.
Curiosamente, já o Correio da manhã – jornal que – desculpem mas é verdade – jornal que tem a fama de ser um pouco mais sensacionalista – é bem mais moderado e – se quisermos – rigoroso até – na notícia e no respectivo título: “Cavaco chuta para canto Mundial 2018”. Ora aí está! Em bom futebulês… isso foi o que realmente aconteceu.
E fiquemo-nos um pouco mais pelo Correio…
A Quaresma é tempo para combater o mal.
Disse o papa, Bento 16, ontem aos fiéis da praça de S. Pedro, antes mesmo da oração do Angelus.
Perguntou o papa o que significa a Quaresma e depois respondeu que significa iniciar um tempo de particular empenho no combate espiritual que nos opõe ao Mal, que está presente no mundo. Em cada um de nós e à nossa volta…
Ora aí está uma missão louvável, mas que receio ser bem mais consequente se for assumida no dia a dia de cada um… e não só na Quaresma, nem que seja com particular empenho…E depois, diz ainda o papa, que esse combate implica… citemos: “encarar o mal de frente e dispor-se a lutar contra os seus efeitos, sobretudo contra Satanás”.
Sobretudo contra Satanás!
Talvez fosse interessante especificar um bocadinho melhor esta coisa de Satanás!... Será ele o pior que há dentro de nós. E será isso que devemos combater? Nem que seja só na Quaresma, com particular empenho… Ou estamos em crer que a figura de que se fala é mesmo como a pintam, chifruda e de pés fendidos como os bodes, hálito sulfúrico e um feitio danado?...
Com estas coisas convém ser mesmo muito rigoroso. Porque, apesar do que diz o papa, a verdade é que o diabo existe mesmo e anda à solta, o filho da puta.
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