O cidadão Kane morreu. Paz à sua alma.
Hoje, só falta aparecerem já de camisola vestida, apertando a mão ao presidente da SAD e do clube e a prometer que vão marcar muitos golos e, nalguns casos, garantirem que agora é que é, que chegaram finalmente ao clube do coração… pelo menos até qualquer Faianorde lhes acenar com um contracto mais interessante.
Bom, vamos lá… Falo dos directores dos órgãos de comunicação em geral.
O mercado de transferências, neste sector parece-se cada vez mais com o do futebol…
Na comunicação social portuguesa, o amor à camisola é já pouco mais que uma estafada figura de estilo, de uso por vezes um pouco suspeito e pouco recomendável… nada mais que isso.
Pelo menos a nível de chefias é o que parece.
Senão, como explicar que alguém pegue num projecto para o abandonar um par de anos, ou um par de meses, ou, por absurdo mesmo, um par de semanas depois? Para se mudar, às vezes mesmo, para a concorrência!
Porquê? Porque se deixou de acreditar no projecto? Porque se conclui não estar à altura do desafio? E se for esse o caso, quem garante que se esteja à altura de desafio idêntico, noutro sítio qualquer?... A saída, foi ela motivada por manifesta incompetência do sujeito em causa? E se for, quem garante, que a simples mudança de local de trabalho, o vai tornar, miraculosamente e de um dia para o outro, competente e útil e eficaz noutro sítio?
Talvez estejamos a entrar pela porta errada. Talvez não seja nada disto o que está em causa. Talvez seja mesmo irrelevante a capacidade profissional, na matéria em apreço – que é gerir um órgão de comunicação social. Geri-lo de forma séria e competente. Rigorosa e ágil, descomprometida e independente… Talvez isso seja o que menos importa para o caso. Talvez seja mesmo o que menos importa, que Eusébio joga agora a ponta de lança nesta ou aquela equipa. E, já agora, se marca golos, ou está só a correr para o currículo…
O que importa é a conferência de imprensa que o apresenta ao público e aos adeptos. O que interessa é a fotografia no jornal e as declarações entusiasmadas e auspiciosas. O espectáculo, enfim.
Isto, para quem está de fora e não tem nada a ver com o assunto, mas, mesmo assim gosta de sentir aquela sensação de estar bem informado e a par do que se passa de supostamente importante. Para os próprios, a questão é outra. O que importa é aparecer e não ser esquecido. O que importa é acumular pontos, como nos supermercados e nas bombas de gasolina. O que importa é manter o mercado iludido com a nossa importância e fazê-lo acreditar que sem nós não há futuro.
O mercado e o público também; que acabam por ser quase uma e a mesma coisa…
Enfim, quase, que nestas matérias, a vontade pública nem sempre é a vontade do público. Mas isso são já pormenores técnicos… Isso, o mister é que sabe.
Hoje, só falta aparecerem já de camisola vestida, apertando a mão ao presidente da SAD e do clube e a prometer que vão marcar muitos golos e, nalguns casos, garantirem que agora é que é, que chegaram finalmente ao clube do coração… pelo menos até qualquer Faianorde lhes acenar com um contracto mais interessante.
Bom, vamos lá… Falo dos directores dos órgãos de comunicação em geral.
O mercado de transferências, neste sector parece-se cada vez mais com o do futebol…
Na comunicação social portuguesa, o amor à camisola é já pouco mais que uma estafada figura de estilo, de uso por vezes um pouco suspeito e pouco recomendável… nada mais que isso.
Pelo menos a nível de chefias é o que parece.
Senão, como explicar que alguém pegue num projecto para o abandonar um par de anos, ou um par de meses, ou, por absurdo mesmo, um par de semanas depois? Para se mudar, às vezes mesmo, para a concorrência!
Porquê? Porque se deixou de acreditar no projecto? Porque se conclui não estar à altura do desafio? E se for esse o caso, quem garante que se esteja à altura de desafio idêntico, noutro sítio qualquer?... A saída, foi ela motivada por manifesta incompetência do sujeito em causa? E se for, quem garante, que a simples mudança de local de trabalho, o vai tornar, miraculosamente e de um dia para o outro, competente e útil e eficaz noutro sítio?
Talvez estejamos a entrar pela porta errada. Talvez não seja nada disto o que está em causa. Talvez seja mesmo irrelevante a capacidade profissional, na matéria em apreço – que é gerir um órgão de comunicação social. Geri-lo de forma séria e competente. Rigorosa e ágil, descomprometida e independente… Talvez isso seja o que menos importa para o caso. Talvez seja mesmo o que menos importa, que Eusébio joga agora a ponta de lança nesta ou aquela equipa. E, já agora, se marca golos, ou está só a correr para o currículo…
O que importa é a conferência de imprensa que o apresenta ao público e aos adeptos. O que interessa é a fotografia no jornal e as declarações entusiasmadas e auspiciosas. O espectáculo, enfim.
Isto, para quem está de fora e não tem nada a ver com o assunto, mas, mesmo assim gosta de sentir aquela sensação de estar bem informado e a par do que se passa de supostamente importante. Para os próprios, a questão é outra. O que importa é aparecer e não ser esquecido. O que importa é acumular pontos, como nos supermercados e nas bombas de gasolina. O que importa é manter o mercado iludido com a nossa importância e fazê-lo acreditar que sem nós não há futuro.
O mercado e o público também; que acabam por ser quase uma e a mesma coisa…
Enfim, quase, que nestas matérias, a vontade pública nem sempre é a vontade do público. Mas isso são já pormenores técnicos… Isso, o mister é que sabe.
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