Não se trata de nenhuma contabilista mexicana, esta Marijuana de que se fala, mas da cannabis, propriamente dita.
A ideia será então legalizar a marijuana e criar um imposto sobre a droga. Essa é que é a ideia que, segundo o DN, pode ser a solução para cobrir o défice, diz que astronómico, do estado da Califórnia. Arnold Schwarzenegger já admitiu debater essa proposta, em nome do aumento das receitas.
Curioso não?... Como de repente todas as dúvidas éticas, de saúde pública e ordem ou desordem social se desfazem em fumo, perante a urgência de equilibrar as contas e o défice orçamental do estado da Califórnia… Como se diz em inglês? Money talks.
A outra curiosa notícia vem do Vaticano. Ainda no DN, lê-se que o exército do Papa poderá vir a ter mulheres. Continua-se explicando que – desafiando 5 séculos de tradição, o comandante da Guarda Suíça admitiu vir a incorporar guardas do sexo feminino, num futuro incerto, mas muito provável.
Diz o jornal, que não é ainda uma promessa, mas que vale já por uma pedrada no charco, ou seja, pela queda de um tabu. Em 2004 por exemplo, o anterior comandante da Guarda afastava essa hipótese de forma inequívoca, a de mulheres puderem integrar o exército privado do Papa.
Que isto é uma história muito antiga e o facto de serem suíços, por estranho que possa parecer, tem também, claro, uma explicação.
É que, o exército do Papa, a tal Guarda Suíça, foi fundado em 1506, quando 150 mercenários suíços marcharam sobre Roma, para oferecerem os seus serviços ao Papa-guerreiro, Júlio 2º. Actualmente, esse exército conta com 110 guardas… todos homens, portanto. Homens que têm de ser católicos assumidos e praticantes, solteiros, com um metro e 74, pelo menos, licenciados e não menos de 18 e não mais de 30 anos de idade. São sujeitos a rigorosos testes, incluindo testes de equilíbrio psicológico. Vestem-se ainda como no tempo do Renascimento e, apesar de haver quem diga que sim, consta que não, que as fardas que vestem não foram desenhadas por Miguel Ângelo…
Mas a notícia não é essa.
A notícia é de que, pelo comandante nada a opor, falta só o acordo e decisão do secretário-geral do Vaticano, para que o exército privado do Papa possa admitir mulheres nas suas fileiras.
A ordenação das mulheres, como sacerdotes da Igreja católica, pode vir ainda longe, mas a hipótese das mulheres virem a servir o Papa nessa função – digamos - quase folclórica, de ostentação e pompa, abrindo alas, apresentando armas , empunhando albardas medievais, ou desfilando com estandartes e penachos no chapéu… isso pode ser que lá se chegue entretanto…
E a gripe! A gripe “A”.
Diz o DN, que uma equipa de cientistas canadianos já conseguiu descodificar o genoma do vírus H1N1, o que é um passo muito importante para a descoberta da vacina. O anúncio foi ontem feito pela ministra canadiana da saúde. A sequenciação genética do vírus foi conseguida a partir de 3 amostras, que chegaram das províncias canadianas de Ontário e Nova Escócia e também do México. Concluiu-se entretanto, que o vírus não sofreu nenhuma mutação e que a estirpe identificada no Canada é a mesma, que foi identificada no México, onde a doença se mostrou mais mortífera.
E depois, antes de ser gripe “A” era como “gripe dos porcos”, que ela era conhecida. Ora os porcos...
No Afeganistão só há um porco e está no Jardim Zoológico e de quarentena. Como se sabe, o Islão proíbe o consumo da carne de porco, por isso, diz o jornal, que o único porco que existe em Cabul está no Jardim Zoológico e que foi oferecido em 2002, pela China, como ajuda para a reconstrução do Zoo de Cabul… O porco não dá sinais de doença, mas as autoridades dizem que é melhor assim, para tranquilidade dos visitantes… e também para o animal não contagiar, eventualmente, os outros residentes do Jardim. Consta que, o porco de que se fala, é amigo de uma cabra, com quem passa a maior parte do tempo…
Ora quarentenas!
E já estamos em Portugal. Diz o DN, que o “Governo português pede quarentena a turistas, mas não assume os seus custos”. Seus, da quarentena, claro.
Fixemos este “MAS”, que dá um toque interessante à manchete e pode fazer-nos ainda falta, lá mais para diante.
Quanto à noticia, continua falando do caso dos 400 turistas portugueses regressados de férias no México e que o Governo e as autoridades sanitárias portuguesas aconselharam a ficar em casa, uns seis dias de quarentena e prevenção. Diz-se depois, que quem faltar ao trabalho se sujeita a perder dinheiro no ordenado e dias de férias. Isto, a menos que os respectivos patrões sejam compreensivos e condescendam em não os penalizar, nesta situação muito especial. Porque é disso que se trata, de uma situação muito especial e particular. Uma situação que até já trás o mundo um pouco – digamos – assustado, com esse fantasma de uma eventual pandemia.
Mas…a manchete diz que, “mas”! Diz que o Governo aconselhou os turistas a uma quarentena… não diz que os obrigou a uma quarentena… diz que os aconselhou, mas…
Mas, que não assume os custos… um mas, que leva a crer que o deveria fazer, sem margem para dúvidas…. Mas… mas, não o faz.
E não o fazendo, quem quiser acatar o conselho do Estado… do Estado… o conselho do Estado terá de o fazer às suas próprias custas, ou seja, perdendo eventualmente 6 dias de ordenado e eventualmente também outros tantos de férias…
Um prejuízo a dobrar… que é sabido que no regresso das férias, as pessoas até podem voltar mais saudáveis e cheias de energia, mas as finanças não tanto, que em férias já se sabe… por isso, perder 6 dias de ordenado, para quem acaba de chegar de férias no México, deve ser aborrecido, e depois perder 6 dias de férias, também é bastante desagradável. E tanto faz que as gozemos no Waikiki havaiano, ou no outro, o da Costa da Caparica.
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