terça-feira, 13 de dezembro de 2005

e daqui vos anuncio em primeira mão e em directo a futura publicação de uma assombrosa pérola da literatura actual de todos os tempos, até mesmo dos mais conturbados e cinzentos.
falo-vos, pois de uma sofisticada e cuidadosa antologia da poesia portuguesa desde a idade média e até amanhã. obra asseada e respeitadora do mais indelével rigor histórico e linguístico.
obra de que vos deixo uma pequena introdução explicativa exaustiva quanto baste e vaga até á exaustão


A poesia portuguesa através dos tempos
Isto a poesia portuguesa através dos tempos já é uma coisa muito antiga.
País de poetas e de marinheiros, uma boa parte da produção poética nacional tem muito a ver com água. Senão, vejamos: grandes obras escritas aos tombos nos tombadilhos, poetas enjoados, poemas de ler e mandar borda fora, poesia de água e sal, literatos enfunados e cheios de proa, vates a remos e epopeias a vapor.
Não é líquido, no entanto, que a poesia portuguesa através dos tempos não tenha também a ver com vinho: rimas a martelo, verdes e maduras, vilancetes palhetes, redondilhas digestivas, endechas generosas, sonetos em cascos de carvalho e odes da pipa a escorrer.
Claro como a água: muito tinto há-de ainda correr debaixo das pontes. Por isso, não vos tomamos mais tempo. Obrigado por terem vindo, que quando se fala de poesia o outro abaixa as orelhas.

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