Está tudo nos provérbios e há um que diz que só quem está no convento, sabe o que lá vai dentro. Ou seja, cada um sabe de si, apesar de haver quem nem isso saiba. Paciência e adiante.
Saibam então, qual a primeira prioridade de Boris Johnson, à frente da Câmara de Londres. Pois diz o recém-eleito presidente, que a primeira coisa a fazer é acabar com o consumo de bebidas alcoólicas e o transporte ostensivo de garrafas, no metro e nos autocarros. Diz que é uma tentativa de acabar com a delinquência juvenil. Com a criminalidade juvenil – é assim que escreve o Diário de Notícias. Então, pressupõe-se que a medida não abranja eventualmente cidadãos adultos! Esses poderão eventualmente continuar a viajar bêbados de metro ou autocarro, em Londres…
Entretanto, e muito a sério, os trabalhadores dos transportes colectivos já disseram que vai ser bonito, vai. Ou seja, já é difícil muitas vezes actuar em apoio à própria polícia, quanto mais, sozinhos, terem de expulsar dos veículos gente provavelmente embriagada e agressiva!
Ainda no DN, logo ali na página ao lado, a fotografia mostra o que ficou, depois do Nargis ter varrido a Birmânia.
Os jornais falam já em cem mil mortos; falam da ajuda urgente e necessária às populações afectadas e falam, agora também e com alerta, da pilhagem!
O relato vem de um intérprete inglês que, ante ontem de manhã, deu com militares birmaneses pilhando cadáveres. Diz que os viu a despir os corpos dos mortos e a revirar-lhes os bolsos, guardando todo o dinheiro e objectos de valor que encontravam. O alerta e o receio são saber se o mesmo não acontecerá à ajuda humanitária, que o mundo decidir enviar para as vítimas.
Outras guerras. Esteve ontem em Lisboa, não sei se já foi embora… Ian Lesler, especialista norte-americano na matéria. E a matéria é o terrorismo. A matéria do congresso internacional, que termina hoje, na Universidade Nova de Lisboa. "Terrorismo – Desafios e Respostas”, é esse o mote do encontro. E ontem foi então a vez de Ian Lesler tomar a palavra. Ian Lesler trabalha para a fundação German Marshal e veio a Lisboa a convite do Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada e Terrorismo – só o nome já assusta. E disse então, o especialista, que a Europa é um alvo prioritário da Al Qaeda.
Diz o Diário de Notícias que o estratega – é assim que lhe chama – sublinhou o facto da Europa acolher grandes comunidades muçulmanas e que tem fronteiras permeáveis e portas meias com as chamadas periferias do extremismo islâmico, ou seja, terá dito mr. Lesler, com o Magreb.
Esperemos todos que o estratega se engane redondamente, mas entretanto ficam só duas pequenas observações de fugida. Não foi na Europa que caíram os aviões, nem as torres gémeas. E Madrid e o 11 de Março e Londres e os autocarros… só aconteceram depois de Washington ter declarado guerra, primeiro aos talibans e depois a Saddam Hussein e ter convencido, para essa missão, alguns parceiros europeus.
De resto, o argumento de na Europa viverem grandes comunidades muçulmanas… Enfim, sabe-se que os atentados suicidas são uma das armas do terrorismo internacional, em particular o extremismo islâmico… mas não exageremos. Que ladrão, com dois dedos de inteligência, se põe a fazer assaltos no bairro onde vive?!
Outras guerras. Vem na capa do Público, com chamada para as páginas interiores, que o Jornal de Angola sugeriu ontem, que o BES – Banco Espírito Santo – tem de ver quem convida – e passamos à citação : “tem de ver quem convida para falar de desenvolvimento sustentado”. Mesmo sem ir às páginas indexadas, percebe-se que esta é a reacção do jornal de Angola às críticas de Bob Geldof ao governo de Luanda.
Curioso, que o que o músico irlandês disse foi, que era o governo de Luanda, que era criminoso e responsável pelas gritantes disparidades sociais e económicas no país. Que me lembre, Bob Geldof não disse que a culpa era do jornal de Angola! O jornal que, pelo meio da prosa, terá chamado a Bob Geldof um espertalhaço malcriado.
