"A SETA JÁ CONTÉM O ALVO, MAS SÓ PERCORRE A SETA AQUELE QUE LHE CONHECE O ALVO. ASSIM, É DE OLHOS VENDADOS QUE O GRANDE ATIRADOR ALVEJA"
E assim escreveu António Maria Lisboa.
E o resto…
O resto está tudo nos provérbios. Desde o bíblico "curai-vos a vós próprios”, ao filosófico “nosce te ipsum”, que vai dar quase ao mesmo, por outras portas. No caso, as portas do templo de Apolo,em Delfos.
E que a fé move montanhas. Também se diz e que querer é poder e por aí fora…
Pois esta noite, Lisboa recebe, com galas de acontecimento social e com o aparato e o glamour das grandes estreias, duas personagens muito populares, por estes dias que correm. Ela é australiana, jornalista de rádio e televisão e autora de um livro de auto ajuda que já vendeu 350 mil cópias, só em Portugal – No mundo o numero sobe aos 12 milhões… Ele é canadiano e há 40 anos que anda a estudar a Lei da Atracção e considera-se um filósofo motivacional. A ideia de ambos – confessa e manifesta – é abrir-nos, ou levar-nos a abrir, nós próprios e sem medo nem pé de cabra, as portas da felicidade. Do sucesso.
Vão estar esta noite no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a dar uma palestra para revelar o Segredo.
O Segredo da Lei da Atracção Universal. Do poder do desejo. Da força da simpatia e da auto confiança. Das virtudes da paciência, também, decerto…
Mas de forma pragmática e contemporânea. Com exemplos práticos de problemas reais e muito do nosso tempo. Ressalvo dois pontos em destaque nas centrais do Diário de Notícias…
O primeiro tem a ver com a perda de peso. Estes gurus da felicidade preocupam-se, porque sabem que ser gordo é uma cruz insuportável para muitos, nos dias que correm… enfim, pelo menos para os que têm dinheiro para ler livros de auto ajuda. Dinheiro e tempo e vocação natural. Duvido que a obesidade seja a angústia maior de boa parte do povo africano ou asiático…
Outro ponto importante é o bem-estar económico. De forma simbólica, que só assim é que faz mais efeito e impressiona o espírito – e se o espírito não se espantar com estes prodígios, então é escusado, a receita não faz efeito… portanto, de forma simbólica, estes filósofos, que hoje nos visitam, recomendam que se preencha um simbólico cheque em branco. de um não menos metafórico Banco do Universo. Há que preenchê-lo com o nome e montante pretendido e colocá-lo depois onde se possa ver todos os dias. Como um lembrete. Um compromisso. Um esconjuro. Um cheque, onde, ao que tudo indica, se pede dinheiro. Mas, aceitando o simbolismo implícito, podemos admitir que nenhuma desgraça cairá sobre o requerente, se resolver pedir outra coisa qualquer que lhe faça mais falta, ou mais sentido.
O importante é que se afixe esse cheque, o alvo a que a seta se destina, em local onde se veja bem e todos os dias. No espelho do toucador, no tecto do quarto por cima da cama, no espelho da casa de banho, na cozinha por cima do fogão…
Até mesmo colado com adesivo à porta do frigorífico. E se o desejo é pessoal e cada um sabe de si, pode mesmo passar-se esse cheque em branco, por exemplo, para acabar com a fome dos mais desgraçados. Há quem se sinta reconfortado com essa ideia, com esse objectivo de vida. E já agora, que sítio mais apropriado para afixar um lembrete desses, que a porta do frigorifico, onde se guarda a comida?... Mais ainda, sendo a obesidade um dos fantasmas da contemporaneidade destes dois filósofos que hoje nos agraciam com a sua visita… acabar com a fome no mundo, enquanto se luta contra a nossa própria obesidade, poderia funcionar quase como mnemónica. Uma coisa levava-nos a lembrar-nos da outra e assim nunca nos esquecíamos, nem de uma, nem da outra.
Ora, dizem os jornais que os oradores que nos visitam, principalmente ele, o filósofo, que ela vem do jornalismo e da televisão, mas não se reclama da filosofia… diz então que ele tem fantásticos dotes de oratória. Tão fantásticos, que leva quem o ouve a acreditar em tudo o que diz. Fantástico mesmo seria se a coisa se passasse ao contrário…
Ora para o que interessa.
