segunda-feira, 1 de outubro de 2007

sr guarda dê-me um olho ao carro enquanto assalto o banco


a verdade é que nunca morri de amores por esta gente, nem p'lo ramo de actividade que representam e onde se mexem.

fica dito, p'ra que se saiba de que lado está o narrador contribuinte.

li num jornal económico desta segunda feira, que está pronta a ser aprovada a legislação que vai, alegadamente, pôr ordem nas contas e obrigações fiscais das empresas portuguesas. o fisco aperta a malha aos planeamentos financeiros agressivos. a coisa dita assim já soa estranha, mas se lermos o primeiro parágrafo, a coisa ainda se torna mais interessante. a ideia é obrigar as empresas, ou quem as represente, a declarar voluntáriamente as engenharias financeiras, legais, ou não, a que recorreram para fazer baixar os débitos da contribuição fiscal. em linguagem comum, o que fizeram para fugir aos impostos. legal, ou ilegalmente. e aqui, puta que os pariu!, quem é que - não estando bêbado, nem a gozar com o pagode - espera que um gajo, que arranjou um esquema mafioso para pagar menos impostos, vá declarar a vigarice, de ânimo leve, a quem o pode punir por isso? arre porra, que mesmo sem saber fazer contas, qualquer paisano sabe a resposta a essa merda!

e a verdade é que, notícias como estas, me tiram a pouca vontade que eu já tinha, de ir às Finanças declarar voluntàriamente o meu reinício de actividade e comprar o respectivo livrinho verde, que me permite resgatar o filha da puta do ordenado. Não é que me chateie que saibam o que ando a fazer, nem quanto ganho. Claro que tinham muitas maneiras de o saber, sem me chatearam, mas isso...
Não!, o que me chateia mesmo é ter de lá ir.
Nunca gramei aquela gente, nem o ramo de actividade que representam e onde se mexem.
Nunca.

1 comentário:

Anónimo disse...

somos dois..