Quanto à embaixada angolana em Lisboa, diz o Público, que se considera a hipótese de processar judicialmente o orador.
E entretanto ela move-se.
É capa do Jornal de Negócios: “BIC português abre hoje portas em Portugal.”
Em entrevista ao jornal, Fernando Teles, o presidente do BIC de Angola diz que o Banco tem um espaço de ligação entre os dois países e que no final do 1º trimestre deste ano já representava mais de 30% do movimento cambial de Angola. O ano passado, o Banco movimentou 7 milhões e meio de dólares.
O negócio parece próspero, tanto que Fernando Teles confessa que já se decidiu abrir delegações no Congo e Namíbia e daqui a um par de anos… no Brasil.
Quanto a Angola, o BIC, do grupo Espírito Santo, tem em Angola 91 agências, com cerca de mil trabalhadores e perto de 250 mil clientes, entre privados e empresas. A grande maioria – 227 mil são particulares. Ora aí está! De que se queixam, se até têm dinheiro para pôr no banco?!...
Porque a verdade é que é difícil contentar certas pessoas. Gente exigente. De uma insatisfação quase doentia…
Há que perceber que, por muito negro que seja o cenário, podia sempre ser pior. E essa é uma filosofia desesperada!?... Talvez. Mas é uma filosofia. Por exemplo Josef Fritzl – o diabo austríaco, como lhe chama a revista Visão, em chamada de capa… Josef Fritzl, que há já quem queira dar como inimputável… Enfim, distúrbios mentais terá decerto mas, o caso agora é que Josef Fritzl sai em defesa própria com este argumento demolidor. Diz que não é um monstro, pelo menos não como o pintam e porquê? Porque podia ter sido bem pior. Como? Podia tê-los matado a todos… Incluindo, obviamente a filha, que manteve sequestrada durante 24 anos, enquanto a obrigava a ter 7 filhos dele próprio… Diz então que podia ter sido pior.
Pois podia, mas pior para quem?
Saibam então, qual a primeira prioridade de Boris Johnson, à frente da Câmara de Londres. Pois diz o recém-eleito presidente, que a primeira coisa a fazer é acabar com o consumo de bebidas alcoólicas e o transporte ostensivo de garrafas, no metro e nos autocarros. Diz que é uma tentativa de acabar com a delinquência juvenil. Com a criminalidade juvenil – é assim que escreve o Diário de Notícias. Então, pressupõe-se que a medida não abranja eventualmente cidadãos adultos! Esses poderão eventualmente continuar a viajar bêbados de metro ou autocarro, em Londres…
Entretanto, e muito a sério, os trabalhadores dos transportes colectivos já disseram que vai ser bonito, vai. Ou seja, já é difícil muitas vezes actuar em apoio à própria polícia, quanto mais, sozinhos, terem de expulsar dos veículos gente provavelmente embriagada e agressiva!
Ainda no DN, logo ali na página ao lado, a fotografia mostra o que ficou, depois do Nargis ter varrido a Birmânia.
Os jornais falam já em cem mil mortos; falam da ajuda urgente e necessária às populações afectadas e falam, agora também e com alerta, da pilhagem!
O relato vem de um intérprete inglês que, ante ontem de manhã, deu com militares birmaneses pilhando cadáveres. Diz que os viu a despir os corpos dos mortos e a revirar-lhes os bolsos, guardando todo o dinheiro e objectos de valor que encontravam. O alerta e o receio são saber se o mesmo não acontecerá à ajuda humanitária, que o mundo decidir enviar para as vítimas.
Outras guerras. Esteve ontem em Lisboa, não sei se já foi embora… Ian Lesler, especialista norte-americano na matéria. E a matéria é o terrorismo. A matéria do congresso internacional, que termina hoje, na Universidade Nova de Lisboa. "Terrorismo – Desafios e Respostas”, é esse o mote do encontro. E ontem foi então a vez de Ian Lesler tomar a palavra. Ian Lesler trabalha para a fundação German Marshal e veio a Lisboa a convite do Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada e Terrorismo – só o nome já assusta. E disse então, o especialista, que a Europa é um alvo prioritário da Al Qaeda.
