Só falta escrever-lhe em cima: “Maddie Go Home!”
Na fotografia, que o DN hoje publica, o enorme cartaz aparece sujo de tinta branca, que alguém lhe lançou para cima, em gesto de desprezo. A tinta escorre por sobre o número de telefone e da morada da internet, para onde se deveriam encaminhar todas as informações e escorre também por sobre o rosto e os espantados olhos azuis da pequena Madeleine McCann.
O cartaz é um dos que recentemente a família McCann fez afixar na aldeia da Luz, no Algarve. Diz o jornal, que o descontentamento dos comerciantes acusa, esta nova edição da campanha “Find Madeleine”, de lhes estar a afastar a clientela, principalmente os turistas ingleses, que são, como se sabe, âncora de boa parte da economia turística algarvia.
O jornal cita um operador turístico , que diz que, “além do caso Maddie, que terá sempre repercussões negativas enquanto não for encontrada a criança viva ou morta, existe também, em muitos britânicos, um sentimento de insegurança, devido à criminalidade, com a vaga de assaltos que tem ocorrido no Algarve”. Diz que muitos residentes, na Praia da Luz e em Lagos, estão já a abandonar as casas e a voltar para Inglaterra. Já este Inverno se registou alguma quebra em relação a anos anteriores. Uma quebra que chegou aos 30%. No Verão calcula-se que o prejuízo se fixe nos 15% de quebra. Muitos ingleses estão a preferir agora Espanha, Cuba, ou o México para passarem férias.
Um proprietário de um bar na Praia da Luz também reconhece a quebra, mas recusa-se a admitir que seja o caso Maddie, que está a afugentar a clientela. É a crise, que toca a todos… Quanto ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve, António Pina diz que não entende esta nova investida do casal Mccann, na Praia da Luz e o objectivo deste tipo de campanha sobre Madeleine McCann. Diz que não percebe, mas admite que deve ser dificuldade dele próprio.
Agora o cartaz. A fotografia é a mesma que circulou pelo mundo, Algarve incluído, à altura do desaparecimento e nos tempos que se seguiram. O tipo de apelo é rigorosamente o mesmo. A aldeia da Luz, presume-se que também… Que também seja a mesma e com mais ou menos a mesma população que lá residia nesses Maio de 2007. A mesma que nessa altura se comoveu, chorou, acendeu velas, rezou pela vida e salvação de Madeleine Mccann Queriam-na de volta, quem sabe para a cobrirem de beijos e aclamarem como heroína da sua própria tragédia…
Hoje, 2 anos passados, rezam para que lhes desampare a loja!
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