A história sobe do Algarve e ao que parece nem traz grande pressa. É que, diz a notícia, há já 6 anos que esta médica, do Centro de Saúde de Aljezur, está de baixa e ora aparece, ora não aparece, portanto, ao serviço. Há 6 anos… o "Jornal de Notícias" diz que há mais de 6 anos, de baixa quase contínua, desde 2001. Os doentes queixam-se de que não conseguem marcar consulta, por causa das faltas da médica. O presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve garante que todas as baixas médicas apresentadas, o foram sempre de acordo com os pareceres da junta médica da ADSE – Assistência na Doença aos Servidores do Estado - e conforme a legislação em vigor… isto diz o presidente da ARS do Algarve. E então não deveria ser assim mesmo?! O presidente da ARS põe a hipótese de poder ser de outra maneira?! E os doentes do Centro de Saúde de Aljezur, será que eles se importam realmente, se as baixas da médica são legais ou fraudulentas?! Será mesmo esse o primeiro problema, a principal ou mais urgente preocupação dos utentes, neste momento e perante os factos?!...
A Administração Regional de Saúde do Algarve diz que já abriu um processo de averiguações ao Centro de Saúde de Aljezur. Isto na sequência e consequência das queixas dos utentes. Ora aí está! A culpa afinal é dos utentes. Se se tivessem queixado mais cedo, se tivessem mesmo querido que a situação se resolvesse, não tinham esperado 6 anos! Agora, olha, é só esperar mais um pouco, enquanto o inquérito se faz. Pouco! Que, felizmente, em Portugal estas coisas costumam correr benzinho e sem grandes embargos.
Há gente muito expedita! Verdade seja dita e vamos a factos.
A história ter-se-á passado em Aruba, território holandês, nas Caraíbas. Foi aí que, em Dezembro de 2005, desapareceu a jovem Natallee Holloway. Tinha 18 anos e tinha vindo de Birmingan, com amigos. Eram cem, ao todo, celebrando a formatura académica.
Pois este domingo, 7 milhões de telespectadores holandeses ouviu a confissão de outro jovem, um holandês, que reconheceu ter sido ele, quem lançou o corpo da jovem ao mar; depois de ela, alegadamente, se ter sentido mal. Começou a tremer e de repente parou de reagir… Então, ele lançou-a ao mar e não disse nada a ninguém. O caso acabou arquivado e sem solução, em Dezembro do ano passado.
Agora a RTL4, televisão holandesa, instalou 3 câmaras escondidas num carro e com a ajuda de um amigo deste jovem e em cumplicidade com o programa– o programa dedica-se à abordagem de crimes, já se percebeu… - conseguiu-se então, que ele confessasse o que realmente aconteceu.
Não o torna forçosamente um assassino, mas seria matéria e razão para reabrir o processo, se não fosse…
É que, o Ministério Público holandês diz que não pode agir, já que a confissão não tem peso suficiente. E por uma razão simples: foi conseguida através de câmaras ocultas.
Portanto, uma confissão feita inadvertidamente, quando o suspeito está sem guardas, a falar, julga ele que, à vontade e entre amigos… não conta!
São certamente melhores, as que se conseguem enfiando a cabeça do suspeito numa bacia de água, até ele começar a espernear e a ficar roxo. Claro, que é prática também condenável e condenada! O que não quer dizer grande coisa, nos dias que correm.
E lá na Holanda ainda, um outro jornalista resolveu pôr o aeroporto de Amsterdão à prova e colocou uma bomba falsa num avião.
A história há-de passar também na televisão. O programa chama-se “Undercover” e vai para o ar domingo que vem.
O jornalista infiltrou-se durante 3 meses no aeroporto com identificação falsa. Isso permitiu-lhe não só colocar a bomba falsa no avião, como ainda, segundo a notícia, passar grandes quantidades de droga (não se diz se falsa, também) por uma alfândega, sem problemas.