As entradas no pavilhão Atlântico custam entre os 30 e os 60 euros e para o que importa mesmo, voltemos aos provérbios.
O segredo é a alma do negócio.
Diziam os Antigos…
E assim escreveu António Maria Lisboa.
E o resto…
O resto está tudo nos provérbios. Desde o bíblico "curai-vos a vós próprios”, ao filosófico “nosce te ipsum”, que vai dar quase ao mesmo, por outras portas. No caso, as portas do templo de Apolo,em Delfos.
E que a fé move montanhas. Também se diz e que querer é poder e por aí fora…
Pois esta noite, Lisboa recebe, com galas de acontecimento social e com o aparato e o glamour das grandes estreias, duas personagens muito populares, por estes dias que correm. Ela é australiana, jornalista de rádio e televisão e autora de um livro de auto ajuda que já vendeu 350 mil cópias, só em Portugal – No mundo o numero sobe aos 12 milhões… Ele é canadiano e há 40 anos que anda a estudar a Lei da Atracção e considera-se um filósofo motivacional. A ideia de ambos – confessa e manifesta – é abrir-nos, ou levar-nos a abrir, nós próprios e sem medo nem pé de cabra, as portas da felicidade. Do sucesso.
Vão estar esta noite no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a dar uma palestra para revelar o Segredo.
O Segredo da Lei da Atracção Universal. Do poder do desejo. Da força da simpatia e da auto confiança. Das virtudes da paciência, também, decerto…
Mas de forma pragmática e contemporânea. Com exemplos práticos de problemas reais e muito do nosso tempo. Ressalvo dois pontos em destaque nas centrais do Diário de Notícias…
O primeiro tem a ver com a perda de peso. Estes gurus da felicidade preocupam-se, porque sabem que ser gordo é uma cruz insuportável para muitos, nos dias que correm… enfim, pelo menos para os que têm dinheiro para ler livros de auto ajuda. Dinheiro e tempo e vocação natural. Duvido que a obesidade seja a angústia maior de boa parte do povo africano ou asiático…
Outro ponto importante é o bem-estar económico. De forma simbólica, que só assim é que faz mais efeito e impressiona o espírito – e se o espírito não se espantar com estes prodígios, então é escusado, a receita não faz efeito… portanto, de forma simbólica, estes filósofos, que hoje nos visitam, recomendam que se preencha um simbólico cheque em branco. de um não menos metafórico Banco do Universo. Há que preenchê-lo com o nome e montante pretendido e colocá-lo depois onde se possa ver todos os dias. Como um lembrete. Um compromisso. Um esconjuro. Um cheque, onde, ao que tudo indica, se pede dinheiro. Mas, aceitando o simbolismo implícito, podemos admitir que nenhuma desgraça cairá sobre o requerente, se resolver pedir outra coisa qualquer que lhe faça mais falta, ou mais sentido.
O importante é que se afixe esse cheque, o alvo a que a seta se destina, em local onde se veja bem e todos os dias. No espelho do toucador, no tecto do quarto por cima da cama, no espelho da casa de banho, na cozinha por cima do fogão…
Até mesmo colado com adesivo à porta do frigorífico. E se o desejo é pessoal e cada um sabe de si, pode mesmo passar-se esse cheque em branco, por exemplo, para acabar com a fome dos mais desgraçados. Há quem se sinta reconfortado com essa ideia, com esse objectivo de vida. E já agora, que sítio mais apropriado para afixar um lembrete desses, que a porta do frigorifico, onde se guarda a comida?... Mais ainda, sendo a obesidade um dos fantasmas da contemporaneidade destes dois filósofos que hoje nos agraciam com a sua visita… acabar com a fome no mundo, enquanto se luta contra a nossa própria obesidade, poderia funcionar quase como mnemónica. Uma coisa levava-nos a lembrar-nos da outra e assim nunca nos esquecíamos, nem de uma, nem da outra.
Ora, dizem os jornais que os oradores que nos visitam, principalmente ele, o filósofo, que ela vem do jornalismo e da televisão, mas não se reclama da filosofia… diz então que ele tem fantásticos dotes de oratória. Tão fantásticos, que leva quem o ouve a acreditar em tudo o que diz. Fantástico mesmo seria se a coisa se passasse ao contrário…
Ora para o que interessa.
As entradas no pavilhão Atlântico custam entre os 30 e os 60 euros e para o que importa mesmo, voltemos aos provérbios.
O segredo é a alma do negócio.
Diziam os Antigos…
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