Estava na agenda e o Diário de Notícias lembra hoje, que a Conferência Episcopal Portuguesa se reúne esta 3ª feira em Fátima, para discutir várias coisas e encontrar soluções e remédios. Assim meio vago, porque, como disse ao jornal o porta-voz da conferência, vai ser mais uma reunião de trabalho do que assembleia plenária, e que, por isso, não se pode antecipar grande coisa sobre a agenda de trabalhos…
Sabe-se só que, em jeito de período antes da ordem do dia, se há-de debater a crise económica e, aqui sim, tentar encontrar os tais remédios para a resolver, sendo que há assuntos mais importantes para resolver, do que alegadamente os chamados assuntos da actualidade. O que parece certo é que na mesa de trabalhos, dos 8 bispos convocados para este Conselho, está a questão dos casamentos entre homossexuais. Diz o título do DN, que os bispos debatem hoje a posição a tomar sobre casamentos gay. Assim mesmo, em inglês, como se foi tornando hábito; como se não houvesse tradução em português para essa circunstância… Mas adiante, que isto de nomes trás muito que se lhe diga.
E disse. Já o disse, o próprio cardeal Policarpo, em Janeiro, que na matéria em apreço, o problema pode ser o nome que se dá, à coisa em si. Casamento.
O DN cita entre aspas o cardeal José Policarpo… “Chamem-lhe outra coisa, mas não lhe chamem casamento”.
Sabe-se que a Igreja vai continuar a lutar pela promoção do casamento e da família – disse o porta voz da Conferência – e que entre outras coisas vai continuar a preparar os noivos para o matrimónio e a aconselhar as famílias e casais que precisem. Mas, tudo isso, desde que sejam casais heterossexuais---ou seja, um homem e uma mulher … uma mulher e um homem… agora casamentos entre duas pessoas do mesmo sexo é que nem pensar. Ora aí está! Ora aí está, que não é isso que a Igreja, através da voz do cardeal José Policarpo, diz e defende. A Igreja não parece ofender-se por aí além, se duas pessoas do mesmo sexo se casarem. É verdade que também não explica se, depois de o fazerem –e se isso vier mesmo a ser possível em Portugal – lhes dedica uma catequese especial, ou simplesmente os expulsa da Casa de Deus… O que se sabe de certo e seguro é que é fundamental, pelo menos para o cardeal Policarpo , que não se chame casamento às futuras e eventuais uniões matrimoniais entre pessoas do mesmo sexo. O mesmo seria quase dizer que, à sexta-feira, dia de penitência, podes comer a carne que quiseres, desde que lhe chames carapau de gato.
Ou, um pouco mais longe, já que o céu é o limite… Podes adorar quem tu quiseres, desde que não lhe chames Deus!
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