O ministro holandês da Justiça já ordenou, entretanto, uma investigação à segurança do aeroporto de Amsterdão, um dos maiores e mais importantes da Europa.
O partido holandês ecologista já pediu um debate parlamentar de urgência sobre o assunto. Os restantes partidos estão a pensar se subscrevem a intenção…
E depois, a verdade é que…
Ninguém duvida da utilidade da informação. Passada a quem de direito, poderia servir para que as tais investigações se fizessem, tranquilamente e a bem da segurança dos cidadãos… Para isso, não seria necessário torná-la assim pública e em sinal aberto… Para isso não havia necessidade de, eventualmente, assustar as pessoas, com o fantasma da insegurança… Para isso não seria necessário divulgar a informação para o mundo… para que todo o mundo – incluindo os eventuais terroristas, bombistas, narcotraficantes e bandidos em geral – ficassem a saber que o aeroporto de Amsterdão, um dos maiores e mais importantes da Europa, deixa que se lhe ponham bombas nos aviões, à revelia de todas as seguranças. E que, quanto à droga, as alfândegas também não são problema de maior. Pelo menos enquanto as investigações não chegarem a nenhuma conclusão. E estas coisas demoram sempre o seu tempo. Por maior que seja o alarme.
Naturalmente também que, quando Amsterdão der o caso por resolvido, já este enérgico e expedito jornalista andará a infiltrar-se por outra qualquer porta falsa da segurança, ou do que for.
Em nome do interesse público… em nome do interesse do público… essa é outra que nunca haveremos de saber.
E depois há esta outra. “Encapuzados assaltaram loja à marretada e a tiro.”
Foi em Castelo de Paiva, o que para o caso, pouco conta… onde a atenção tropeça é neste pormenor curioso. Estiveram 15 minutos a arrombar a porta da loja com uma marreta. O alarme disparou, mas eles continuaram como se nada fosse…Foi o barulho que alertou a vizinhança e disparou o "oh da Guarda!" Quando a Guarda chegou, já eles se tinham ido embora. Levaram 3 televisões e uma máquina de tirar cerveja. Também aqui, a história é curiosa... Três televisões e uma máquina de tirar cerveja, mesmo tendo em conta que eram 3, os assaltantes, é coisa trabalhosa de transportar, pouco discreta… Mas o que mais surpreende é a calma, a aparente tranquilidade com que actuaram! Estiveram 15 minutos à marretada a uma porta de chapa metálica. Já calcularam o barulho que isso deve fazer? Já imaginaram maneira mais discreta de assaltar uma loja a meio da noite?!...
A Administração Regional de Saúde do Algarve diz que já abriu um processo de averiguações ao Centro de Saúde de Aljezur. Isto na sequência e consequência das queixas dos utentes. Ora aí está! A culpa afinal é dos utentes. Se se tivessem queixado mais cedo, se tivessem mesmo querido que a situação se resolvesse, não tinham esperado 6 anos! Agora, olha, é só esperar mais um pouco, enquanto o inquérito se faz. Pouco! Que, felizmente, em Portugal estas coisas costumam correr benzinho e sem grandes embargos.
Há gente muito expedita! Verdade seja dita e vamos a factos.
A história ter-se-á passado em Aruba, território holandês, nas Caraíbas. Foi aí que, em Dezembro de 2005, desapareceu a jovem Natallee Holloway. Tinha 18 anos e tinha vindo de Birmingan, com amigos. Eram cem, ao todo, celebrando a formatura académica.
Pois este domingo, 7 milhões de telespectadores holandeses ouviu a confissão de outro jovem, um holandês, que reconheceu ter sido ele, quem lançou o corpo da jovem ao mar; depois de ela, alegadamente, se ter sentido mal. Começou a tremer e de repente parou de reagir… Então, ele lançou-a ao mar e não disse nada a ninguém. O caso acabou arquivado e sem solução, em Dezembro do ano passado.
