“BUSCA O QUE PROCURAS.
AOS QUE ESCARNECEM DA SUA PALAVRA, MANDAREI QUE LHES COSAM AS ORELHAS À TESTA COM LINHA DE ESTUFAR PERUS. SALGAR A SUA SOPA, ATÉ A TORNAR INTRAGÁVEL E ODIOSA AO POVO DE ISRAEL, MASSAMÁ E PRIOR VELHO.
AOS QUE NÃO LIMPAM OS PÉS E FALAM ALTO E TIRAM FOTOGRAFIAS, MANDAREI QUE LHES INSULTEM A FAMÍLIA E ENXOVALHEM O NOME DURANTE 7 FINS DE SEMANA SEGUIDOS, MENOS O ÚLTIMO.
ASSIM É E ASSIM SERÁ, ENQUANTO ME LEMBRAR ONDE FICA A CASA DO SENHOR.”
Assim falou o apóstolo Alfredo, aquele que fora cortador num talho de carne de cavalo, antes de ver a Luz.
Alfredo, o que foi sacrificado em hasta pública, chicoteado por 7 anões e uma senhora coxa, obrigado a comer baratas e formigas contra vontade e sem mostarda e a horas pouco convenientes. Alfredo, o que metia os pés p’ra fora, mas que, mesmo assim, toda a gente gostava dele e ninguém lhe apontava um dedo que fosse seu. Alfredo, esse mesmo!
Naquele dia, Alfredo desceu ao largo onde o povo se reunia e falou, subindo para cima de um escadote precário e abrindo muito os braços, como quem vai voar, ou p'lo menos parecia: “Hoje, p’la última vez, nesta simpática localidade, subo a este precário escadote e dirijo-me a vós, povo ímpio e rude. Bezerros, Vacas e Bois, Cabras e Bodes… enfim, Rezes tresmalhadas do rebanho do Senhor! O mundo está cheio de Falsos Profetas e Vendedores Ambulantes. . E que fazeis vós, Criaturas Desventuradas?! A ponta d’um Corno, com sua licença! A ponta d’um Corno, é o que vós fazeis. E p’ra que serve a Ponta d’um Corno, numa situação destas?! Para nada! Não serve para Porra Nenhuma. Assim é a Casa do Senhor, porra!”
Os manuscritos, recentemente descobertos nas obras do túnel do marquês, vieram pôr em causa a autenticidade do texto acima transcrito, no entanto, a comunidade científica e eclesiástica, bem como a velocipédica e de ginástica já se pronunciaram cagativamente em relação ao assunto, alegando, que virá o tempo em que, o próprio túnel do marquês será posto em causa, que é p’ra que se saiba, como é que se poda na casa do senhor. De qualquer forma, os referidos manuscritos levantam a dúvida em relação ao episódio do escadote precário de santo Alfredo, alegando que o santo, com a sua conhecida fobia das alturas, nunca poderia ter subido a um escadote precário para falar ao povo. Ressalvam a hipótese do episódio ter acontecido com um pequeno banco de cozinha do Brás e Brás e, presumivelmente, na pequena localidade de Samora Correia, ou talvez em Braga. Para isso, citam recentes descobertas nas obras do metro do terreiro do paço, onde, entre vários baldes de esterco não classificado, foi desenterrado, ainda vivo, um pequeno marinheiro alemão do tempo da 2ª grande guerra. Ao que tudo indica, nada consta, apesar de transpirar alguma coisa.
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