quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

a morte

E , se a verdade é que dos elefantes já se sabia, agora as formigas é que são uma novidade surpreendente. Diz o Público, que os cientistas da Universidade de Lausana concluíram e fizeram publicar já essa conclusão numa revista da especialidade...
Concluíram que as formigas, quando pressentem a morte, se afastam do grupo para irem morrer sozinhas .
Acontece o mesmo com os elefantes, já se sabia e com os cães e com os gatos, também.
Neste caso, o que se passa, é que quando a formiga se sente doente e sabe – lá à maneira das formigas – que vai morrer, afasta-se para não contaminar o resto da comunidade.
A experiência foi feita expondo formigas a um parasita mortal. Uma vez infectadas, as formigas isolavam-se esperando a morte . Horas, ou dias antes de morrer, afastavam-se do grupo.
O Público lembra que muitos agentes infecciosos têm estratagemas subtis para espalhar a doença ... por exemplo, o espirrar e tossir, mais não são que tentativas do vírus da gripe de se fazer passar de hospedeiro para hospedeiro... ou se quisermos, em linguagem bíblica... crescer e multiplicar-se... No caso deste parasita usado na experiência com as formigas, consta que ele tem a capacidade de paralisar os movimentos do animal infectado, de forma a impedi-lo de se afastar e assim passar a doença aos outros, só que, a formiga, ao pressentir a doença e antecipando essa paralisia, se afasta do grupo enquanto se consegue mexer.
E tudo o mais que se acrescente à história só serve para estragar tudo...
Porque aqui a gente divide-se entre esta maravilhosa inteligência, esta tão perfeita engenharia... o altruísmo instintivo que este comportamento revela  e depois, claro,  a beleza trágica da imagem...  de uma pequena formiga procurando um sítio tranquilo e afastado de todos para morrer sozinha...   enfim, no fundo, e em boa verdade acaba por ser isso que nos acontece a todos...   morrer sozinhos.. quer se queira ou não. A morte, cada um morre a sua.

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