Agora a RTL4, televisão holandesa, instalou 3 câmaras escondidas num carro e com a ajuda de um amigo deste jovem e em cumplicidade com o programa– o programa dedica-se à abordagem de crimes, já se percebeu… - conseguiu-se então, que ele confessasse o que realmente aconteceu.
Não o torna forçosamente um assassino, mas seria matéria e razão para reabrir o processo, se não fosse…
É que, o Ministério Público holandês diz que não pode agir, já que a confissão não tem peso suficiente. E por uma razão simples: foi conseguida através de câmaras ocultas.
Portanto, uma confissão feita inadvertidamente, quando o suspeito está sem guardas, a falar, julga ele que, à vontade e entre amigos… não conta!
São certamente melhores, as que se conseguem enfiando a cabeça do suspeito numa bacia de água, até ele começar a espernear e a ficar roxo. Claro, que é prática também condenável e condenada! O que não quer dizer grande coisa, nos dias que correm.
E lá na Holanda ainda, um outro jornalista resolveu pôr o aeroporto de Amsterdão à prova e colocou uma bomba falsa num avião.
A história há-de passar também na televisão. O programa chama-se “Undercover” e vai para o ar domingo que vem.
O jornalista infiltrou-se durante 3 meses no aeroporto com identificação falsa. Isso permitiu-lhe não só colocar a bomba falsa no avião, como ainda, segundo a notícia, passar grandes quantidades de droga (não se diz se falsa, também) por uma alfândega, sem problemas.
O ministro holandês da Justiça já ordenou, entretanto, uma investigação à segurança do aeroporto de Amsterdão, um dos maiores e mais importantes da Europa.
O partido holandês ecologista já pediu um debate parlamentar de urgência sobre o assunto. Os restantes partidos estão a pensar se subscrevem a intenção…
E depois, a verdade é que…
Ninguém duvida da utilidade da informação. Passada a quem de direito, poderia servir para que as tais investigações se fizessem, tranquilamente e a bem da segurança dos cidadãos… Para isso, não seria necessário torná-la assim pública e em sinal aberto… Para isso não havia necessidade de, eventualmente, assustar as pessoas, com o fantasma da insegurança… Para isso não seria necessário divulgar a informação para o mundo… para que todo o mundo – incluindo os eventuais terroristas, bombistas, narcotraficantes e bandidos em geral – ficassem a saber que o aeroporto de Amsterdão, um dos maiores e mais importantes da Europa, deixa que se lhe ponham bombas nos aviões, à revelia de todas as seguranças. E que, quanto à droga, as alfândegas também não são problema de maior. Pelo menos enquanto as investigações não chegarem a nenhuma conclusão. E estas coisas demoram sempre o seu tempo. Por maior que seja o alarme.
Naturalmente também que, quando Amsterdão der o caso por resolvido, já este enérgico e expedito jornalista andará a infiltrar-se por outra qualquer porta falsa da segurança, ou do que for.
Em nome do interesse público… em nome do interesse do público… essa é outra que nunca haveremos de saber.
E depois há esta outra. “Encapuzados assaltaram loja à marretada e a tiro.”
Foi em Castelo de Paiva, o que para o caso, pouco conta… onde a atenção tropeça é neste pormenor curioso. Estiveram 15 minutos a arrombar a porta da loja com uma marreta. O alarme disparou, mas eles continuaram como se nada fosse…Foi o barulho que alertou a vizinhança e disparou o "oh da Guarda!" Quando a Guarda chegou, já eles se tinham ido embora. Levaram 3 televisões e uma máquina de tirar cerveja. Também aqui, a história é curiosa... Três televisões e uma máquina de tirar cerveja, mesmo tendo em conta que eram 3, os assaltantes, é coisa trabalhosa de transportar, pouco discreta… Mas o que mais surpreende é a calma, a aparente tranquilidade com que actuaram! Estiveram 15 minutos à marretada a uma porta de chapa metálica. Já calcularam o barulho que isso deve fazer? Já imaginaram maneira mais discreta de assaltar uma loja a meio da noite?!...
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