sexta-feira, 16 de novembro de 2007

“Morte violenta de passageiro polaco no aeroporto de Vancouver foi registada em vídeo. “
A gravação foi feita por um outro passageiro, que se encontrava na altura no aeroporto e que já a entregou à imprensa, com a devida autorização da família deste cidadão polaco.
Mas vamos aos factos.
O cidadão em causa esperava, há dez horas já – segundo a notícia do Publico – esperava há dez horas pela chegada da mãe, que o viria recolher ao aeroporto canadiano de Vancouver. Um estranho numa terra estranha não sabia e estava sentado à espera numa zona que lhe era interdita. Era a primeira vez que viajava de avião. Quase normal que não estivesse muito por dentro das regras do aeroporto. Mais, sendo polaco, também talvez não estivesse muito familiarizado com as regras e indicações em língua estranha… Consta que não sabia uma palavra de inglês… O facto é que estava nervoso. Bastante nervoso. É experimentar passar 10 horas à espera, num aeroporto qualquer, a ver…
Mas, vamos então aos factos.
Releio da notícia do Publico: Estava há 10 horas à espera na zona das bagagens. Visivelmente transtornado, deitou ao chão um computador portátil. Quatro polícias aproximaram-se dele. Terá dito que não o podiam acusar de nada, mas pouco mais terá dito. A descarga eléctrica que se seguiu deitou-o ao chão. Os polícias agarraram-no até deixar de se mexer, enquanto gritava e se contorcia com convulsões. A morte foi declarada no local.
Os testemunhos recolhidos dizem que, para além do nervosismo evidente, o cidadão polaco não metia medo a ninguém. As imagens mostram-no de facto meio desesperado, suando de nervosismo, a falar sozinho. O passageiro que gravou o vídeo, que serve agora como uma das provas do sucedido, garante que nunca, nem por uma vez, se sentiu ameaçado pela atitude deste polaco. Um comportamento estranho, irracional mesmo, mas só isso.
Estranha também que a policia tenha entrado logo – e neste caso pode bem dizer-se – entrado a matar, sem antes ter havido qualquer troca de palavras, de explicações, ou muito menos ainda, qualquer situação de conflito, ou desatino.
O cônsul polaco em Vancouver está em estado de choque. A Polónia pede explicações ao Canadá. O advogado da família estranha que nem as autoridades de imigração, nem a segurança do aeroporto se tenham preocupado em saber a razão da desorientação do passageiro, que ninguém, no fundo, o tenha orientado no meio daquela confusão, própria dos grandes aeroportos internacionais… Estranham e indignam-se com a única resposta que a policia canadiana de serviço ao aeroporto encontrou para esclarecer ou acabar com esse nervosismo. A saber… descarregar-lhe os 50 mil volts das pistolas Taser, em cima, sem bom dia, nem boa tarde.

Já agora, para que conste, no Canadá, nos últimos 4 ano, morreram 18 pessoas, na sequência desta nova política de, pelo sim pelo não, abater-se o suspeito e depois ver-se o que ele tem para dizer…
Neste caso, depois de morto, pouco terá.

A verdade é que falar com um morto deve ser tão esclarecedor como falar com um tijolo dentro de uma caixa de sapatos.
E afinal foi isso mesmo que a polícia descobriu, abandonado num quarto do hotel Sheraton em Lisboa.
Noticia do DN. Aconteceu ontem.
Chamou-se a polícia. A embalagem era altamente suspeita. Uma caixa de sapatos abandonada no quarto do hotel. Pesava… Não fazia tique taque, mas se calhar as bombas de agora já não fazem, só nos filmes… pelo sim pelo não chamou-se a brigada dos explosivos. A caixa não se abria ao olhar indiscreto dos Raios X então só havia uma solução… destruir a ameaça à força de agulheta. Um jacto de água. No fim, abre-se a caixa e em vez de bomba, o que se descobre é um bloco de betão! Um calhau de cimento.
O terrorismo afinal não é só rebentar prédios ou gazear populações… é mais fino… dá a deixa e depois deixa andar, como quem diz: aterrorizai-vos a vós próprios !

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