sexta-feira, 4 de agosto de 2006

"Inaceitável." É desta forma que os médicos contactados pelo DN caracterizam a decisão de alguns hospitais travarem a compra de medicamentos inovadores para conter despesas...
O bastonário Pedro Nunes diz que a medida denota "um corte cego" a que a Ordem vai estar atenta.
Ricardo Camacho, médico especialista na área do HIV/sida - que, juntamente com o cancro, é responsável pela maior fatia das despesas - não tem dúvidas em afirmar que se trata de "um escândalo nacional", "admitido em público com todo o despudor".
"Inaceitável" é também a palavra utilizada por Jorge Espírito-Santo, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos. "Os clínicos não se opõem à racionalização da despesa, a questão é a forma como isso se faz...
(Rute Araújo in Diário Notícias - 4 Agosto)
Inaceitável é a roubalheira que muitos médicos fazem, não admitida em público, mas com igual despudor, na calada das vigílias e com a cumplicidade de todos, enfermeiros e serventes dos hospitais. A isso é que a Ordem deveria estar atenta.
Os clínicos não se opõe à racionalização da despesa. Só lhes fica bem. Podem começar por comprar, eles próprios, os medicamentos que precisam para as clínicas privadas e consultórios particulares onde trabalham em paralelo, em vez de os roubarem dos hospitais. Não sei quanto se poupava, mas dava para curar algumas gripes e sarar alguns eczemas.
(Belfaghor in Belfaghor, 4 Agosto)

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