segunda-feira, 22 de junho de 2009

quando a palavra vale mais que mil imagens

Vem no Correio da Manhã e é uma história triste. Tristemente bela, também. Uma menina norte americana de dez anos tinha um cancro incurável e estava em fase terminal, mas não queria morrer sem ver um certo filme de desenhos animados, acabado de estrear, nos Estados Unidos… Desde Abril, quando visionou o trailer do filme, que deixou expresso esse desejo – esse último desejo – ver o filme antes de morrer. O jornal cita as palavras da própria – “Estou pronta para morrer, mas vou esperar pelo filme.” A empresa distribuidora tomou conhecimento desse desejo e resolveu mandar um funcionário a casa da menina, com uma cópia do filme, para uma projecção especial e privada, só para ela. Diz o Correio da Manhã, que a doença tinha-a já privado da visão, pelo que foi a mãe, quem lhe foi narrando toda a acção, enquanto ela ia ouvindo os diálogos e imaginando o resto.

Do enredo, diz o Correio que conta a história de um velho rabugento, que depois de enviuvar resolve conhecer a América do Sul. E resolve então fazê-lo desta forma original e espectacular… atando balões… milhares de balões à casa, por forma a fazê-la levantar voo…

Diz a notícia, que a menina acabou por falecer, 7 horas depois de ter visto o filme.

Fica essa imagem… uma casa elevando-se no ar, suspensa por milhares de balões coloridos, rumo a uma qualquer América do Sul, ou mais longe ainda, mais alto, mais magnífico, quem sabe… que aqui e ao contrário do que se diz normalmente… a palavra deve ter valido mais que um milhão de imagens.

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