SUBIA A LUA MÁ NO HORIZONTE
TREPANDO PELAS PEDRAS DESCARNADAS
ERRANDO POR ENTRE AS ESCARPAS DO MONTE
FITANDO A MORTE NAS ENCRUZILHADAS
BALANÇANDO-SE NOS RAMOS MAIS SOMBRIOS
CRAVANDO NAS CLAREIRAS SEU CLARÃO
CAINDO SOBRE O SILÊNCIO DOS RIOS
FERINDO SEM PIEDADE A ESCURIDÃO
DESCIA SOBRE AS COISAS SOBRE A GENTE
COM ESSA MANSIDÃO QUE TÊM OS SONHOS
OU COMO UMA CANTIGA D’EMBALAR
P’RA NOS LEVAR DEPOIS INDIFERENTE
POR CAMINHOS PERDIDOS E MEDONHOS
CEGOS JÁ P’LA NOITE E P’LO LUAR
15/01/06
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