sexta-feira, 26 de maio de 2006


diz-me tu dessa tão estranha matemática
que na soma dos factores não se comove
nem compadece nessa pressa tão pragmática
de assinar de cruz a prova dos Nove

mas repara que esses noves que ela tira
valem zero depois da prova tirada
quer dizer que no fim - e esta é gira-
a burra acaba por ficar sempre sem nada

e o soneto - que eu agora dei p’ra isto-
remata-se num passo e dois tercetos
que assim manda a boa literatura

ele há que ver o problema mas bem visto
que isto de hipotenusas e catetos
nunca fiando nem do círculo a quadratura

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