segunda-feira, 20 de março de 2006




O abcesso obsceno
Começou muito pequeno
Mas depois agigantou-se
Ganhou corpo alambazou-se
Inchou que nem um texugo

O abcesso obsceno
Começou muito pequeno
Mas depois sempre em crescente
Foi-se tornando insolente
A querer tomar conta de tudo

O abcesso obsceno
Foi conquistando terreno
Os ouvidos a cabeça
Osso a osso peça a peça
Até estoirar o cérebro todo

Esse obsceno abcesso
Não pense que eu enlouqueço
Que eu dentes é guerra antiga
Abcesso de uma figa
Dou-lhe dois murros que o fodo

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