Diz o Diário de Notícias que o estratega – é assim que lhe chama – sublinhou o facto da Europa acolher grandes comunidades muçulmanas e que tem fronteiras permeáveis e portas meias com as chamadas periferias do extremismo islâmico, ou seja, terá dito mr. Lesler, com o Magreb.
Esperemos todos que o estratega se engane redondamente, mas entretanto ficam só duas pequenas observações de fugida. Não foi na Europa que caíram os aviões, nem as torres gémeas. E Madrid e o 11 de Março e Londres e os autocarros… só aconteceram depois de Washington ter declarado guerra, primeiro aos talibans e depois a Saddam Hussein e ter convencido, para essa missão, alguns parceiros europeus.
De resto, o argumento de na Europa viverem grandes comunidades muçulmanas… Enfim, sabe-se que os atentados suicidas são uma das armas do terrorismo internacional, em particular o extremismo islâmico… mas não exageremos. Que ladrão, com dois dedos de inteligência, se põe a fazer assaltos no bairro onde vive?!
Outras guerras. Vem na capa do Público, com chamada para as páginas interiores, que o Jornal de Angola sugeriu ontem, que o BES – Banco Espírito Santo – tem de ver quem convida – e passamos à citação : “tem de ver quem convida para falar de desenvolvimento sustentado”. Mesmo sem ir às páginas indexadas, percebe-se que esta é a reacção do jornal de Angola às críticas de Bob Geldof ao governo de Luanda.
Curioso, que o que o músico irlandês disse foi, que era o governo de Luanda, que era criminoso e responsável pelas gritantes disparidades sociais e económicas no país. Que me lembre, Bob Geldof não disse que a culpa era do jornal de Angola! O jornal que, pelo meio da prosa, terá chamado a Bob Geldof um espertalhaço malcriado.
Quanto à embaixada angolana em Lisboa, diz o Público, que se considera a hipótese de processar judicialmente o orador.
E entretanto ela move-se.
É capa do Jornal de Negócios: “BIC português abre hoje portas em Portugal.”
Em entrevista ao jornal, Fernando Teles, o presidente do BIC de Angola diz que o Banco tem um espaço de ligação entre os dois países e que no final do 1º trimestre deste ano já representava mais de 30% do movimento cambial de Angola. O ano passado, o Banco movimentou 7 milhões e meio de dólares.
O negócio parece próspero, tanto que Fernando Teles confessa que já se decidiu abrir delegações no Congo e Namíbia e daqui a um par de anos… no Brasil.
Quanto a Angola, o BIC, do grupo Espírito Santo, tem em Angola 91 agências, com cerca de mil trabalhadores e perto de 250 mil clientes, entre privados e empresas. A grande maioria – 227 mil são particulares. Ora aí está! De que se queixam, se até têm dinheiro para pôr no banco?!...
Porque a verdade é que é difícil contentar certas pessoas. Gente exigente. De uma insatisfação quase doentia…
Há que perceber que, por muito negro que seja o cenário, podia sempre ser pior. E essa é uma filosofia desesperada!?... Talvez. Mas é uma filosofia. Por exemplo Josef Fritzl – o diabo austríaco, como lhe chama a revista Visão, em chamada de capa… Josef Fritzl, que há já quem queira dar como inimputável… Enfim, distúrbios mentais terá decerto mas, o caso agora é que Josef Fritzl sai em defesa própria com este argumento demolidor. Diz que não é um monstro, pelo menos não como o pintam e porquê? Porque podia ter sido bem pior. Como? Podia tê-los matado a todos… Incluindo, obviamente a filha, que manteve sequestrada durante 24 anos, enquanto a obrigava a ter 7 filhos dele próprio… Diz então que podia ter sido pior.
Pois podia, mas pior para quem?
1 comentário:
Quanto a Angola, o BIC, do grupo Espírito Santo, tem em Angola 91 agências, com cerca de mil trabalhadores e perto de 250 mil clientes, entre privados e empresas. A grande maioria – 227 mil são particulares. Ora aí está! De que se queixam, se até têm dinheiro para pôr no banco?!...
Havia necessidade??? O BIC do grupo Espirito Santo??? Ó meu amigo... Para a próxima convém informar-se como deve ser para não caír no ridículo. Blog da treta, gente pouco séria.
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