Não é um sonho irrealizável, quanto mais não seja porque um Nobel custa menos que um jogador de futebol. Ora o argumento é quase demolidor.
A ideia em si, é então contratar prémios Nobel – os melhores entre os melhores de todas as áreas do saber - para formar uma super-universidade em Portugal. Em Portugal, que não forçosamente para portugueses!
Mas vamos do princípio.
A notícia merece uma breve no Público, um desenvolvimento um bocadinho maior no DN e quase página inteira no 24…
Paulo Teixeira Pinto – ex presidente do banco comercial português e diz que pintor e escritor e antigo professor universitário - terá confidenciado à agência Lusa, que defende uma super-universidade. Uma universidade para o topo dos rankings internacionais. Já vimos que não uma universidade para portugueses, mas uma universidade em Portugal para o mundo. Uma universidade que tenha a capacidade de atrair talentos, cérebros, os melhores investigadores, independentemente do pais onde estejam. Bastava para isso contratar alguns prémios Nobel… 8 ou 10 pessoas com o prémio Nobel em várias áreas científicas não lhe parece uma tarefa impossível, tanto mais que, sai mais barato, como já se viu, do que contratar um jogador de futebol. Porque o dinheiro, os custos são sempre argumento e empecilho a muitas obras, Teixeira Pinto defende que, se esta universidade vier a custar tanto quanto todo o ensino público português, ou metade da auto estrada para Bragança, não é caro. Não será portanto por aí… É tudo uma questão de prioridades e aceitação.
O ex professor e ex gerente bancário salienta ainda o que chama de efeito multiplicador, que uma universidade desta dimensão teria. Diz Teixeira Pinto, que colocaria Portugal no mapa, no que refere ao ranking universitário.
Para o conseguir, Teixeira Pinto acha que os privados têm obrigação de contribuir, já que o beneficio não seria exclusivamente público.
Para resumir razões, Teixeira Pinto acha – sublinha mesmo, diz o 24 Horas - que só um tolo é que não quer uma universidade destas em Portugal.
Mas fiquemos pelo essencial, pelo que há a reter de essencial, pela conclusão mais óbvia e imediata que se tira da proposta de Teixeira Pinto… e ela é que, se o ensino superior em Portugal não satisfaz, a culpa é dos professores. Contrate-se gente capaz e tudo muda. Enfim, é uma declaração forte , mas Teixeira Pinto deve saber do que fala, tanto mais que já foi, ele também, ao que consta, professor universitário.
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